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1.
Arq. bras. cardiol ; Arq. bras. cardiol;120(12 supl. 2): 41-41, dez.2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1568043

RESUMO

INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTO: A acromegalia é uma doença endócrina rara causada por adenoma hipofisário secretor de Hormônio do Crescimento (GH), cursando com aumento dos níveis plasmáticos de GH e, consequentemente, do Fator de Crescimento Semelhante à Insulina-1 (IGF-1). Ambos os hormônios exercem importantes atividades regulatórias no sistema cardiovascular (CV) que é o principal responsável pelas complicações clínicas da síndrome. O relato de caso a seguir expõe diversas dessas complicações. MÉTODOS: Relatamos caso de paciente do sexo feminino, 47 anos, branca, tabagista, sem outras comorbidades, que procurou atendimento por cansaço progressivo, associado à dispneia aos esforços e edema de membros inferiores. RESULTADOS: O ecocardiograma transtorácico confirmou dupla lesão mitral grave, com predomínio de estenose, tratada cirurgicamente com implante de prótese mitral biológica. Cinco anos após, a paciente desenvolveu hipertensão arterial (HA) estágio 1, tratada com Hidroclorotiazida. Concomitantemente relatou cefaleia, perda visual bitemporal, separação dos dentes, aumento de extremidades (com necessidade de aumentar numeração dos sapatos) e língua. Com suspeita clínica de acromegalia, foi submetida a investigação que evidenciou elevação de níveis plasmáticos de GH e IGF1 e lesão expansiva intrasselar identificada por ressonância magnética nuclear. Iniciou-se tratamento com Bromocriptina. Nesse período a paciente interrompeu o uso da medicação anti-hipertensiva, mantendo controle adequado da pressão arterial. No entanto, três anos depois, foi constatado novo aumento dos níveis de IGF-1 para 785mcg/L (VR 2,5 segundos, sendo indicado e realizado implante de marcapasso definitivo. CONCLUSÕES: A doença CV é a comorbidade mais frequente e a principal causa de morte relacionada a acromegalia. O caso apresentado reúne e ilustra as principais manifestações CV da acromegalia: doença valvar; hipertrofia ventricular esquerda; bradiarritmias e HA, muito embora não tenha sido possível afastar doença reumática como etiologia da dupla lesão mitral. A prevalência de HA varia de 13 a 60% e contribui significativamente com o excesso de morbimortalidade observado. A alta prevalência de HA na população geral faz com que seja árduo discernir na prática clínica em que medida a HA é secundária a acromegalia, essencial ou mista. O controle pressórico obtido concomitantemente com a redução dos níveis plasmáticos de GH e IGF-1 indica uma associação direta destes hormônios com a HA em função do aumento da resistência insulínica, da reabsorção renal de sódio e da atividade simpática. Por outro lado, a persistência da HA após o controle hormonal obtido com o Octreotide sugere que nessa fase mais tardia, o remodelamento arteriolar tenha levado a instalação de HA primária.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Acromegalia , Ecocardiografia Transesofagiana , Adenoma Hipofisário Secretor de Hormônio do Crescimento , Hipertensão
2.
Arq. bras. cardiol ; Arq. bras. cardiol;120(12 supl. 2): 42-42, dez.2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1568046

RESUMO

INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTO: A suplementação de vitamina D em indivíduos sem déficit aumentou significativamente nos últimos anos. Nos Estados Unidos a taxa de prescrição aumentou 30% ao longo de 10 anos. Contribuem para o fenômeno movimentos de opinião sustentando propriedades terapêuticas não comprovadas e a percepção geral de segurança e inocuidade. MÉTODOS: Relatamos um caso de intoxicação grave por vitamina D secundária a suplementação inadequada, inicialmente diagnosticada pela constatação de picos hipertensivos em paciente previamente normotensa. RESULTADOS: Paciente M.C.N., do sexo feminino, 60 anos, com história pregressa de fibromialgia, osteoartrite e depressão, mantinha acompanhamento com reumatologista e uso regular de trazodona, pregabalina e duloxetina. Após dosagem em consulta de rotina (vitamina D = 39ng/mL), recebeu prescrição de suplementação oral de colecalciferol (5000 UI/dia) por tempo indeterminado. Três semanas depois, a paciente, previamente normotensa, constatou picos hipertensivos e evoluiu com prurido generalizado, dor abdominal, náuseas e vômitos. Investigação inicial revelou hipercalcemia (cálcio total corrigido 13mg/ dL), injúria renal aguda (creatinina 2,3mg/dL) e hipertensão arterial (HA) confirmada em Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) de 24 horas. A tomografia de abdome não evidenciou alterações significativas e os sintomas digestivos foram atribuídos ao quadro metabólico. A dosagem de vitamina D confirmou a hipótese de intoxicação iatrogênica e Hipervitaminose D (vitamina D = incalculável). Após internação hospitalar, hidratação parenteral, suspensão da vitamina D e medidas para hipercalcemia, a paciente apresentou melhora progressiva da função renal e remissão dos sintomas. No entanto, mesmo após a resolução do quadro, a HA persiste até o momento, sendo necessárias para seu controle duas classes de anti-hipertensivos. CONCLUSÕES: Quase 500 anos atrás, o médico suíço Paracelso escreveu que "a diferença entre remédio e veneno está na dose". A incidência de intoxicação por vitamina D vem aumentando globalmente, seja por erro de manipulação, erro de prescrição ou uso suplementar em altas doses. Doses acima de 4000 UI/dia em períodos prolongados ou 10000 UI/ dia em períodos mais curtos foram associadas a elevação suprafisiológica do nível sérico (>150 ng/ml). O grau de intoxicação observado no caso apresentado parece desproporcional ao nível de suplementação e não podemos excluir erro de manipulação ou de uso. A associação entre Hipervitaminose D e HA é mediada tanto pela hipercalcemia como pela injuria renal. No entanto, neste caso a HA se manteve após resolução dos gatilhos iniciais, sugerindo que possam estar implicados outros mecanismos ainda não esclarecidos.

