RESUMO
The Brazilian coastal zone extends from 4º N to 34º S latitude and because of its long extension, the interface zone from continent to ocean includes a high diversity of geomorphologic and oceanographic characteristics. The rivers from the Northeast and East regions are marked by a typical unimodal seasonal flux patterns but with different amplitudes. As the climate indicates, the rivers from the Northeast are subject to an accentuated seasonal variability with an elevated input and flood pulses during the rainy season and low to negligible fluxes during the dry season. Small-scale rivers usually present typical torrential behaviour. In the humid eastern region, the unimodal seasonal cycle is dampened with a more constant input supply. Recently, some studies have shown that the material supply from rivers along the Northeast and Eastern coasts is diluted by surface tropical waters of oceanic currents and that the estuarine plume dispersal is restricted to a narrow coastal belt. However, human impacts of course mask or even override both natural hydrological cycles and CO2 emissions from terrestrial biomes, or depending on the nature of the human impact, can even increase extreme events. Henceforth this contribution addresses the typological, hydrological and biome diversity of the four estuarine systems fed and affected by the respective Amazon, São Francisco, Paraíba do Sul and Plata watersheds.
A zona costeira brasileira se estende de 4º N a 34º S de latitude. Por causa de sua longa faixa de zona de interface do continente com o oceano, é encontrada uma grande diversidade nas características geomorfológicas e oceanográficas. Os rios das regiões nordeste e leste mostram um padrão de fluxo sazonal normalmente unimodal, mas diferentes em amplitude. Conforme o clima indica, os rios do nordeste estão sujeitos a uma acentuada variabilidade sazonal, com elevação da vazão em forma de pulsos de inundação durante a estação chuvosa e fluxos muito baixos ou mesmo negligentes durante a estação seca. Em rios de pequena escala, a vazão costuma apresentar um típico comportamento de eventos torrenciais. Na região leste, com clima tropical úmido, o ciclo unimodal sazonal se apresenta amortecido com uma entrada mais constante. Recentemente, alguns estudos mostram que a exportação de materiais pelos rios ao longo da costa leste e do nordeste é diluída a partir de águas tropicais superficiais de correntes oceânicas e que a dispersão das plumas estuarinas é restrita a uma estreita faixa costeira. No entanto, os impactos humanos mascaram ou mesmo substituem ambos os ciclos hidrológicos naturais e as emissões de CO2 dos biomas terrestres ou, dependendo da natureza, podem até aumentar os eventos extremos. Doravante, esta contribuição aborda a diversidade, a tipologia hidrológica e os biomas dos quatro sistemas estuários.
RESUMO
The Brazilian coastal zone extends from 4º N to 34º S latitude and because of its long extension, the interface zone from continent to ocean includes a high diversity of geomorphologic and oceanographic characteristics. The rivers from the Northeast and East regions are marked by a typical unimodal seasonal flux patterns but with different amplitudes. As the climate indicates, the rivers from the Northeast are subject to an accentuated seasonal variability with an elevated input and flood pulses during the rainy season and low to negligible fluxes during the dry season. Small-scale rivers usually present typical torrential behaviour. In the humid eastern region, the unimodal seasonal cycle is dampened with a more constant input supply. Recently, some studies have shown that the material supply from rivers along the Northeast and Eastern coasts is diluted by surface tropical waters of oceanic currents and that the estuarine plume dispersal is restricted to a narrow coastal belt. However, human impacts of course mask or even override both natural hydrological cycles and CO2 emissions from terrestrial biomes, or depending on the nature of the human impact, can even increase extreme events. Henceforth this contribution addresses the typological, hydrological and biome diversity of the four estuarine systems fed and affected by the respective Amazon, São Francisco, Paraíba do Sul and Plata watersheds.
A zona costeira brasileira se estende de 4º N a 34º S de latitude. Por causa de sua longa faixa de zona de interface do continente com o oceano, é encontrada uma grande diversidade nas características geomorfológicas e oceanográficas. Os rios das regiões nordeste e leste mostram um padrão de fluxo sazonal normalmente unimodal, mas diferentes em amplitude. Conforme o clima indica, os rios do nordeste estão sujeitos a uma acentuada variabilidade sazonal, com elevação da vazão em forma de pulsos de inundação durante a estação chuvosa e fluxos muito baixos ou mesmo negligentes durante a estação seca. Em rios de pequena escala, a vazão costuma apresentar um típico comportamento de eventos torrenciais. Na região leste, com clima tropical úmido, o ciclo unimodal sazonal se apresenta amortecido com uma entrada mais constante. Recentemente, alguns estudos mostram que a exportação de materiais pelos rios ao longo da costa leste e do nordeste é diluída a partir de águas tropicais superficiais de correntes oceânicas e que a dispersão das plumas estuarinas é restrita a uma estreita faixa costeira. No entanto, os impactos humanos mascaram ou mesmo substituem ambos os ciclos hidrológicos naturais e as emissões de CO2 dos biomas terrestres ou, dependendo da natureza, podem até aumentar os eventos extremos. Doravante, esta contribuição aborda a diversidade, a tipologia hidrológica e os biomas dos quatro sistemas estuários.
