RESUMO
Resumo 57028: trabalho apresentado no 37º Congresso de Cardiologia da SOCERJ
Assuntos
Veia Cava Superior , Cardiomiopatia Chagásica , Marca-Passo ArtificialRESUMO
Patients with heart failure (HF) undergoing cardiac resynchronization therapy (CRT) who exhibit above-expected improvement are known as super-responders. We assessed the rate of super-responders in a population with left bundle branch block (LBBB) > 150 ms in the absence of scar tissue in the left ventricular posterolateral wall as well as prognostic variables. In this prospective observational cohort study (n=20) an electrocardiogram (ECG) was performed pre- and post-CRT. The classic and Strauss LBBB criteria were adopted (> 150 ms). The percent (%) reduction of the QRS was calculated after implantation. All patients responded to the Minnesota Living with Heart Failure questionnaire and underwent an echocardiogram to measure left ventricular ejection function (LVEF), left atrium (LA) diameter, left ventricular end-systolic volume (LVEDV), left ventricular end-diastolic volume (LVESV), and left ventricular end-diastolic diameter (LVEDD) pre- and 6 months post-CRT. Cardiac magnetic resonance imaging (MRI) measured the presence of scar tissue in the posterolateral LV wall and the total scar burden (% LV mass). Fisher's exact test and the Mann-Whitney test were performed to evaluate possible prognostic variables. The mean age was 58.20±8.79 years old, 60% female, with a mean LVEF of 28.15±5.10%, ECG with LBBB mean QRS of 162.15±7.86 ms, LBBB > 150 ms with Strauss standard in 90% of cases, and 90% with non-ischemic cardiomyopathy. Twelve cases (60%) of super-responders (reduction > 30% LVESV after 6 months) were observed. Super-responders did not present a difference in response in sex (12 vs 8 P=0.67), age (58.67 vs 57.7 P=087), Minnesota quality of life (55.50 vs 67.70 P=0.2), % initial QRS reduction (21.16 vs 18.69 P=0.21), LVEF (29.25 vs 26.5 P=0.38), LVEDD (66.33 vs 67.67 P=0.83), LVEDV (211.16 vs 228.53 P=0.75), LVESV (145.83 vs 167.00 P=0.75), or LA diameter (41.58 vs 43.63 P=0.45). The presence of LBBB > 150 ms, using the Strauss standard (90%) and the absence of scar in the posterolateral wall may account for these positive results. Super-responders benefit the most from CRT, and the results of this study can contribute to a better selection of CRT candidates.
RESUMO
Abstract: Patients with heart failure (HF) undergoing cardiac resynchronization therapy (CRT) who exhibit above-expected improvement are known as super-responders. We assessed the rate of super-responders in a population with left bundle branch block (LBBB) > 150 ms in the absence of scar tissue in the left ventricular posterolateral wall as well as prognostic variables. In this prospective observational cohort study (n=20) an electrocardiogram (ECG) was performed pre- and post-CRT. The classic and Strauss LBBB criteria were adopted (> 150 ms). The percent (%) reduction of the QRS was calculated after implantation. All patients responded to the Minnesota Living with Heart Failure questionnaire and underwent an echocardiogram to measure left ventricular ejection function (LVEF), left atrium (LA) diameter, left ventricular end-systolic volume (LVEDV), left ventricular end-diastolic volume (LVESV), and left ventricular end-diastolic diameter (LVEDD) pre- and 6 months post-CRT. Cardiac magnetic resonance imaging (MRI) measured the presence of scar tissue in the posterolateral LV wall and the total scar burden (% LV mass). Fisher's exact test and the Mann-Whitney test were performed to evaluate possible prognostic variables. The mean age was 58.20±8.79 years old, 60% female, with a mean LVEF of 28.15±5.10%, ECG with LBBB mean QRS of 162.15±7.86 ms, LBBB > 150 ms with Strauss standard in 90% of cases, and 90% with non-ischemic cardiomyopathy. Twelve cases (60%) of super-responders (reduction > 30% LVESV after 6 months) were observed. Super-responders did not present a difference in response in sex (12 vs 8 P=0.67), age (58.67 vs 57.7 P=087), Minnesota quality of life (55.50 vs 67.70 P=0.2), % initial QRS reduction (21.16 vs 18.69 P=0.21), LVEF (29.25 vs 26.5 P=0.38), LVEDD (66.33 vs 67.67 P=0.83), LVEDV (211.16 vs 228.53 P=0.75), LVESV (145.83 vs 167.00 P=0.75), or LA diameter (41.58 vs 43.63 P=0.45). The presence of LBBB > 150 ms, using the Strauss standard (90%) and the absence of scar in the posterolateral wall may account for these positive results. Super-responders benefit the most from CRT, and the results of this study can contribute to a better selection of CRT candidates.
