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1.
Saúde Soc ; 28(2): 132-146, abr.-jun. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1014574

RESUMO

Resumo O artigo desdobra-se de pesquisa documental inscrita nos campos dos estudos de gênero e culturais e discute alguns dos modos pelos quais o gênero atravessa as proposições da Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH). Para isso, toma como referência um contexto discursivo em que termos como integralidade e equidade são reiteradamente apresentados e acionados, na direção de instituir propostas educativas e de cuidado voltadas à saúde e à educação de homens adultos. Argumentamos que, ao mesmo tempo em que essa amplitude coloca sob suspeita determinadas formas de viver a masculinidade, ela não desloca a centralidade dos processos curativos e parece contribuir para impregnar a política com uma visão utilitária, individualizando e culpabilizando os homens por seu distanciamento dos serviços de saúde.


Abstract This study stemmed from a documental research in the fields of Gender Studies and Cultural Studies, and discusses some of the ways that gender is regarded in the propositions of the PNAISH. To do so, it considers a discursive context in which words such as integrality and equality are repeatedly presented and used to launch educative and care proposals intended for adult men's health and education. We argue that, at the same time that such amplitude puts certain ways of experiencing masculinity under suspicion, it does not deviates the focus on the healing processes and seems to contribute to impregnate the policy with a utilitarian view, thus individualizing men and blaming them for their detachment from health care services.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Política Pública , Equidade em Saúde , Integralidade em Saúde , Transversalidade de Gênero , Estudos de Gênero , Política de Saúde
2.
Educ. rev ; (46): 219-239, dez. 2007.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-472784

RESUMO

Nas culturas ocidentais em que vivemos, de forma muito mais intensa e explícita do que em outras épocas, o amor e a sexualidade têm sido significados como dimensões indissociáveis da vida humana. A sua realização prazerosa tem sido apresentada não apenas como um direito de todos os seres humanos, mas como um imperativo ao qual todos/as estamos submetidos e a partir do qual somos valorados, classificados e posicionados como mais ou menos bem-sucedidos e saudáveis. Nesse sentido, é importante destacar toda uma discursividade que reitera, todos os dias, que ser feliz envolve, dentre outras coisas, o trabalho, o amor e a vivência plena da sexualidade; e que alguns dos ingredientes importantes para garantir a felicidade e o prazer, nesses domínios, seriam, justamente, "sair da rotina", "inovar", "experimentar sensações novas" - é só dar uma folheada em livros de auto-ajuda, em revistas e nos vários programas de TV direcionados para o tema e voltados, de forma intensa, para os/as jovens. Tomando como referência esse contexto cultural e ancorando-se em vertentes dos estudos de gênero e culturais pós-estruturalistas, o presente artigo sinaliza para os desafios que se colocam para educadores e educadoras que se dispõem a trabalhar temas vinculados a gênero e sexualidade, na escola, na ótica da vulnerabilidade.


In the western cultures we live, more explicit and acutely than in other times, love and sexuality has been signified as inseparable dimensions of human life. Their pleasurable realization has been presented not only as a right of all human beings but as an imperative under all of us are submitted. We are valuated, classified and ranked as more or less wealthy and healthy through these imperatives. In this regard, it is important to detail a discourse that reiterates, every day, that being happy involves, among other things, work, love and complete realization of happiness. Some of the most important ingredients to assure happiness and pleasure in these domains were precisely "escaping from routine", "innovating", "experimenting new sensations" - take a look in self-help books, magazines and TV programs about this thematic, especially those addressed to youth. Taking this cultural context as reference, under the perspectives of post-structuralist cultural studies and gender studies, this paper points to the challenges that are presented to educators, especially to those who (at school) show themselves willing to work with themes related to gender and sexuality under the point of view of vulnerability.

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