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São Paulo; s.n; 2015. 80 p. ilus, tab.
Tese em Português | Inca | ID: biblio-1148274

RESUMO

Introdução: Atualmente, muitos são os estudos que avaliam as alterações vocais e seu impacto em pacientes pós-tireoidectomia, no entanto vemos a importância de estudar esses pacientes no pré-operatório visto que indivíduos candidatos à tireoidectomia podem apresentar alterações vocais mesmo antes da cirurgia. Estas alterações pré-cirúrgicas dificultam a interpretação dos achados vocais após a tireoidectomia e, até o presente momento, esses dados não foram devidamente investigados. Objetivo: Descrever os sinais e sintomas de vias aéreas superiores, a voz e a qualidade de vida pré-tireoidectomia. Metodologia: Foram incluídos 250 pacientes candidatos à tireoidectomia parcial ou total independente do tipo citológico do tumor, de ambos os sexos, maiores de 18 anos. Foram obtidos dados no prontuário eletrônico, realizadas as avaliações laringológica e vocal (perceptivo-auditiva e acústica) e aplicados quatro questionários: Índice de Desvantagem Vocal -10 (IDV-10) Escala de Sintomas Vocais (ESV), de Sintomas de Vias Aéreas Superiores Pós-tireoidectomia adaptado pré-tireoidectomia (SVADS) e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (82%), com idade mediana de 40 anos e diagnóstico de doença maligna (50,6%). O volume tireoideano (cm³), com mediana de 11,4, demonstrou que esses pacientes, estavam dentro da faixa de normalidade. A maior parte foi classificada como usuário não-profissional não-vocal (34,8%). A prosposta cirúrgica de maior ocorrência foi a tireoidectomia total (87,6%). A avaliação otorrinolaringológica através da nasolaringoscopia demonstrou que existem 3 grupos distintos: sem alterações laríngeas (Grupo A), com hiperemia/refluxo gastroesofágico (RGE) (grupo B) e com alterações funcionais e/ou orgânicas (grupo C). O grupo A apresentou mais alterações respiratórias (17%) e os grupos B (23%) e C (38%), alterações digestivas. Apenas 16,6% dos pacientes foram classificados com voz normal e 47,2% com disfonia moderada. Os pacientes com alterações digestivas apresentaram maior alteração das medidas acústicas de pertubação de frequência (Jitt%,PPQ e STD). O sexo masculino apresentou maior alteração de pertubação de intensidade (APQ e Shim%) e medidas de ruído (NHR), e o sexo feminino no grau de componentes subharmônicos (DSH). Queixas presentes próximas ao período do diagnóstico interferiram nos parâmetros de DSH. O IDV-10 demonstrou que há maior desvantagem vocal quando há presença de queixas de voz e deglutição com repercussões até 120 meses, quando há presença de alterações orgânicas e/ou funcionais e com diagnóstico de doença benigna na tireóide. O mesmo ocorreu quando analisado a ESV e SVADS. A mediana dos domínios de limitação (6), físico (6) e escore total (13) apresentaram maior representatividade, porém dentro na nota de corte (16) esperada para indivíduos saudáveis. Os pacientes com queixas de voz e deglutição com repercussões entre 3-6 meses, alterações orgânicas e funcionais e diagnóstico benigno obtiveram maiores alterações vocais no questionário de SVADS. Os pacientes do sexo feminino, presença de queixas de voz e deglutição com repercussões entre 6-12 meses, alterações digestivas, hiperemia/RGE e diagnóstico benigno obtiveram maiores alterações de deglutição no questionário SVADS. Conclusão: Existem distintos perfis de sujeitos pré-tireoidectomia, que podem interferir nos achados pós-tireoidectomia. Os sinais, sintomas e alterações de voz e deglutição pré-tireoidectomia encontrados apresentam maior impacto quando associados a alterações laringológicas relacionados ao refluxo gastro-esofágico e diagnóstico de lesão benigna. Há desvantagem na qualidade de vida em voz, mesmo que mínima nos pacientes. Paciente com queixas recentes apresentam maior impacto emocional e queixas mais antigas, maiores alterações físicas.


Introduction: Currently there are many studies that evaluate voice changes and their impact in post-thyroidectomy patients. However, we see the importance of studying these patients preoperatively as individuals who are candidates for thyroidectomy who may have vocal changes before surgery. These pre-surgical changes hinder the interpretation of vocal findings after thyroidectomy and to date, these data have not been properly investigated. Objective: Describe the signs and symptoms of the upper respiratory tract, voice and quality of life pre-thyroidectomy. Methodology: Two hundred fifty patients of both sexes, older than 18 years, were included who were candidates for partial or total thyroidectomy regardless of histological tumor type. Data from electronic medical records were obtained, laryngeal and vocal assessments (perceptive-hearing and acoustic) were performed and four questionnaires were applied: Voice Handicap Index 10 (VHI-10), Vocal Symptoms Scale (VoiSS), Upper Aerodigestive Symptoms postthyroidectomy adapt for pre-thyroidectomy (UADS) and the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). Results: There was female predominance (82%) with a median age of 40 years and a diagnosis of malignancy (50.6%). Thyroid volume (cm³), with a median of 11.4 showed that these patients were within the normality range. Most were classified as non-professional nonvocal users (34.8%). The most frequent surgical intent was total thyroidectomy (87.6%). Otorrinolaringologic assessment through nasallaryngoscopy showed that there were three distinct groups: no change (group A), with hyperemia/GER (group B) and with functional and/or organic changes (group C). Group A had more respiratory changes (17%) and groups B (23%) and C (38%), digestive changes. Only 16.6% of the subjects were classified with normal voice and 47.2% with moderate dysphonia. Subjects with digestive changes showed greater alteration in acoustic measurements of jitter in percent (Jitt%), amplitude perturbation quotient (APQ) and standard deviation of f0 (STD). Males had the greatest variation of APQ, noise-to-harmonics ratio (NHR) and percent of shimmer (Shim%), while females showed the greatest variation in degree of subharmonic components (DSH). Complaints proximate to the diagnosis period interfered in DSH parameters. The VHI-10 showed that there is greater voice handicap when voice and swallowing complaints are present with repercussions up to 120 months, the presence of organic and/or functional changes and diagnosed with benign thyroid disease. The same was true when analyzing the VoiSS and UADS. The median of the domains limitation (6), physical (6) and total score (13) had the largest representation, but within the cohort score (16) expected for healthy individuals. The subjects with voice and swallowing complaints with repercussions between 3 and 6 months, organic and functional changes and benign diagnosis had higher vocal alterations in the SURT questionnaire. In female subjects, the presence of voice and swallowing complaints with repercussions between 6 and 12 months, digestive changes, hyperemia/GER and benign diagnosis had higher swallowing alterations in the UADS questionnaire. Conclusion: There are distinct pre-thyroidectomy profiles that can interfere in post- thyroidectomy findings. The signs, symptoms and changes in pre-thyroidectomy voice and swallowing encountered showed more impact when associated with laryngeal changes associated with gastric esophageal reflux and diagnosis of benign lesion. There was disadvantage in quality of life in voice even with a minimum number of patients. Patients with recent complaints had greater emotional impact and those with older complaints showed greater physical alterations.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Glândula Tireoide , Tireoidectomia , Sistema Respiratório , Cirurgia Geral , Voz
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