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1.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 18-18, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566792

RESUMO

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 5 anos, encaminhado ao nosso serviço devido quadro de refluxo gastresofágico (RGE) iniciado aos 4 meses de idade, evoluindo com disfagia, vômitos intensos, déficit pôndero-estatural e episódios recorrentes de broncoespasmo. Fez uso contínuo de corticóide inalatório, broncodilatadores e inibidores de bomba de prótons (IBP), sem resposta adequada. Devido à persistência dos sintomas, realizado endoscopia digestiva alta (EDA), a qual evidenciou quadro de Esofagite Erosiva Distal de leve intensidade e compressão extrínseca esofágica pulsátil, sugestiva de artéria subclávia anômala. Confirmado diagnóstico por ecodopplercardiograma transtorácico que demonstrou a presença de artéria subclávia direita aberrante com trajeto retroaórtico e realizado angiotomografia dos vasos da base que corroborou com achado ecocardiográfico. Paciente evoluiu clinicamente estável, sendo mantido em seguimento clínico devido exames subsequentes como EDA e estudo contrastado do esôfago-estômago-duodeno (EED) sem sinais de compressão extrínseca naquele momento. DISCUSSÃO: A anomalia da artéria subclávia direita é a malformação vascular mais comum do arco aórtico, apesar de ser considerada uma condição rara na população de modo geral, estando presente em apenas 0,05% a 1%, em paciente com Síndrome de Down, a incidência encontra-se em cerca de 40%. Tal condição ocorre quando a artéria subclávia direita se origina diretamente da aorta descendente, e sua causa pode estar relacionada à regressão anormal do quarto arco aórtico primitivo, durante o desenvolvimento embriológico. O trajeto posterior ao esôfago e à traqueia é uma característica importante dessa anomalia, pois, apesar de raros, são descritos sintomas consequentes à compressão posterior dessas estruturas, tais como disfagia, RGE, estridor e dispneia, além de degeneração aneurismática ou doença aterosclerótica oclusiva. COMENTÁRIOS FINAIS: Por mais que a artéria subclávia com origem aberrante seja uma malformação rara, geralmente um achado acidental e embora dificilmente perpetue com sintomas, a suspeita sempre deve ser levantada diante de quadro de sintomas relacionados à compressão traqueal ou esofageana, como crises de broncoespasmo recorrentes e sintomas digestivos como refluxo e disfagia. Dessa forma, seu diagnóstico precoce é essencial para melhora da qualidade de vida, bem como evitar repercussões clínicas ao paciente.


Assuntos
Humanos , Feminino , Lactente , Criança , Ecocardiografia , Síndrome de Bland-White-Garland
2.
ABC., imagem cardiovasc ; 37(3 supl. 1): 18-18, jul.-set. 2024.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1566790

RESUMO

APRESENTAÇÃO DOS CASOS: Caso 1: Paciente sexo feminino, 11 meses, encaminhada devido quadro de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e diagnóstico de miocardiopatia dilatada aos 4 meses de idade. À admissão, eletrocardiograma (ECG) com sinais de sobrecarga biventricular e presença de onda Q em parede anterior-média. Ecocardiograma transtorácico (ECOTT) confirmou ALCAPA, cursando com disfunção importante do ventrículo esquerdo com FEVE pelo método de Simpson (Biplanar) de 14%. Realizado angiotomografia de coronárias e ressonância nuclear magnética, a qual identificou defeito de perfusão transmural na parede septal e anterior lateral (sugestivo de isquemia miocárdica) e presença de realce tardio de padrão coronariano nos segmentos médiobasal, anterior e lateral. Paciente submetida a cirurgia de Takeuchi, evoluindo com melhora clínica e recuperação gradual da função ventricular. Caso 2: Paciente sexo feminino, 12 anos, portadora de síndrome de Down, encaminhada devido queixa de dispneia aos grandes esforços. ECG sem sinais de isquemia. ECOTT evidenciou ALCAPA com função sistólica biventricular preservada, justificada pela presença de suprimento vascular através de colaterais entre as coronárias direita e esquerda. Devido estabilidade clínica e cardiopatia sem repercussão, mantida em seguimento ambulatorial. DISCUSSÃO: A síndrome de ALCAPA é uma cardiopatia congênita rara. Expressa nos primeiros meses de vida, em 85% dos casos, por quadro de ICC e disfunção ventricular esquerda, podendo englobar arritmias, síncope e morte súbita. Em cerca de 15%, o desenvolvimento de rede de colaterais coronárias garante o suprimento arterial miocárdico, evoluindo oligossintomáticos até a fase adulta. O diagnóstico baseia-se na suspeição clínica, associada a ECG compatível com isquemia segmentar e imagem ecocardiográfica característica. Embora o exame padrão-ouro seja a angiografia invasiva coronariana, esse exame tem sido reservado para os raros casos de dúvida diagnóstica. Assim, a correção cirúrgica garante o reestabelecimento da função cardíaca quanto mais precoce for realizado, com taxas de recuperação em até 98% dos pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Trata-se da comparação de 2 casos clínicos demonstrando as variantes da síndrome de ALCAPA, na qual, a presença ou não de rede de colaterais gerando suprimento miocárdico, pode alterar o curso clínico da doença. Assim, o diagnóstico preciso em qualquer faixa etária é essencial para garantir um bom prognóstico da síndrome.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pré-Escolar , Ecocardiografia , Síndrome de Bland-White-Garland
3.
ABC., imagem cardiovasc ; 36(3 supl. 1): 8-8, jul.-set., 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1518397

