RESUMO
A partir de uma visäo unidimensional da saúde, a tendência das instituições sociais tem sido garantir a sobrevivência de crianças e adolescentes, cuidando dos denominados problemas orgânicos, desconsiderando os aspectos psicológicos e sócio-ambientais. O trabalho de pesquisa-intervençäo num bairro da periferia de Natal, RN, possibilitou a identificaçäo de um contexto de vida perpassado pela precariedade de serviços de infra-estrutura, altos índices de evasäo escolar, relações de gênero opressivas e, ausência para ambos os sexos, de perspectivas e oportunidades acadêmicas e profissionais. Tal situaçäo limita a consolidaçäo de projetos de vida que transcendam a inserçäo no mercado informal de trabalho e o desempenho dos tradicionais papéis sexuais, gerando um ciclo de reproduçäo da pobreza que tende a se perpetuar. Almeja-se, portanto, a revisäo crítica das idéias e valores que estäo permeando a vivência da adolescência entre a populaçäo alvo e suas famílias, bem como entre os profissionais de educaçäo e saúde que trabalham no bairro, inclusive a equipe da Universidade. No presente texto, objetiva-se esclarecer os alicerces teóricos-conceituais dos quais partimos, viabilizando o debate e a reflexäo näo apenas sobre a problemática em si, mas sobre as práticas profissionais daqueles que trabalham cotidianamente nesses contextos sociais
Assuntos
Adolescente , Educação em Saúde , Promoção da Saúde , Meio Social , Serviço Social , Fatores SocioeconômicosRESUMO
A partir de uma visão unidimensional da saúde, a tendência das instituições sociais tem sido garantir a sobrevivência de crianças e adolescentes, cuidando dos denominados problemas orgânicos, desconsiderando os aspectos psicológicos e sócio-ambientais. O trabalho de pesquisa-intervenção num bairro da periferia de Natal, RN, possibilitou a identificação de um contexto de vida perpassado pela precariedade de serviços de infra-estrutura, altos índices de evasão escolar, relações de gênero opressivas e, ausência para ambos os sexos, de perspectivas e oportunidades acadêmicas e profissionais. Tal situação limita a consolidação de projetos de vida que transcendam a inserção no mercado informal de trabalho e o desempenho dos tradicionais papéis sexuais, gerando um ciclo de reprodução da pobreza que tende a se perpetuar. Almeja-se, portanto, a revisão crítica das idéias e valores que estão permeando a vivência da adolescência entre a população alvo e suas famílias, bem como entre os profissionais de educação e saúde que trabalham no bairro, inclusive a equipe da Universidade. No presente texto, objetiva-se esclarecer os alicerces teóricos-conceituais dos quais partimos, viabilizando o debate e a reflexão não apenas sobre a problemática em si, mas sobre as práticas profissionais daqueles que trabalham cotidianamente nesses contextos sociais (AU)