RESUMO
OBJECTIVE: Malnutrition is characterized by changes in cellular membrane integrity and alterations in fluid balance, both of which can be detected by bioelectrical impedance analysis (BIA). We investigated whether BIA-measured variables could detect malnutrition, as defined by the Subjective Global Assessment (SGA), in preoperative surgical patients. METHODS: We prospectively evaluated 279 patients hospitalized for elective gastrointestinal surgery during the first 72 h after admission. BIA estimates were used to derive body cell mass, ratio of extracellular mass to body cell mass, and phase angle. Malnutrition diagnosed with these measures was compared with the SGA score. Receiver operating characteristic curves also were formulated to explore alternative cutoff points for one measure, phase angle. RESULTS: A linear trend for means across SGA categories was found for all indicators used, except percentage of body cell mass. However, there was only fair overall agreement between SGA and BIA estimates. The receiver operating characteristic curves for phase angle suggested that the test was too sensitive or too specific. No alternative cutoff points resulted in suitable tests that could provide an alternative to SGA. CONCLUSIONS: Although not in close agreement with SGA, the results suggested that there are some alterations in tissue electrical properties with malnutrition that can be detected by BIA. New cutoff points may be needed for application of BIA as a complementary method in the nutrition assessment of surgical patients.
Assuntos
Impedância Elétrica , Avaliação Nutricional , Distúrbios Nutricionais/diagnóstico , Cuidados Pré-Operatórios/métodos , Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Composição Corporal/fisiologia , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Distúrbios Nutricionais/fisiopatologia , Estado Nutricional , Estudos Prospectivos , Padrões de Referência , Sensibilidade e EspecificidadeRESUMO
Objetivo: Avaliar a associaçäo entre o perímetro abdominal e o índice peso para estatura em crianças, comparando as médias de índices antropométricos e de proporcionalidade corporal entre crianças pelotenses com e sem déficit linear, peruanas e norte-americanas, por faixa etária. Métodos: Foram estudadas 386 crianças de 6 a 59 meses, residentes em bairro pobre de Pelotas, RS. Foram medidos e calculados 18 índices antropométricos. Resultados e Conclusöes: Crianças com déficit linear apresentaram índices antropométricos inferiores, comparativamente àquelas sem déficit e às norte-americanas; proporcionalmente à sua estatura, maiores perímetros abdominal, cefálico e torácico. As baixas prevalências de déficit de peso para estatura näo resultam de excesso de tecido adiposo ou de massa muscular e podem ser parcialmente explicadas por um aumento nas dimensöes da cabeça e do tronco (inclusive do perímetro abdominal) em relaçäo à estatura da criança
Assuntos
Lactente , Pré-Escolar , Humanos , Estatura , Peso Corporal , Antropometria , Peru , Estados Unidos , Peso-Estatura , Brasil , Estado Nutricional , Fatores Etários , Fatores SocioeconômicosRESUMO
Foi realizado estudo transversal em uma amostra representativa da populaçäo adulta de Pelotas para determinar a prevalência de obesidade e os fatores a ela associados, tendo em vista o acentuado aumento de excesso de peso no Brasil, entre 1974 e 1989. Foram estudadas 1.035 pessoas com idade entre 20 e 69 anos, residentes na zona urbana do município. A obesidade foi definida a partir do índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 Kg/m2. A análise multivariada foi realizada considerando um modelo hierárquico das variáveis associadas com obesidade em ambos os sexos. A prevalência de obesidade foi de 21 por cento (IC95 por cento 18 - 23), sendo de 25 por cento (IC95 por cento 22 - 29) entre mulheres e 15 por cento (IC95 por cento 12 - 18) entre os homens. A relaçäo entre as variáveis socioeconomicas e a obesidade foi inversa entre as mulheres e direta entre os homens. Entre as mulheres, as variáveis que se mantiveram associadas significativamente com obesidade foram: obesidade dos pais, ocorrência de diabete ou hipertensäo, näo fumar, menor número de refeiçöes diárias e näo ter realizado exercício físico no lazer durante o último ano. Para os homens somente a ocorrência de obesidade nos pais e a hipertensäo arterial sistêmica estiveram significativamente associadas, enquanto a proteçäo do maior número de refeiçöes apresentou uma associaçäo quase significativa (p=0,07). Os resultados indicam que os determinantes de obesidade säo diferentes entre os sexos, ocorrendo em maior freqüência entre as mulheres e com o aumento da idade
Assuntos
Adulto , Humanos , Masculino , Feminino , Fatores de Risco , Obesidade/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Nicotiana , Fatores Sexuais , Diabetes Mellitus , Exercício Físico , Comportamento Alimentar , Hipertensão , Índice de Massa CorporalRESUMO
Prvalências de déficits antropométricos e de obesidade foram medidas em duas coortes de nascimento de base populacional na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, em 1982 e 1993, quando as crianças tinham cerca de um ano de idade. Identificados todos os nascimentos hospitalares em cada ano, cerca de 20 por cento das crianças foram visitadas e submetidas a exame antropométrico, totalizando 1449 crianças em 1982 e 1359 crianças em 1993. Houve 20 por cento de perdas em 1982 e 7 por cento em 1993. Em onze anos, a prevalência de déficit de peso/idade (<-2desvios-padräo da referência NCHS) caiu de 5,4 por cento para 3,8 por cento, a de peso/comprimento reduziu-se de 1,3 por cento para 0,8 por cento, enquanto que a de comprimento/idade aumentou discretamente (5,3 por cento para 6,1 por cento). A obesidade cresceu de 4 por cento para 6,7 por cento. Em 1993 houve um ganho ponderal médio maior, aos 12 meses, do que em 1982, já que o peso ao nascer permaneceu inalterado. Crianças de mais baixa renda apresentam prevalências de cerca de 10 por cento de déficits de peso/idade e comprimento/idade, enquanto que nas categorias de renda superior estes déficits säo de 3 por cento ou menos. Os progressos em alguns indicadores, portanto, näo lograram eliminar diferenças sociais. Por outro lado, a obesidade apresentou uma tendência crescente com o nível de renda familiar.