RESUMO

RESUMO: A pericardite secundária à injúria miocárdica tornou-se um raro diagnóstico com a propagação do uso da terapia de reperfusão no infarto agudo com supradesnivalemento do segmento ST (IAMCSST). Estudos retrospectivos demonstraram essa complicação em apenas 1,7% dos pacientes com IAMCSST reperfundidos dentro da janela terapêutica. No entanto, ainda são recorrentes os casos de infarto agudo que não são submetidos a terapia em tempo hábil, com possível aumento do risco de pericardite. A ressonância magnética cardíaca (RMC) tem importante papel na avaliação de doenças do pericárdio e na avaliação do território miocárdico infartado. OBJETIVO: Avaliar a prevalência da pericardite em paciente após IAMCSST nãoreperfundidos, avaliados por meio da RMC, e os fatores de risco associados a essa complicação. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo transversal com pacientes admitidos em hospital terciário com o diagnóstico de IAMCSST não reperfundidos com mais de 12 horas até 30 dias do início da dor. Todos os pacientes foram submetidos a RMC conforme protocolo institucional, que incluiu sequências ponderadas em T2 para avaliação de edema, e realce tardio com gadolínio objetivando identificação de inflamação no território pericárdico e avaliação da extensão do infarto (figuras 1 e 2). RESULTADOS: Foram avaliados 113 pacientes com IAMCSST não reperfundido, dos quais 13 (11,5%) preenchiam critérios para pericardite aguda pela RMC. Essa incidência foi muito superior à demonstrada naqueles submetidos ao tratamento dentro do tempo recomendado. Parâmetros morfofuncionais que denotam maior acometimento miocárdico pelo infarto, incluindo dilatação das cavidades esquerdas, menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo e maior número de seguimentos infartados, demonstraram uma tendência de associação com o diagnóstico da pericardite, apesar da ausência de significância estatística decorrente do pequeno número de casos positivos (Tabela 1). CONCLUSÃO: A RMC é importante método no diagnóstico de pericardite em pacientes com IAMCSST não-reperfundidos. Esse diagnóstico apresentou alta incidência no grupo de pacientes estudado, e estive associado a eventos isquêmicos que resultaram em maior comprometimento morfofuncional do ventrículo esquerdo.


Assuntos
Pericardite , Infarto do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST , Espectroscopia de Ressonância Magnética , Previsões
4.
ABC., imagem cardiovasc ; 36(3 supl. 1): 11-11, jul.-set., 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1518441

