RESUMO
O objeto deste estudo é a relação interpessoal entre os auxiliares de Enfermagem que trabalham na Unidade Central de Material Esterilizado (UCME) e os das Unidades de Internação Cirúrgicas (UCIs) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), situado no Município do Rio de Janeiro/Brasil. A pesquisa objetiva analisar os fatores que interferem nesse relacionamento. A partir de Chiavenato (1993) e Dall'Agnol e Trench (1999), foi realizada pesquisa qualitativa, através da técnica do grupo focal, com 96 auxiliares de Enfermagem oriundos da UCME e UCIs do HUPE, no período de 1999 a 2000. Das discussões dos grupos surgiram categorias "fala e gesto" e "silêncio e solidariedade". Os resultados mostram que os relacionamentos não são afetivos e bons, mas suportáveis e passíveis de acertos. Existe vontade desses auxiliares em melhorar suas interações, desvelando-se um comportamento sensível e solidário para que as comunicações sejam mais efetivas e afetivas
Assuntos
Humanos , Comportamento Social , Local de Trabalho , Assistentes de Enfermagem , Atitude do Pessoal de Saúde , Relações Interprofissionais , Unidades Hospitalares , Unidades de Terapia Intensiva , Recursos Humanos de Enfermagem HospitalarRESUMO
O objeto deste estudo é a relação interpessoal entre os auxiliares de enfermagem da Unidade Central de Material Esterilizado e os das Unidades de Internação Cirúrgica, no âmbito hospitalar. A pesquisa foi realizada no Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no Município do Rio de Janeiro, Brasil, no período de julho de 1999 a novembro de 2000. O objetivo é analisar os fatores que interferem na relação interpessoal entre os auxiliares de enfermagem das unidades referidas. O referencial teórico apoiou-se na Teoria do Desenvolvimento Organizacional (Chiavenato, 1993). Aplicou-se a abordagem qualitativa com a técnica de pesquisa de grupo focal. A amostra constituiu-se de 96 auxiliares de enfermagem de ambas as unidades. Utilizou-se os instrumentos de coleta de dados - guia de tema com duas questões abertas, gravador para registro das falas dos sujeitos em fita cassete e diário de campo. Os dados foram coletados em reuniões do grupo focal. Na análise dos dados, das convergências das falas emergiram as categorias "a fala e o gesto" e "o silêncio e a solidariedade". Os resultados indicam que os relacionamentos/comunicações não são afetivos e nem bons, mas suportáveis, sustentáveis, previsíveis e possíveis de acertos; expressam a vontade efetiva de não expor o profissional e a vontade de trabalhar as dificuldades - falta de material e de controle dos impressos de pedido e de entrega de material; existe mudança nas atitudes que começam a desvelar os mistérios que ainda se escondem nas falas. As pessoas estão em processo de desenvolvimento e precisam ser compreendidas em suas dimensões física, mental, emocional, social e espiritual; através deste estudo eles são levados a uma nova perspectiva que envolve o afeto como suporte para um trabalho melhor. Sugere-se o prosseguimento da pesquisa, valorizando-se o bom relacionamento/comunicação interpessoal e a promoção do afeto no cotidiano dos auxiliares de enfermagem desse hospital.