RESUMO
Este estudo parte da dificuldade em prestar assistência ao indivíduo que se mostra incapaz, ou muito limitado, de verbalizar e refletir sobre seus sentimentos e sensações e de se comunicar satisfatoriamente com os profissionais de saúde. Estes últimos ao se depararem com este paciente em um contexto clínico podem sentir dificuldade em entender sua queixa principal e seus sintomas emocionais. Durante a anamnese, por exemplo, muitas perguntas feitas pelo profissional poderão não fazer sentido para este paciente, assim como suas respostas para aquele que perguntou. Ele pode se mostrar pouco comunicativo ou se expressar de modo mais concreto contando fatos do seu cotidiano, apresentar dificuldade em nomear o que sente ou descrevê-lo de maneira simples por meio de sintomas físicos. Sendo assim, no perguntamos quem é o paciente que se mostra não sofisticado psicologicamente? Este estudo teve como objetivo explorar e buscar compreender os aspectos que envolvem os pacientes que se mostram não-sofisticados psicologicamente e sua relação com os profissionais de saúde. Além de contribuir para o crescimento científico e conhecimento dos profissionais de saúde sobre este tema que é pouco explorado na literatura científica. Por meio de uma revisão bibliográfica foram encontrados diferentes conceitos que se aproximam do objeto de estudo: paciente não sofisticado psicologicamente, pensamento operatório, alexitimia e alfabetização em saúde. Bem como fatores que dificultam a comunicação em saúde e a deficiência no preparo e na formação dos profissionais de saúde