RESUMO
Objetivo: verificar se existem diferenças nas taxas de sobrevida para as portadoras de carcinoma de mama, em funçäo da fase do ciclo menstrual vivida pela paciente na data da cirurgia. Pacientes e métodos: pesquisa retrospectiva de 451 mulheres com câncer de mama, em pré-menopausa, das quais foram selecionados 130 casos com idade entre 26 e 52 anos e acompanhadas em seguimento mínimo de 60 meses. Foram operadas 68 na fase folicular e 62 na fase lútea. Foram também analisados os dados referentes ao estádio clínico das neoplasias, ao eventual comprometimento axilar e às determinaçöes quantitativas dos receptores hormonais de estrógenos e de progesterona. Resultados: o seguimento das 130 pacientes demostrou que 64,6 por cento tiveram sobrevida assintomática após cinco anos e 43 por cento superaram os dez anos. Dividindo os casos em dois subgrupos, segundo o dia da cirurgia executada, as taxas de sobrevida foram diferentes, caindo para 58,8 por cento aos cinco e 36,7 por cento aos dez anos, quando operadas na fase folicular e subindo para 70,9 por cento e 50 por cento, aos 5 e 10 anos respectivamente, durante a fase lútea. Cnclusöes: neste estudo, as pacientes operadas durante a fase lútea mostraram taxas mais altas de sobrevida do que aquelas operadas na fase folicular. Todavis, os índices foram inferiores aos proporcionados pelos fatores prognósticos clássicos de estado axilar e diâmetro tumoral.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Neoplasias da Mama , Ciclo Menstrual , EstrogêniosRESUMO
Os autores apresentam a experiência acumulada após o seguimento de 68 pacientes portadoras de carcinoma de mama diagnosticadas até 35 anos, representando 8 por cento da incidência total do câncer mamário feminino. Quando foi procedida a divisäo do período de 25 anos para dois subperíodos entre 1970-1982 e entre 1983-1995, constatou-se que a ocorrência relativa nessa faixa etária baixou de 10,3 por cento para 5,7 por cento e é sugestiva que o aumento real de câncer de mama näo resulte da elevaçäo da incidência na paciente jovem. Os resultados terapêuticos obtidos no acompanhamento das pacientes foram analisados em funçäo do comprometimento axiliar provocado pela neoplasia mamária e ficaram próximos dos verificados nas pacientes mais idosas. O mesmo foi observado com o índice de bilateralidade. A associaçäo com gravidez, mais frequente nessa faixa etária, também näo demonstrou queda nas taxas de sobrevida, desde que a axila tenha sido rotulada como negativa na época do tratamento cirúrgico inicial
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Neoplasias da Mama/diagnóstico , Neoplasias da Mama/cirurgia , Linfonodos , Mastectomia Radical , Estadiamento de Neoplasias , Axila , Seguimentos , GravidezRESUMO
Alternatives to the traditional hormone receptor dosages for prognostic evaluation and clinical approach to breast cancer have been proposed for immunohistochemical determinations. For correlation purposes, such procedures were compared in 37 patients presenting 5 to 15 years of survival. Considering 30 fm/mg as the positivity index, the disagreement between both methods reached 35.1 percent with estrogen and 48.5 percent with progesterone receptors. When the positiveness level was changed to 20 fm/mg, the discrepancies were reduced to 32 percent with ER and increased to 57 percent with PgR. This study leads us to not recommend the immunohistochemical method applied to paraffin sections as an alternative procedure to the dextran-charcoal dosage for prognosis and therapeutic management of mammary carcinoma.