Assuntos
Humanos , Biomassa , Estuários , Brasil , Estações do AnoRESUMO
The Brazilian coastal zone extends from 4º N to 34º S latitude and because of its long extension, the interface zone from continent to ocean includes a high diversity of geomorphologic and oceanographic characteristics. The rivers from the Northeast and East regions are marked by a typical unimodal seasonal flux patterns but with different amplitudes. As the climate indicates, the rivers from the Northeast are subject to an accentuated seasonal variability with an elevated input and flood pulses during the rainy season and low to negligible fluxes during the dry season. Small-scale rivers usually present typical torrential behaviour. In the humid eastern region, the unimodal seasonal cycle is dampened with a more constant input supply. Recently, some studies have shown that the material supply from rivers along the Northeast and Eastern coasts is diluted by surface tropical waters of oceanic currents and that the estuarine plume dispersal is restricted to a narrow coastal belt. However, human impacts of course mask or even override both natural hydrological cycles and CO2 emissions from terrestrial biomes, or depending on the nature of the human impact, can even increase extreme events. Henceforth this contribution addresses the typological, hydrological and biome diversity of the four estuarine systems fed and affected by the respective Amazon, São Francisco, Paraíba do Sul and Plata watersheds.
A zona costeira brasileira se estende de 4º N a 34º S de latitude. Por causa de sua longa faixa de zona de interface do continente com o oceano, é encontrada uma grande diversidade nas características geomorfológicas e oceanográficas. Os rios das regiões nordeste e leste mostram um padrão de fluxo sazonal normalmente unimodal, mas diferentes em amplitude. Conforme o clima indica, os rios do nordeste estão sujeitos a uma acentuada variabilidade sazonal, com elevação da vazão em forma de pulsos de inundação durante a estação chuvosa e fluxos muito baixos ou mesmo negligentes durante a estação seca. Em rios de pequena escala, a vazão costuma apresentar um típico comportamento de eventos torrenciais. Na região leste, com clima tropical úmido, o ciclo unimodal sazonal se apresenta amortecido com uma entrada mais constante. Recentemente, alguns estudos mostram que a exportação de materiais pelos rios ao longo da costa leste e do nordeste é diluída a partir de águas tropicais superficiais de correntes oceânicas e que a dispersão das plumas estuarinas é restrita a uma estreita faixa costeira. No entanto, os impactos humanos mascaram ou mesmo substituem ambos os ciclos hidrológicos naturais e as emissões de CO2 dos biomas terrestres ou, dependendo da natureza, podem até aumentar os eventos extremos. Doravante, esta contribuição aborda a diversidade, a tipologia hidrológica e os biomas dos quatro sistemas estuários.
RESUMO
The carbon (C) concentration and flux, as dissolved organic carbon (DOC), particulate organic carbon (POC) and macrodetritus (MD), were quantified through 4 tidal cycles in a mangrove tidal creek in Southeastern Brazil. DOC was the major fraction of the total C concentration, accounting for 68 and 61% of the total C concentration during ebb and flood periods respectively. Concentrations of DOC (Ebb = 3,41 ± 0,57 mgC.L-1 and Flood = 3,55 ± 0,76 mgC.L-1) and POC (Ebb = 1,73 ± 0,99 mgC.L-1 and Flood = 1,28 ± 0,45 mgC.L-1) were relatively similar during the four tidal cycles. Macrodetritus presented a wide variation with concentration peaks probably related to external forces, such as winds, which enrich the ebb flow with leaf litter. DOC and POC fluxes depended primarily on tidal and net water fluxes, whereas MD fluxes were not. The magnitude of the DOC and POC fluxes varied with the area flooded at high tide, but not the MD fluxes. DOC was the major form of carbon export to Sepetiba Bay. During the four tidal cycles, the forest exported a total of 1,2 kg of organic carbon per ha, mostly as DOC (60%), followed by POC (22%) and MD (18%).
As concentrações e fluxos de carbono orgânico sob forma de carbono orgânico dissolvido (COD), carbono orgânico particulado (COP) e macrodetritos (MD) foram quantificadas durante 4 ciclos de maré em canal de maré na Floresta Experimental de Itacuruçá, Baía de Sepetiba, RJ, litoral sudeste do Brasil. COD foi a fração mais importante para a concentração total de carbono orgânico, contribuindo com 68 e 61% da concentração total de C nos períodos de maré vazante e enchente, respectivamente. As concentrações de COD (vazante = 3.41 ± 0.57 mgC.L-1 e enchente = 3.55 ± 0.76 mgC.L-1) e COP (vazante = 1.73 ± 0.99 mgC.L-1 e enchente = 1.28 ± 0.45 mgC.L-1) foram similares durante os 4 ciclos de maré. A fração macrodetritos apresentou uma ampla variabilidade com máximos de concentração relacionados a fatores externos como ventos, que enriqueceram as águas de vazante com macrodetritos. A magnitude dos fluxos de COD e COP, mas não os de macrodetritos, relacionaram-se com os fluxos de água e a conseqüente área inundada pela maré. A fração COD foi a mais importante forma de exportação de carbono orgânico pelo manguezal. Durante os 4 ciclos monitorados, a floresta exportou um total de 1.2 kg de carbono orgânico, 60% sob forma de COD, seguido pelo COP (22%) e pela fração macrodetritos (18%).