RESUMO
The aim of this study was to assess the prevalence of selfreported halitosis and associated factors in adolescents from Passo Fundo, Brazil. Additionally, we studied adolescents' concern with their own breath and whether anyone had ever told them that they had halitosis. A crosssectional observational survey was conducted on 15to 19year old high school students from public and private schools in the city of Passo Fundo, Brazil. The random sample consisted of 736 adolescents from 20 schools. An interview with a structured questionnaire was administered. The prevalence of selfreported halitosis and associated factors was analyzed by either the chisquare test or Fisher's exact test. The prevalence of selfreported halitosis was 39.67%. The mother's level of education was associated with the outcome. Gender and behavioral habits were not associated with selfreported halitosis. Halitosis reported by others presented a prevalence of 10.73% and was associated to male gender and oral hygiene habits. Individuals with less toothbrushing frequency and no use of dental floss were associated to halitosis reported by others. It was observed that 88.58% of the participants are concerned with halitosis. It is concluded that there is high prevalence of selfreported halitosis, which is associated with a socioeconomic pattern. Most adolescents report concern with their own breath.
O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência de halitose autorreportada e fatores associados em adolescentes de Passo Fundo, Brasil. Além disso, foram verificados a preocupação dos adolescentes com o seu próprio hálito e se eles já foram avisados por alguém sobre essa condição em qualquer momento de suas vidas. Esse estudo transversal envolveu estudantes do ensino médio, da rede pública e privada, com idades entre 15 e 19 anos, da cidade de Passo Fundo, Brasil. Uma amostra randômica de 736 adolescentes de 20 escolas foi utilizada. Um questionário estruturado foi aplicado. A prevalência de halitose autorreportada e fatores associados foram analisados por quiquadrado ou teste exato de Fischer. A prevalência de halitose autorreportada foi de 39,67%. O nível educacional da mãe foi associado com esse desfecho. Gênero e hábitos comportamentais não estiveram associados com halitose autorreportada. Apenas 10,37% dos adolescentes reportadam que outras pessoas indicaram a existência desse problema, sendo associada com o gênero masculino e com hábitos de higiene bucal. Os indivíduos que reportaram menor frequência de escovação dentária e ausência do uso de fio dental apresentaram associações com a advertência da halitose por outras pessoas. Foi observado que 88,58% dos participantes são preocupados com o próprio hálito. Concluiuse que a halitose autorreportada apresenta alta prevalência e está associada com fatores socioeconômicos. Advertência sobre mau hálito por outras pessoas foi relatada apenas por uma minoria, sendo associado com o gênero masculino e hábitos de higiene bucal. A maioria dos adolescentes reportou preocuparse com o próprio hálito.