RESUMO
O artigo demonstra que as respostas dadas aos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos potencializaram a rearticulação das forças em torno de posturas em defesa de políticas neoconservadoras e totalitárias, da extrema-direita radical e de seus representantes. A metodologia adotada para a reconstrução histórica norteou-se pela pesquisa em material veiculado pelos meios de comunicação naquele período. O ocorrido revelou, manifestou e desenvolveu potenciais de controle jurídico-político e militar sobre os indivíduos e as coletividades, recrudescendo a democracia. Isso significou a recuperação de ingredientes neofascistas, a prática de formular acusações e fazer insinuações sem ter provas, as fobias e aversões de variadas nuanças e, de modo geral, a propagação da violência, que se expressam na questão social e na atuação profissional. As respostas dadas ao ocorrido revelaram interesses da indústria de experimentos em armamentos com tecnologia intensiva, confirmando-se como uma forma de resistência capitalista
The article demonstrates that the responses to the September 11, 2001, attacks in the United States intensified the rearticulation of forces around positions defending neoconservative and totalitarian policies, radical far-right ideologies, and their representatives. The methodology employed for historical reconstruction was guided by research on media materials from that period. The event revealed, manifested, and developed potential legal-political and military controls over individuals and communities, undermining democracy. This fact entailed the resurgence of neo-fascist elements, the practice of formulating accusations and insinuations without evidence, phobias, and aversions of various shades, and, overall, the propagation of violence, which manifests itself in the social question and professional conduct. The responses to the event revealed interest in the weapons experimentation industry with intensive technology, confirming itself as a form of capitalist resistance