RESUMO
Este artigo analisa a sobrevida em 570 casos de câncer da mama entre 1952 e 1997. O grupo estudo (n = 241) foi tratado com cirurgia mamária acompanhada de ooforectomia profilática (hormonioterapia supressiva) e o outro (n = 329) com apenas o protocolo habitual de cirurgia de mama. Os grupos foram analisados por fator de risco, bem como localização topográfica, tamanho e estadiamento dos tumores. O grupo estudo apresentava percentagem maior de tumores nos estádios II, III, e IV, e mais tumores nos tamanhos T3 e T4, sugerindo, aparentemente, que o grupo deveria apresentar sobrevida menor que o grupo controle. Os resultados demonstraram, porém, aumento significativo na sobrevida do grupo com ooforectomia profilática, especialmente após 10 anos de cirurgia. A sobrevida foi significantemente maior para os tumores T1 e T2, e para os estádios I e II. A média de sobrevida para os tumores T3 e do estádio III foi maior, mas não estatisticamente significante. Em termos dos tumores T4 e do estádio IV, por outro lado, o grupo controle apresentava sobrevida média maior, mas não estatisticamente significante