Assuntos
Terapia de Ressincronização Cardíaca , Insuficiência Cardíaca , Bloqueio de RamoRESUMO
Confirmar se a condução ventrículoatrial [CVA] ocorre por via normal ou anômala [VA] é fundamental no diagnóstico e ablação [ABL] de taquicardias supraventriculares [TSV]. Neste estudo propomos uma alternativa de confirmar a presença de VAs ocultas, através da estimulação vagal extracardíaca [EVEC] considerando que esta bloqueia a condução pelo nó AV. MÉTODOS: 26 pcts, 27,9±15anos, 15(57,7%) sexo feminino, portadores de TSV: reentrada nodal [RN] 5(19%) e reentrada AV [RAV] 21(81%) com ou sem pré-excitação, submetidos à ABL por RF. A partir da punção femoral e veias jugulares internas D ou E, um cateter foi avançado até o nível do maxilar superior para EVEC(30Hz/50µs/0,5 a 1V/kg até 70V) sem contato com o vago. A CVA foi testada com e sem EVEC durante estimulação ventricular[EV], pré e pós-ABL. RESULTADOS: Em todos os casos, foi possível obter intensa ação vagal com supressão reversível do nó sinusal e nó AV. Antes da ABL, a CVA estava presente em todos os casos e foi bloqueada pela EVEC apenas nos casos sem VAs. Após a ABL, a CVA foi completamente bloqueada pela EVEC em todos os casos, mas reapareceu em um pct de RN. Em todos pct de RAV, a CVA não foi bloqueada pela EVEC pré-ABL, mas desapareceu ou foi bloqueada pela EVEC pós-ABL (tabela). CONCLUSÃO: O bloqueio da CVA por EVEC sugere ausência ou eliminação com sucesso de vias anômalas. O ressurgimento da CVA resistente à EVEC pós-ABL em uma RN pode ser explicado pela denervação nodal AV pela ABL do 3º gânglio cardíaco durante ABL da via lenta. Estes dados sugerem que a EVEC pode ser muito útil para revelar VAs anômalas septais difíceis que se confundem com a CVA por vias normais. (AU)
Assuntos
Humanos , Taquicardia Supraventricular , Ablação por CateterRESUMO
INTRODUÇÃO: A terapia de ressincronização cardíaca através da estimulação biventricular é um tratamento coadjuvante à terapia medicamentosa otimizada, em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) refratária, causada por disfunção ventricular esquerda crônica e distúrbios de condução intraventricular, promovendo melhora da função cardíaca e da qualidade de vida. RELATO DE CASO: M.S.,49 anos, sexo masculino, com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica e Miocardiopatia Dilatada (fração de ejeção do ventrículo esquerdo FEVE -de 20%), apresentando dispnéia aos moderados esforços. Realizada cintilografia com estresse farmacológico demonstrando hipocaptação persistente moderada e discreta transitoriedade na parede anterosseptal do ventrículo esquerdo além de déficit acentuado da função ventricular e ventrículo esquerdo(VE) com volumes aumentados; eletrocardiograma (ECG)apresentando bloqueio de ramo esquerdo (BRE) com QRS 160ms.Realizado estudo eletrofisiológico com intervalos P-A 60 ms, A-H 105 ms, potencial H 15ms, H-V 55ms, ponto de Wenckebach anterógrado 380 ms, duração do complexo QRS 200 ms - estimulação ventricular programada com três extra-estímulos decrescentes no ápice e na via de saída do VD não provocou arritmias ventriculares sustentadas. Em 22/01/2018 foi optado por implante de ressincronizador cardíaco, sendo colocado o eletrodo do VE através do seio coronário em veia cardíaca média e o eletrodo do ventrículo direito (VD), na via de saída do VD. Logo após foi realizado ECG cujo QRS reduziu em aproximadamente 100 ms. Após 4 meses foi realizado novo ecocardiograma transtorácico que evidenciou FEVE de 28% e presença de dissincronia