RESUMO
Coelhos, cobaias, ratos e camundongos foram utilizados com a finalidade de reproduzir a forma cardíaca da intoxicaçäo por Ateleia glazioviana. Quatro animais de cada espécie receberam por 4 meses a planta, secada à sombra, na concentraçäo de 10 por cento na raçäo, fornecida na forma de pelets. Os pelets foram preparados misturando 700 g de raçäo comercial, 200 g de amido de milho, 1000 ml de água destilada e 100 g de planta seca e, posteriormente, secados em estufa a 100ºC, durante 16 a 20 horas. Quatro animais de cada espécie serviram como testemunhas, recebendo a raçäo preparada da mesma forma, porém com a utilizaçäo de azevém (Lolium multiflorum) em lugar de A. glazioviana. Era fornecida água à vontade e, para os coelhos e cobaias, também aveia (Avena sativa) verde diariamente. Esses animais näo apresentaram nenhuma alteraçäo clínica, e foram pesados semanalmente nas últimas 5 semanas do período experimental, näo apresentando diferença significativa no ganho de peso. A necropsia näo foram observadas alteraçöes macroscópicas e pelo exame histológico também näo foram detectadas lesöes significativas no coraçäo e em outros órgäos. Para testar a atividade abortiva de A. glazioviana, raçäo contendo 10 por cento de planta seca, preparada da mesma forma que no experimento anterior, foi administrada a 11 outros ratos, fêmeas, prenhes, nos dois últimos terços da gestaçäo. Um grupo controle de 11 fêmeas recebeu a raçäo com azevém a 10 por cento, durante o mesmo período. Esses animais tiveram filhotes normais e no prazo correto. Para determinar a possível perda de toxidez da planta durante a preparaçäo dos pelets, A. glazioviana foi aquecida por 16 a 20 horas a 100ºC e, posteriormente, administrada a um ovino em 26 doses diárias de 2,65 g/kg de planta seca. Durante o período experimental, a ovelha apresentou batimentos cardíacos mais fortes, taquicardia e arritmia cardíacas, depois bradicardia e, no período final, apatia acentuada. Foi sacrificada 7 dias após a última administraçäo da planta. Esse animal apresentava gestaçäo de 2,5 a 3 meses e o feto näo apresentava sinais de autólise. As alteraçöes macroscópicas mais evidentes à necropsia foram ascite, hidrotórax, áreas esbranquiçadas no músculo cardíaco e fígado de coloraçäo clara. Na histologia do coraçäo foram observadas degeneraçäo e necrose de fibras cardíacas e proliferaçäo de tecido conjuntivo fibroso. O fígado apresentava congestäo e degeneraçäo de hepatócitos nas áreas centrolo-bulares
Assuntos
Animais , Feminino , Adulto , Cobaias , Camundongos , Coelhos , Ratos , Aborto Animal , Animais de Laboratório , Intoxicação por Plantas , Plantas TóxicasRESUMO
Coelhos, cobaias, ratos e camundongos foram utilizados com a finalidade de reproduzir a forma cardíaca da intoxicação por Ateleia glazioviana. Quatro animais de cada espécie receberam por 4 meses a planta, secada à sombra, na concentração de 10 por cento na ração, fornecida na forma de pelets. Os pelets foram preparados misturando 700 g de ração comercial, 200 g de amido de milho, 1000 ml de água destilada e 100 g de planta seca e, posteriormente, secados em estufa a 100ºC, durante 16 a 20 horas. Quatro animais de cada espécie serviram como testemunhas, recebendo a ração preparada da mesma forma, porém com a utilização de azevém (Lolium multiflorum) em lugar de A. glazioviana. Era fornecida água à vontade e, para os coelhos e cobaias, também aveia (Avena sativa) verde diariamente. Esses animais não apresentaram nenhuma alteração clínica, e foram pesados semanalmente nas últimas 5 semanas do período experimental, não apresentando diferença significativa no ganho de peso. A necropsia não foram observadas alterações macroscópicas e pelo exame histológico também não foram detectadas lesões significativas no coração e em outros órgãos. Para testar a atividade abortiva de A. glazioviana, ração contendo 10 por cento de planta seca, preparada da mesma forma que no experimento anterior, foi administrada a 11 outros ratos, fêmeas, prenhes, nos dois últimos terços da gestação. Um grupo controle de 11 fêmeas recebeu a ração com azevém a 10 por cento, durante o mesmo período. Esses animais tiveram filhotes normais e no prazo correto. Para determinar a possível perda de toxidez da planta durante a preparação dos pelets, A. glazioviana foi aquecida por 16 a 20 horas a 100ºC e, posteriormente, administrada a um ovino em 26 doses diárias de 2,65 g/kg de planta seca...(AU)