3.
Arq. bras. cardiol ; Arq. bras. cardiol;120(12 supl. 2): 49-49, dez.2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1568048

RESUMO

INTRODUÇÃO E/OU FUNDAMENTO: Menos da metade dos pacientes com hipertensão arterial (HA) atinge sua meta terapêutica. A falta de adesão é apontada como a principal causa de resistência ao tratamento. Entre os motivos pelos quais os pacientes não aderem ao plano terapêutico, a falta de letramento em saúde, os mitos e as crenças limitantes (CLs) desempenham papel determinante. Reconhecer e reverter prontamente tais crenças pode ser decisivo para promover a adesão do paciente e o controle pressórico, mas faltam instrumentos que permitam esse rastreio de forma sistemática na prática clínica. MÉTODOS: Elaboramos um Questionário de cinco perguntas (H-5) a partir de análise exploratória das CLs mais frequentemente observadas em ambulatório de referência no tratamento da HA. Cada pergunta do H-5 explora um conjunto de CLs relativas a uma dimensão específica do tratamento anti-hipertensivo. O questionário foi aplicado a 30 pacientes com diagnóstico de HA resistente consecutivamente atendidos em ambulatório público de referência. As perguntas do H-5 são: 1. O que sentimos quando nossa pressão está alta?; 2. Qual o melhor momento para medir a pressão?; 3. Quando podemos parar de tomar o remédio da pressão?; 4. Porque a pressão alta é um problema?; 5. Qual dessas afirmações é verdadeira sobre o estilo de vida? O formato de avaliação foi por respostas fechadas de múltipla escolha, sendo oferecidas 4 opções por pergunta. RESULTADOS: O H-5 foi aplicado na sala de espera antes da consulta, com tempo médio de execução de 6 minutos. A idade média dos pacientes foi 63,9 ± 9,2 anos (sexo feminino: 83%: IMC: 33,1 ± 6,1). N de anti-hipertensivos: 3,9 ± 1,6; PAS media de consultório: 137 ± 17,4 mmHg); escolaridade: 80% apenas ensino fundamental. A Nota Média foi de 3 acertos em 5 (0= 5%; 2= 20%; 3= 50%; 4= 15%; 5=20%) A taxa de acertos por pergunta (P) foi respectivamente: P1= 20%; P2= 20%; P3= 95%; P4= 80%; P5=85%. Apenas 1 a cada 5 pacientes com HA resistente demonstrou saber que a HA é uma condição assintomática ou que a pressão arterial deve ser medida em condições controladas. CONCLUSÕES: A aplicação do Questionário H-5 foi simples e de rápida execução. 80% dos pacientes apresentou algum grau de crenças limitantes em relação ao tratamento da HA.


Assuntos
Cultura
4.
QJM ; 109(8): 531-7, 2016 Aug.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-26792853

RESUMO

AIMS: Non-alcoholic hepatic steatosis (HS) is associated with hypertension and increased cardiovascular risk. While Blood pressure hyper-reactive response (HRR) during peak exercise indicates an increased risk of incident hypertension and increased cardiovascular risk, no data on the association of non-alcoholic HS and HRR exists. In this study, we have evaluated the association of HS with HRR. METHODS: We included 13 410 consecutive individuals with a mean age: 42.4 ± 8.9 years, 3561 (26.6%) female with normal resting blood pressure and without a previous diagnosis of hypertension, who underwent symptom limited exercise treadmill test, abdominal ultrasonography and clinical and laboratory evaluation. HS was detected by abdominal ultrasonography. HRR was defined by a peak exercise systolic blood pressure >220 mmHg and/or elevation of 15 mmHg or more in diastolic blood pressure from rest to peak exercise. RESULTS: The prevalence of HS was 29.5% (n = 3956). Overall, 4.6% (n = 619) of the study population presented a HRR. Subjects with HS had a higher prevalence of HRR (8.1 vs. 3.1%, odds ratio 2.8, 95% CI 2.4-3.3, P < 0.001). After adjustment for body mass index, waist circumference, fasting plasma glucose and low density lipoprotein cholesterol, HS (odds ratio 1.4, 95% CI 1.1-1.6, P = 0.002) remained independently associated with HRR. HS was additive to obesity markers in predicting exercise HRR. CONCLUSIONS: Non-alcoholic HS is independently associated with hyper-reactive exercise blood pressure response.


Assuntos
Teste de Esforço , Hipertensão/epidemiologia , Hepatopatia Gordurosa não Alcoólica/complicações , Adulto , Pressão Sanguínea , Determinação da Pressão Arterial , Brasil/epidemiologia , Feminino , Humanos , Hipertensão/etiologia , Modelos Logísticos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Análise Multivariada , Estudos Prospectivos , Ultrassonografia
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