mais acentuada em septo, parede lateral e médio-basal da parede inferior. Novo ECG apresentando ritmo de marca-passo com QRS de aproximadamente 100 ms e eixo desviado para direita +120 graus. O paciente evolui com melhora dos sintomas (NYHA I).Após um ano de seguimento, paciente assintomático, sendo realizado novo ECG com ritmo de marca-passo e morfologia de BRE, com QRS de 80 ms e eixo -45 graus. O paciente portador de marca-passo ressincronizador em topografia diferente do habitual apresentando excelente resposta clínica e eletrocardiográfica. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A terapia de ressincronização cardíaca vem se tornando um tratamento de rotina em pacientes previamente selecionados, no caso apresentado o paciente portador de ressincronizador em topografia diferente do habitual apresentou uma boa resposta á terapêutica. (AU)
Assuntos
Humanos , Disfunção Ventricular Esquerda , Terapia de Ressincronização CardíacaRESUMO
INTRODUÇÃO: A estimulação cardíaca convencional, apical de VD, produz um QRS largo com morfologia de BRE, o qual ocasiona dissincronismo mecânico ventricular. Este dissincronismo pode agravar ou provocar um quadro de IC. Dentro deste contexto, temos procurado novos sítios e novas formas de estimulação, em busca de um QRS mais estreito e uma contração ventricular menos dissincrônica. O posicionamento de 1 eletrodo septal ou de 2 eletrodos dando origem à estimulação Bifocal do VD tem se mostrando mais benéfico quando comparado à estimulação convencional apical do VD, em evolução a médio e longo prazo. Contudo, essas 3 formas de estimulação: septal, apical e bifocal de VD ainda não haviam sido comparadas através da ecocardiografia moderna para avaliação do dissincronismo e os efeitos imediatos dessas estimulações durante o implante. MÉTODOS: Pacientes em FA permanente, com FE entre 35% e 55% e bradicardia com necessidade de estimulação cardíaca, foram submetidos a implante de MP bifocal do VD (septal alta e apical). Durante o intraoperatório, após cada modo de estimulação, foram realizadas medidas eletrocardiográficas e avaliação do dissincronismo pelo Eco Transesofágico...(AU)
Assuntos
Estimulação Cardíaca Artificial , Ecocardiografia TransesofagianaRESUMO
A insuficiência Cardíaca (IC) é um importante problema de saúde pública. As modificações cardíacas estruturais que surgem com o processo de cronificação da IC levam às anormalidades na contração miocárdica e ao dessincronismo ventricular que, por sua vez, contribuem para a progressão do IC e pioram a clínica dos pacientes...
Assuntos
Imageamento por Ressonância Magnética , Insuficiência Cardíaca , Terapia de Ressincronização CardíacaRESUMO
A síncope é definida como uma perda súbita da consciência associada a déficit de tônus postural, com recuperação espontânea e completa, causada por hipoperfusão cerebral transitória. É um sintoma frequente na população, e em algumas situações pode ser o único a preceder a morte súbita. Existem diversas formas de apresentação para a síncope: a cardiogênica, runológica, psiquiátrica e a neurocardiogênica...
Assuntos
Síncope , Síncope VasovagalRESUMO
A presente monografia propõe-se a fazer um levantamento sobre a história da estimulação cardíaca, desde a era pré marca-passo, início dos marca-passos, até os dias atuais com dispositivos sem eletrodos, tendo como foco o Micra Transcatheter pacing system - Micra TPS (Medtronic, Minneapolis, Minessota) considerado o grande pioneiro no cenário da estimulação cardíaca artificial atual...
