RESUMO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), um dos principais determinantes da morbidade e mortalidade cardiovasculares, tem sido objeto de estudo em todo o mundo, seja por seus aspectos clínicos, fisiopatológicos ou como problema de saúde na coletividade. No Brasil, os primeiros estudos sobre prevalência surgiram na década de 1970, com produções crescentes na literatura e em congressos desde então, com predomínio nas regiões Sul e Sudeste. Neste texto é apresentada uma revisão crítica da literatura até o momento, buscando avaliar a sua contribuição para o conhecimento da epidemiologia da HAS no país. Observam-se maior critério e uniformidade metodológica entre os trabalhos analisados e um crescente interesse para o problema entre crianças e adolescentes, pela maior presença de trabalhos sobre hipertensão em periódicos direcionados a pediatras, em comparação ao período anterior a 2000. Os fatores associados são excesso de peso, sedentarismo, envelhecimento, etnia e sexo masculino. São ainda enfatizados o aumento da circunferência da cintura e a baixa estatura (principalmente em mulheres), tanto de forma isolada como em conjunto e ainda potencializados por condições precárias de vida. O peso ao nascer também foi inversamente associado à pressão arterial entre adolescentes, correlacionado à má nutrição intra-uterina, indicado por baixo peso em nascidos a termo, pequenos para a idade gestacional. Por fim, é necessário que se amplie o conhecimento sobre a epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica na população brasileira como um todo, estendendo-se a produção científica para as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, por suas especificidades regionais, com características e demandas diferentes das que se conhecem hoje para as regiões Sul e Sudeste
Assuntos
Humanos , Pressão Arterial , Hipertensão/epidemiologia , IncidênciaRESUMO
Os autores apresentam um caso de flutter atrial em um paciente portador de cardiopatia isquêmica, que se alternava com episódios de taquicardia atrial paroxística. Levantam a possibilidade de representarem a mesma arritmia, sendo a taquicardia atrial apenas uma manifestaçäo do flutter atrial em presença de um bloqueio de saída do 2§ grau no foco de origem. Da mesma forma, defendem a teoria do foco octópico na gênese do flutter atrial, baseados na impossibilidade de coexistir uma onda de movimento circular com um bloqueio de saída. Consideraçöes säo feitas a respeito do bloqueio multinível na junçäo atrioventricular (fenômeno de Wenckeach de batimentos alternados) como responsável pela existência de relaçöes de conduçäo AV variáveis e por vezes bizzaras complicando a interpretaçäo destas arritmias. Concluem-se que embora seja o movimento circular intra-atrial o mecanismo eletrofisiológico primordial do flutter atrial, a demonstraçäo de um bloqueio de saída reforça a possibilidade de um foco automático como mecanismo alternativo na gênese desta arritmia
Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Flutter Atrial/diagnóstico , Taquicardia Paroxística/diagnóstico , Seguimentos , Doença das Coronárias , EletrocardiografiaRESUMO
Um caso de extra-sístole sinusal foi estudado e os aspectos de diagnóstico, os diagnósticos diferenciais, os mecanismos eletrofisiológicos e as possíveis implicaçöes clínicas säo discutidos. Conclui-se que 1) o diagnóstico é feito pela presença de ondas P prematuras idênticas às sinusais em todos os aspectos e derivaçöes; acoplamento fixo e pausa pós-extra-sistólica incompleta; 2) a reentrada é seu provável mecanismo eletrofisilógico básico; 3) o principal diagnóstico diferencial é com o bloqueio sino-atrial 3:2 com fenômeno de Wenckebach; 4) a implicaçäo clínica, provavelmente, é a mesma das extra-sístole atriais
Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Arritmia Sinusal/diagnóstico , Bloqueio Sinoatrial/diagnóstico , Complexos Cardíacos Prematuros/diagnóstico , Eletrocardiografia , Eletrofisiologia , Complexos Cardíacos Prematuros/fisiopatologiaRESUMO
Os autores apresentam um programa desenvolvido para uma calculadora eletrônica alfanumérica (HP-41C) para a obtençäo de parâmetros respiratórios, fisiológicos e hemodinâmicos com as opçöes para dados reais e/ou estimados, facilitando os complexos cálculos matemáticos e permitindo que unidades que näo dispöem de aparelhagens sofisticadas e/ou sistemas computadorizados possam acompanhar a evoluçäo clínica e terapêutica de doentes críticos por meio desses parâmetros estimados