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Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Neoplasias da Mama , Imuno-Histoquímica/métodos , Receptores de Progesterona/sangue , Receptores de Estrogênio/sangue , Prognóstico , Neoplasias da Mama/terapia , Intervalo Livre de DoençaRESUMO
A incidência crescente do carcinoma intraductal é comentada como uma decorrência do emprego mais frequente da mamografia na populaçao feminina. Sua abordagem terapêutica constitui ainda dilema, pois a forma tradicional de cirurgia radical, utilizada para lesões em fase pré-invasiva é contestada e considerada como excessiva para os tempos atuais, quando predominam os procedimentos conservativos, mesmo para os tumores já infiltrantes. O autor apresenta alguns fatores prognósticos, ainda sob avaliaçao, que permitiram a adoçao de técnicas nao mutilantes para o carcinoma intraductal
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Humanos , Masculino , Feminino , Carcinoma Intraductal não Infiltrante/cirurgia , Carcinoma Intraductal não Infiltrante/etiologia , Carcinoma Intraductal não Infiltrante/terapiaRESUMO
É apresentada uma classificaçåo didática do carcinoma mamário agrupando em cinco Estádios Clínicos: E.C.O - com tumor clínicamente nåo evidenciados; E.C.I - com tumor limitado à mama; E.C.II - com tumor já propagado à axila ; E.C.III - com tumor localmente avançado e E.C. IV - com tumor já disseminado. Baseado em experiência com 611 pacientes tratadas o autor aborda em linhas gerais o tratamento direcionado segundo três objetivos: local, regional (linfonodos satélites) e sistêmico (resto do organismo)
Assuntos
Humanos , Feminino , Neoplasias da Mama/classificação , Neoplasias da Mama/terapia , Estadiamento de NeoplasiasRESUMO
Entre 722 pacientes com carcinoma de mama tratadas em nosso serviço, 50 (6,9 por cento) apresentaram comprometimento bilateral: sete (14 por cento) simultaneamente e 43 (86 por cento) de forma sucessiva. Nestes, o intervalo entre os dois diagnósticos variou entre oito meses e 34 anos. O achado histológico predominante foi ductal invasivo em 76 por cento, tendo a forma lobular ocorrido em 14 por cento dos casos. Quando a bilateralidade foi simultânea, o carcinoma lobular atingiu 43 por cento. O estádio clínico III prevaleceu no primeiro tumor e o EC II, na mama contralateral. A axila foi negativa em 30 por cento da primeira neoplasia e 36 por cento na mama oposta. Em nossa série, o comprometimento da mama contralateral agravou o prognóstico da moléstia. Deve ser mencionada a associaçao com câncer inflamatório de mama em cinco pacientes.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Neoplasias da Mama/epidemiologia , Segunda Neoplasia Primária/epidemiologia , Idoso de 80 Anos ou mais , Incidência , Fatores de Risco , Taxa de Sobrevida , Fatores de TempoAssuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Idoso , Neoplasias da Mama , Neoplasias da Mama Masculina , Carcinoma , Idoso de 80 Anos ou mais , CônjugesRESUMO
Os autores apresentam a experiência da investigacao das microcalcificacoes irregulares e agrupadas, identificadas em mamografias executadas em 72 (setenta e duas) pacientes sem tumor palpavel, nas quais foram detectados 28 carcinomas incipientes de mama.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Neoplasias da Mama , Calcificação Fisiológica , Carcinoma , Mamografia , Fatores Etários , Neoplasias da Mama/patologia , Neoplasias da Mama/cirurgia , Carcinoma Intraductal não Infiltrante/patologia , Carcinoma/patologia , Carcinoma/cirurgiaAssuntos
Humanos , Feminino , Neoplasias da Mama/sangue , Receptores de Estrogênio/sangue , Seguimentos , PrognósticoRESUMO
O câncer oculto de mama, caracterizado como um quadro no qual o diagnóstico da metástase axilar precede a identificaçäo da lesäo primária, deve ser distinguido do câncer subclínico, quando um exame radiológico indica a existência de uma lesäo neoplásica mamária, näo perceptível no exame clínico. Dois casos säo relatados. O primeiro em 1975, com a execuçäo de mastectomia radical após rápida identificaçäo da neoplasia primária, e o segundo em 1985, com o diagnóstico de tumor metastático axilar e localizaçäo tardia da lesäo primitiva após 40 meses de controles periódicos, quando foi executada uma quadrantectomia mamária. Ambas as pacientes encontram-se assintomáticas. Tais casos, assim como outros citados na literatura internacional, permitem encarar o câncer oculto de mama como um tipo especial dentro do grupo genérico de tumores primários desconhecidos, com condiçöes biológicas e prognósticas que permitem um tratamento menos agressivo que o usualmente preconizado para estes tipos de lesäo