Assuntos
Estimulação Cardíaca Artificial , Marca-Passo ArtificialRESUMO
A insuficiência cardíaca (IC) é uma complexa síndrome clínica, multifatorial, que reduz a sobrevida e aumenta morbidade. Representa uma das principais causas de hospitalização no Sistema Único de Saúde e lidera as internações por causas cardiovasculares, acontecendo sobretudo pacientes com faixa etária acima de 60 anos. O manejo da ICP por meio do controle de fatores de risco, diagnóstico precoce e tratamento adequado reduz a morbimortalidade...
Assuntos
Insuficiência Cardíaca , Terapia de Ressincronização CardíacaRESUMO
A insuficiência Cardíaca (IC) é um importante problema de saúde pública. As modificações cardíacas estruturais que surgem com o processo de cronificação da IC levam às anormalidades na contração miocárdica e ao dessincronismo ventricular que, por sua vez, contribuem para a progressão do IC e pioram a clínica dos pacientes...
Assuntos
Imageamento por Ressonância Magnética , Insuficiência Cardíaca , Terapia de Ressincronização CardíacaRESUMO
O implante por cateter de bioprótese valvar aórtica (do inglês Transcatheter Aortic Valve Implantation TAVI) vem ganhando espaço e configura-se como opção terapêutica para pacientes com estenose aórtica grave sintomática e risco cirúrgico elevado ou proibitivo. Apesar da menor manipulação e da menor agressividade comparativamente à abordagem cirúrgica tradicional, a incidência de bloqueio atrioventricular avançado é expressiva e resulta em aproximadamente 30% de implantes de marcapasso cardíaco definitivo. A identificação de fatores clínicos, eletrocardiográficos, anatômicos e relacionados ao tipo de prótese ou à técnica de liberação do dispositivo é fundamental para o desenvolvimento de novas técnicas e materiais, visando a reduzir a taxa de bloqueio atrioventricular avançado após o procedimento de TAVI. Os preditores mais relevantes analisados foram: bloqueio de ramo direito prévio, tipo de prótese (autoexpansível vs. balão expansível), profundidade do implante sobre a via de saída do ventrículo esquerdo, expansão excessiva da prótese, bloqueio atrioventricular total intra procedimento, bloqueio atrioventricular de 1o grau ao eletrocardiograma de base e sexo masculino...
Transcatheter Aortic Valve Implantation (TAVI) has emerged as a therapeutic option for patients with symptomatic severe aortic stenosis who have a high surgical risk. Despite of less aggressive manipulation when compared to conventional surgery, the incidence of atrioventricular block is significant and 30% of patients require permanent pacemaker. The identification of clinical, electrocardiographic, anatomic and technical factors related to the type of implant or device release technique is essential for the development of new techniques and materials aiming at reducing the advanced atrioventricular block rate after TAVI. The most relevant predictors analyzed were: previous right bundle branch block, type of device (self-expanding vs. balloon-expandable), depth of frame in left ventricular outflow tract, valve over expansion, intraprocedural total atrioventricular block, first degree atrioventricular block in baseline electrocardiogram and male gender...
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Bloqueio Atrioventricular/complicações , Bloqueio Atrioventricular/terapia , Cardiopatias Congênitas/terapia , Estenose da Valva Aórtica/terapia , Implante de Prótese de Valva Cardíaca/métodos , Marca-Passo Artificial , Bioprótese , Eletrocardiografia/métodos , Fatores de Risco , Próteses e Implantes/métodos , Literatura de Revisão como Assunto , Valva Aórtica/cirurgia , Ventrículos do CoraçãoRESUMO
A síndrome da insuficiência cardíaca congestiva na população pediátrica difere-se em muitos aspectos da insuficiência cardíaca encontrada nos adultos. As diferenças não baseiam-se apenas na idade de apresentação, que certamente reflete as peculiaridades da obtenção de uma anamnese e na avaliação, muitas vezes de forma subjetiva dos sintomas, mas na escassez de estudos e evidências clínicas voltados diretamente para pediatria. Na realidade, transmite-se para a população pediátrica grande parte do conhecimento científico produzido com a população adulta...