RESUMO
Este artigo é uma proposta ético-metodológica de habitar-compor o campo de pesquisa. Como pressupostos teórico-metodológicos, utilizamos a epistemologia feminista, em uma perspectiva de ciência que produz saberes localizados que incluem as marcas do campo e das pesquisadoras. Partimos da experiência de duas pesquisas de mestrado com campos diversos, em que ambas utilizaram a narrativa. Trata-se de pensar em políticas de pesquisa e políticas de escrita que possam nos auxiliar a operar um desvio entre o ponto de ancoragem identitário e a deriva dos sem-lugar, no exercício de fazer desequilibrar a harmonia de um todo e dar passagem para que se enunciem histórias de um entre o "tendo-sido" e o "ainda-não". Apostamos que, ao contar histórias únicas e histórias miúdas do cotidiano, podemos tecer novos mundos, nos quais a pluralidade torna-se mais possível, fugindo de uma forma binária de ser e conhecer.
This article is an ethical-methodological proposal of inhabiting-composing the research field. As theoretical-methodological assumptions, we use feminist epistemology, in a science perspective that produces localized knowledge that includes the marks of the field and the researchers. We started from the experience of two masters research with different fields, where both used the narrative. It is about thinking about research policies and writing policies that can help us to operate a deviation between the identity anchor point and the drift of the no-placed, in the exercise of unbalancing the harmony of a whole and giving way to tell stories between the 'having been' and the 'not yet'. We bid that by telling unique stories and small stories of everyday life, we can weave new worlds, where plurality becomes more possible, escaping a binary way of being and knowing.
Este artículo es una propuesta ético-metodológica de habitar-componer el campo de investigación. Como suposiciones teórico-metodológicas, utilizamos la epistemología feminista, en una perspectiva científica que produce conocimiento localizado que incluye las marcas del campo y de las investigadoras. Partimos de la experiencia de dos investigaciones de maestría con diferentes campos, donde ambas utilizaron la narrativa. Se trata de pensar en políticas de investigación y políticas de redacción que puedan ayudarnos a operar una desviación entre el punto de ancla de la identidad y la deriva de las personas sin hogar, en el ejercicio de desequilibrar la armonía de un todo y dar paso a contar historias de uno entre el 'haber sido' y el 'todavía no'. Apostamos que al contar historias únicas y pequeñas historias de la vida cotidiana, podemos tejer mundos nuevos, donde la pluralidad se vuelve más posible, escapando de una forma binaria de ser y conocer.