RESUMO
O artigo visa explorar a ocorrência de projeções de conflitos psíquicos da criança institucionalizada a partir do uso dos contos de fadas. Considerados como recurso para a psicoterapia com crianças, os contos possibilitam uma linguagem indireta entre o psicólogo e a criança. Para tanto, realizou-se um Estudo de Caso a partir da interação de uma criança institucionalizada com a narrativa de seis contos de fadas. Como resultados considera-se que a criança pode projetar conflitos e fantasias por intermédio das histórias ou até mesmo por alguns trechos delas. A ansiedade ficou evidente frente a temas como separação, ameaça do lobo e castração. logo, ao oferecer as histórias como um recurso lúdico e terapêutico, pode-se estar colaborando com a possível elaboração de conflitos internos, ao se reviver angústias e se buscar resolvê-las no papel dos personagens. A criança fala de si e o terapeuta pode conhecê-la com maior profundidade
The article aims to explore the occurrence of psychic conflict projections of an institutionalized child from the use of fairy tales. Considered as resources for children psychoterapy, stories enable an indirect language between the psychologist and the child. For that, a Case Study was conducted, based on the interaction of an institutionalized child with the narrative of six fairy tales. As result, it is considered that the child can project conflicts and fantasies throught the stories or even some parts of them. The anxiety showed up evident regarded to subjects like separation, wolf threat and castration. Therefore, by offering stories as a playful and therapeutic resource, one can be collaborating with the possible elaboration of internal conflicts, when reviving anxieties and trying to solve them throught the role of the characters. The child speaks of oneself and the therapist can know it in further depht
Assuntos
Humanos , Criança , Psicoterapia , Criança , Literatura , Projeção , FantasiaRESUMO
Terapeutas de orientação psicanalítica foram investigados a fim de se identificar particularidades no trabalho terapêutico com latentes, uma vez que estes se diferenciam em sua estruturação psíquica da criança pequena e do adolescente. Conceitos clássicos à latência são ampliados, identificando-se uma intensa reestruturação interna das defesas e um amadurecimento psíquico, cognitivo e emocional que prepara o latente para sua adultez. Tais conceitos parecem alicerçar uma (re)construção para o olhar clínico ao latente, aprofundando a leitura deste no setting de trabalho, redimensionando intervenções terapêuticas assim como sentimentos contratransferências. Embora a compreensão ótima do universo clínico com o latente ainda se encontre em construção, esta avança na medida em que se desvelam os movimentos psíquicos
RESUMO
Pensando a cultura como processo ativo na inserção e no desenvolvimento do sujeito, este artigo discute a relação da cultura com a criança em período de latência. A latência é caracterizada por um trabalho psíquico pelo qual a criança evolui do ponto de vista cognitivo e egóico, prepara-se para se inserir e interagir no mundo adulto, equilibra melhor o uso de fantasias e o contato com a realidade, ao sublimar impulsos sexuais em direção à aprendizagem e adaptação social, via regras e normas com maior teor de realidade. Busca-se então questionar possíveis aspectos psicossociais que influem ativamente no processo de desenvolvimento e estruturação egóica do latente, assim como a inter-relação de seu mundo interno com o mundo externo. Para tanto, o latente, ao estruturar defesas e adquirir habilidades comportamentais, deve haver-se com pressões e expectativas que lhe são dirigidas, adaptando-se a regras socioculturais de seu meio, visto que cada cultura busca uma determinada resposta de seus sujeitos refletidos na normatização desta(AU)
Assuntos
Período de Latência Psicossexual , Psicanálise , Cultura , CriançaRESUMO
Pensando a cultura como processo ativo na inserção e no desenvolvimento do sujeito, este artigo discute a relação da cultura com a criança em período de latência. A latência é caracterizada por um trabalho psíquico pelo qual a criança evolui do ponto de vista cognitivo e egóico, prepara-se para se inserir e interagir no mundo adulto, equilibra melhor o uso de fantasias e o contato com a realidade, ao sublimar impulsos sexuais em direção à aprendizagem e adaptação social, via regras e normas com maior teor de realidade. Busca-se então questionar possíveis aspectos psicossociais que influem ativamente no processo de desenvolvimento e estruturação egóica do latente, assim como a inter-relação de seu mundo interno com o mundo externo. Para tanto, o latente, ao estruturar defesas e adquirir habilidades comportamentais, deve haver-se com pressões e expectativas que lhe são dirigidas, adaptando-se a regras socioculturais de seu meio, visto que cada cultura busca uma determinada resposta de seus sujeitos refletidos na normatização desta