RESUMO
RESUMO Introdução O testamento vital é um documento em que o paciente define a que tipo de procedimentos médicos deseja ser submetido quando se encontrar em fase final de vida e constitui importante ferramenta de garantia da dignidade e autonomia do paciente. Objetivo Avaliar o nível de entendimento que os alunos internos do curso de Medicina têm acerca do testamento vital e das decisões que envolvem o final da vida. Métodos Trata-se de estudo quantitativo, descritivo e transversal, realizado com 147 acadêmicos de Medicina que cursavam o período relativo ao internato médico, mediante questionário composto por dez questões que permitiram aferir o nível de conhecimento dos estudantes sobre o testamento vital, verificar sua opinião quanto a respeitar ou não o conteúdo desse documento e questionar a oportunidade de discutir sobre testamento vital durante a graduação. As respostas dos alunos na questão relativa ao conhecimento acerca do testamento vital foram categorizadas em três possíveis grupos: "noção clara", "noção parcial" e "noção equivocada ou desconhecimento da expressão". Resultados Apenas 12,9% dos entrevistados tinham noção clara do significado da expressão "testamento vital", enquanto 74,2% possuíam noção parcial e 12,2% tinham noção equivocada da expressão ou a desconheciam. Apesar disso, 96,6% dos estudantes relataram que essa temática foi discutida na graduação e 87,1% afirmaram conhecer a Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.995/2012. A maioria dos estudantes (98%) declarou que, em caso de um paciente em fase final de vida ser detentor de um testamento vital, respeitaria as determinações previstas nesse documento. Conclusão Apesar de grande parte dos alunos ter algum conhecimento sobre a expressão "testamento vital", apenas uma pequena parcela deles dispunha de noção clara de seu significado. Entretanto, suas atitudes frente a um paciente detentor de um testamento vital são claramente positivas, demonstrando boa aceitação do testamento vital pelo futuro médico.
ABSTRACT Introduction The living will is a document in which the patient defines what kind of medical procedures he or she wishes to undergo during the final stage of life, and is an important tool for guaranteeing the patient's dignity and autonomy. Objective To evaluate the level of understanding among medical interns about the living will and end-of-life decisions. Methods This was a quantitative, descriptive, cross-sectional study conducted with 147 medical students taking their internship, through a questionnaire composed of 10 questions. These questions enabled us to evaluate the students' level of knowledge about the living will, and to verify their personal opinions on how far the content of this document should be respected, and to ask whether they had had an opportunity to discuss the living will during their undergraduate studies. The students' knowledge of the living will was categorized into three groups: "clear understanding", "partial notion," and "misconception or misunderstanding of the term." Results Among the interns interviewed, only 12.9% had a clear understanding of the meaning of the term "living will", while 74.2% had a partial notion of the term and 12.2% had a misconception of the term. Nonetheless, 96.6% of the students reported that this topic was discussed during their graduate studies, and 87.1% reported knowledge of Federal Medical Council Resolution no. 1995 of 2012. Most of the students (98%) stated that in the case of a terminally ill patient with a living will, they would comply with the provisions of this document. Conclusion Although many of the students had some knowledge of the term "living will", only a small portion of them had a clear understanding of its meaning. Despite this, their attitudes towards a patient with a living will were clearly positive, demonstrating good acceptance of the living will among future physicians.
RESUMO
OBJECTIVE: To correlate health-related quality of life (HRQL) of women with COPD with clinical parameters and with the six-minute walk distance (6MWD; six-minute walk test). METHODS: Cross-sectional study involving 30 female patients diagnosed with mild or moderate COPD treated at the Respiratory Outpatient Clinic of the Presidente Dutra University Hospital. Patients completed the Saint George's Respiratory Questionnaire (SGRQ) and were evaluated in terms of respiratory pressures, spirometry parameters and 6MWD. Descriptive statistical analysis was carried out, as were Student's t-tests for dependent variables, together with Pearson's and Spearman's correlation coefficients for numerical and ordinal variables, respectively. RESULTS: According to the SGRQ total scores, HRQL was impaired, to some extent, in most of the participants. Most SGRQ total scores were between the second and the third quartiles, reflecting poor HRQL. The participants also presented poor functional capacity. Mean 6MWD (317.7 m), inspiratory muscle strength (-53.48 cmH2O) and expiratory muscle strength (69.5 cmH2O) were all below reference values. We found that HRQL was not correlated with body mass index or pulmonary function. However, HRQL presented a negative linear correlation with age, MIP and 6MWD, as well as a positive correlation with the sensation of dyspnea and fatigue. CONCLUSIONS: In this study, HRQL, determined using the SGRQ, was severely impaired in COPD patients, who presented severe limitations in functional capacity, breath control and personal life.
