RESUMO
Nas últimas três décadas, vários testes clínicos, biofísicos e bioquímicos foram propostos para detecção precoce de distúrbios gestacionais, principalmente a pré-eclâmpsia. Esta revisão mostra que há discordância entre a sensibilidade e o valor preditivo de vários testes e que ainda não há um teste ideal para rastreamento das principais patologias gestacionais e perinatais. A pré-eclâmpsia é uma complicação em cerca de 5 porcento das gestações e a causa isolada mais comum de restrição de crescimento fetal, permanecendo como um dos principais fatores associados ao aumento na morbidade e mortalidade materna e perinatal. Seu manejo requer conhecimento sobre os mecanismos fisiopatológicos da doença, detecção precoce do grupo com maior risco e meios adequados para prevenção ou tratamento do processo patológico. A pré-eclâmpsia é uma doença multisistêmica, com anormalidade na placentação e várias alterações humorais e cardiovasculares; algumas destas estão relacionadas com disfunção endotelial generalizada. A abordagem mais lógica para um teste preditivo ideal deve levar simultaneamente a vários preditores potenciais, refletindo aspectos diferentes da doença. Esta revisão aborda a importância de quatro marcadores séricos para a pré-eclâmpsia