RESUMO
OBJETIVO: Avaliar os achados clínicos mais importantes do osteossarcoma parosteal e descrever os seus aspectos mais comuns na radiologia convencional. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 26 pacientes com osteossarcoma parosteal, provenientes do arquivo do Clube do Osso, Rio de Janeiro, RJ, e análise dos principais achados clínicos e aspectos radiológicos. RESULTADOS: A doença predominou em pacientes do sexo feminino e teve idade média de acometimento na terceira década de vida. Os achados clínicos mais freqüentes foram o aumento do volume no local do tumor (77 por cento dos casos) e a dor local (68 por cento dos casos). O local mais comum de tumor foi o oco poplíteo, com 40 por cento dos casos, e houve envolvimento metafisário em 92 por cento dos tumores. O aspecto radiológico mais comumente encontrado foi de lesão bem mineralizada e intimamente justaposta à superfície óssea, com o córtex adjacente irregularmente espessado (92,3 por cento dos casos), observando-se área de adesão a este (88,5 por cento dos casos), além de margens tumorais lobuladas (50 por cento dos casos) ou irregulares (38,5 por cento dos casos). Evidenciaram-se, também, linha radiolucente entre o tumor e o osso adjacente (48 por cento dos casos), padrão de mineralização mais denso na base do que na periferia (42,3 por cento dos casos) e pequena ocorrência de reação periosteal (15,4 por cento dos casos). CONCLUSÃO: Apesar de a tomografia computadorizada e a ressonância magnética serem importantes na identificação de alguns aspectos do osteossarcoma parosteal, a radiologia convencional é altamente sugestiva deste tumor e permite, na maior parte dos casos, o diagnóstico diferencial com outras lesões da superfície óssea.
OBJECTIVE: To evaluate the most significant features of parosteal osteosarcoma and to describe the most frequent findings on conventional radiology. MATERIALS AND METHODS: A retrospective study was performed including 26 cases of patients with parosteal osteosarcoma from the archives of "Clube do Osso", Rio de Janeiro, RJ, Brazil, with analysis of main clinical and radiological findings. RESULTS: The disease was prevalent in female patients in the third decade of life. Main clinical findings were the increase in volume on the site of the tumor (77 percent of cases) and local pain (68 percent of cases). The most frequent site of tumor was the popliteal fossa (40 percent), and metaphyseal involvement has occurred in 92 percent of cases. The most frequent radiological findings were densely mineralized lesions on juxtacortical locations, and irregularly thickened adjacent host cortex (92.3 percent), with adherence areas being observed in 88.5 percent of cases, besides lobular (50 percent) or irregular (38.5 percent) tumor margins. Also, a radiolucent line between the tumor and the adjacent bone (48 percent), a denser mineralization on the basis than in the periphery of the tumor (42.3 percent), and a small rate of periosteal reaction (15.4 percent) were found. CONCLUSION: Although computed tomography and magnetic resonance imaging are important modalities for identifying some aspects of parosteal osteosarcoma, conventional x-ray is essential in the initial evaluation of this type of lesion, most frequently allowing differential diagnosis with other surface bone lesions.