Assuntos
Nível de Saúde , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/fisiopatologia , Qualidade de Vida , Idoso , Dispneia/diagnóstico , Métodos Epidemiológicos , Teste de Esforço , Fadiga/diagnóstico , Feminino , Humanos , Espirometria , CaminhadaRESUMO
OBJETIVO: Correlacionar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de mulheres portadoras de DPOC com parâmetros clínicos e com a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6). MÉTODOS: Estudo transversal com 30 mulheres portadoras de DPOC leve ou moderada, atendidas no Ambulatório de Pneumologia do Hospital Universitário Presidente Dutra. Foi aplicado o Saint George's Respiratory Questionnaire (SGRQ), assim como foram realizadas as medidas das pressões respiratórias, da espirometria e dos resultados do TC6. Executou-se a análise estatística descritiva, assim como o teste t de Student para variáveis dependentes, o coeficiente linear de Pearson para correlações de variáveis numéricas e o de Spearman para variáveis ordinais. RESULTADOS: A QVRS esteve, na grande maioria das mulheres entrevistadas, comprometida, em graus variados, de acordo com o escore total do SGRQ. Os escores totais do SGRQ da maioria das participantes estavam entre o segundo e o terceiro quartil, o que reflete baixa QVRS. As participantes apresentaram ainda baixa capacidade funcional no TC6, com distância média percorrida (317,7 m) e força muscular inspiratória (-53,48 cmH2O) e expiratória (69,5 cmH2O) abaixo dos valores de normalidade. Não houve correlação entre a QVRS e o índice de massa corpórea e a função pulmonar. No entanto, houve correlação linear negativa com a idade, a PImáx e o TC6 e correlação positiva com a sensação de dispneia e de fadiga. CONCLUSÕES: A QVRS medida pelo SGRQ das pacientes com DPOC desta pesquisa esteve muito comprometida, de modo a provocar limitações graves na funcionalidade, no controle da respiração e na vida pessoal.
OBJECTIVE: To correlate health-related quality of life (HRQL) of women with COPD with clinical parameters and with the six-minute walk distance (6MWD; six-minute walk test). METHODS: Cross-sectional study involving 30 female patients diagnosed with mild or moderate COPD treated at the Respiratory Outpatient Clinic of the Presidente Dutra University Hospital. Patients completed the Saint George's Respiratory Questionnaire (SGRQ) and were evaluated in terms of respiratory pressures, spirometry parameters and 6MWD. Descriptive statistical analysis was carried out, as were Student's t-tests for dependent variables, together with Pearson's and Spearman's correlation coefficients for numerical and ordinal variables, respectively. RESULTS: According to the SGRQ total scores, HRQL was impaired, to some extent, in most of the participants. Most SGRQ total scores were between the second and the third quartiles, reflecting poor HRQL. The participants also presented poor functional capacity. Mean 6MWD (317.7 m), inspiratory muscle strength (-53.48 cmH2O) and expiratory muscle strength (69.5 cmH2O) were all below reference values. We found that HRQL was not correlated with body mass index or pulmonary function. However, HRQL presented a negative linear correlation with age, MIP and 6MWD, as well as a positive correlation with the sensation of dyspnea and fatigue. CONCLUSIONS: In this study, HRQL, determined using the SGRQ, was severely impaired in COPD patients, who presented severe limitations in functional capacity, breath control and personal life.
Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Nível de Saúde , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica/fisiopatologia , Qualidade de Vida , Dispneia/diagnóstico , Métodos Epidemiológicos , Teste de Esforço , Fadiga/diagnóstico , Espirometria , CaminhadaRESUMO
Os autores compararam, em 22 gatos adultos, os efeitos da ventilaçäo com pressäo negativa (VPN) e da ventilaçäo com pressäo positiva (VPP), sobre a pressäo arterial, temperatura corpórea e conteúdo de água pulmonar. A VPN foi realizada com aparelho Emerson Chest Respirator Pump e a VPP, manualmente, com um AMBU. Os gatos foram estudados em três grupos: a) grupo de dez animais submetidos à quatro horas de VPN, com valores de pressäo pleural progressivamente negativos; b) grupo de sete animais mantidos por 90 minutos em ventilaçäo espontânea e por 30 minutos com VPP, com nível de hiperventilaçäo semelhante à VPN; c) grupo de cinco animais, näo submetidos a nenhuma das duas modalidades de ventilaçäo e sacrificados imediatamente para determinaçäo do conteúdo normal de água pulmonar. Foram alcançados níveis significativamente elevados de ventilaçäo pulmonar (PaCo2;13mmHg) em ambos os grupos. Houve diminuiçäo da pressäo arterial média em ambos os grupos, mas ela foi mais acentuada no grupo VPN (69mmHg - p < 0,05), sendo os valores mais baixos associados aos níveis altos de hiperventilaçäo. A temperatura corpórea diminuiu em ambos os grupos, porém a diminuiçäo foi maior no grupo VPN. O conteúdo de água pulmonar elevou-se discretamente nos dois grupos, sem haver predominância nas regiöes dependentes. Concluímos que: 1) é possível ventilar com VNP animais com alta complascência dos sistema respiratório; 2) pode haver diminuiçäo da pressäo arterial quando elevados níveis de pressäo negativa säo aplicados; 3) a VPN pode determinar diminuiçäo da temperatura corpórea quando houver abertura no sistema que permita a entrada de ar; 4) a VPN näo foi responsável pelo aumento de conteúdo de água pulmonar nos animais estudados