RESUMO

INTRODUÇÃO: Artéria coronária única (ACU) é uma anomalia congênita descrita como artéria originada do tronco aórtico por óstio coronário único que perfunde todo o miocárdio. A prevalência é rara, de 2-4% de todas as anomalias coronárias. ACU pode ser classificada de acordo com origem e distribuição anatômica dos ramos. Inicialmente, divide-se em dois grupos, segundo a localização do óstio ­ R, se a partir do seio direito, e L, se a partir do esquerdo. Esses grupos se subdividem em tipos I, II e III, conforme anatomia do vaso. No I, um vaso único segue o curso normal da coronária direita ou esquerda, e se continua, via colaterais, para nutrir o território contralateral. No II, uma coronária se origina na porção proximal da coronária contralateral, que tem origem normal, e atravessa a base do coração, até atingir sua distribuição normal. No III, o ramo descendente anterior e o ramo circunflexo nascem separadamente na parte proximal da coronária direita normal. Em relação à clínica, a anomalia pode se associar à valva aórtica bivalvular, Fallot, transposição dos grandes vasos, e pode causar isquemia. Porém, a maioria dos casos não causam repercussão sintomática ou hemodinâmica. DESCRIÇÃO DO CASO: Homem, 50 anos, tabagista e história familiar positiva para doença arterial coronariana queixava-se em consulta cardiológica de palpitações e dispneia classe funcional II. Na ocasião, foram solicitados exames para investigação. O ecocardiograma revelou função sistólica biventricular preservada; no teste ergométrico, o traçado eletrocardiográfico demonstrou presença de pré-excitação. A tomografia de artérias coronárias (TAC) mostrou ACU direita (ACUD), ausência de tronco de coronária e de artéria descendente anterior; artéria circunflexa emergia do terço proximal da ACUD, com trajeto anterior ao tronco pulmonar até a parede lateral do ventrículo esquerdo. Não havia calcificação e ateromatose coronariana. Devido às palpitações e à presença de préexcitação ventricular, caracterizando a síndrome de Wolff-Parkinson-White, optou-se por estudo eletrofisiológico e ablação de via acessória. Procedimento foi sem intercorrências, e paciente encontra-se assintomático. CONCLUSÃO: Relatamos caso de ACUD detectada por TAC. Paciente não apresentava sintomas relacionados à anomalia, como a maioria das descrições da literatura. Cardiologistas devem conhecer essa condição rara, cujo espectro clínico varia de achados em exames de imagem a quadros graves, com isquemia e morte súbita.


Assuntos
Vasos Coronários
5.
ABC., imagem cardiovasc ; 35(3 supl. 1): 15-15, jul.-set. 2022.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1444222

RESUMO

CASO: Paciente do sexo feminino, 26 anos, tabagista, sem outras comorbidades cardiovasculares conhecidas. Em seguimento ambulatorial com queixa de dispneia aos esforços há sete anos, com piora progressiva, atualmente em classe funcional III da NYHA, e edema periférico. Eletrocardiograma evidenciava ritmo em flutter atrial. Submetida a ecocardiograma transtorácico que demonstrou função sistólica biventricular preservada, com aumento de ventrículo direito e presença de imagem cística (115 x 77 mm) com fluxo lentificado em seu interior, adjacente ao átrio direito (AD), próximo a desembocadura da veia cava superior. A massa gerava restrição do fluxo para o interior do AD, com aumento das pressão de enchimento dessa câmara. Optou-se pela realização de Angiotomografia do Coração (Angio-TC), por meio da qual observou-se que a imagem cística era um aneurisma gigante da artéria coronária direita (CD) consequente à presença de fístula com a Veia Cava Inferior. DISCUSSÃO: Fístula coronária arteriovenosa é uma anomalia congênita rara, presente em aproximadamente 0,002% da população geral. A coronária mais comumente acometida é a direita (55% dos casos), e drena para estruturas de baixa pressão, como artéria pulmonar, veia cava superior e seio coronário. Possíveis consequências clínicas incluem insuficiência cardíaca, angina, endocardite, arritmias ou infarto do miocárdio por roubo de fluxo, já a formação de aneurismas coronários é complicação rara. No caso descrito observa-se aneurisma gigante da artéria CD, secundário a fístula entre essa coronária e a veia cava superior, resultando em aumento de pressões direitas e dilatação ventricular por restrição de enchimento atrial. As opções terapêuticas incluem tratamento cirúrgico ou por meio de angioplastia, além de controle clínico dos sintomas da insuficiência cardíaca. COMENTÁRIOS FINAIS: Descreve-se um caso raro de aneurisma gigante em artéria coronária direita secundário a fístula arteriovenosa, com restrição de enchimento a aumento de pressões de cavidade cardíacas direitas.


Assuntos
Cardiopatias Congênitas
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