RESUMO
No Brasil, o câncer de colo uterino é a segunda neoplasia maligna feminina mais frequente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo uma das maiores incidências verificada no Recife. Os padrões aneuplóides de DNA são considerados um fator geralmente associado à malignidade sendo encontrados em diferentes graus de displasias. Os carcinomas da cérvix uterina geralmente exibem células nas quais o conteúdo de DNA está desviado significativamente do normal. Com o objetivo de determinar e quantificar possíveis variações de conteúdo do DNA nuclear, estudamos 32 neoplasias do epitélio escamoso do colo uterino, sendo 26 de carcinoma in situ e 6 de carcinoma invasivo. Os cortes histológicos foram submetidos à reação histoquímica de Feulgen, para marcação dos núcleos. O conteúdo de DNA de linfócitos foi estabelecido como padrão normal, diplóide, para comparação com o conteúdo de DNA das células neoplásicas e construção dos histogramas de ploidia de DNA entre essas células. Dos 32 casos avaliados, tanto as lesões intra-epiteliais como as invasivas, exibiram um padrão aneuplóide de DNA. A presença de DNA nas lesões intra-epiteliais sugere uma provável evolução dessas lesões para o caráter invasivo da doença.