RESUMO
O tratamento de fraturas umerais distais em aves impõe grande dificuldade para tratamento e cura, pois estes ossos são pneumáticos, sendo suas córtices muito finas. A anquilose da articulação úmero-rádio-ulnar com fixador externo, é inviável para aves que se pretende a reintrodução ao meio ambiente. Em todas as aves, o fixador experimental foi colocado sobre o úmero, com sua articulação sobre a articulação úmero-rádio-ulnar e a extensão do fixador sobre a ulna. As aves foram divididas em dois grupos: cirurgias bilaterais com anquilose de um lado (asa estática) e manutenção da articulação do outro (asa dinâmica) (Grupo 1), e cirurgia unilateral, com manutenção da articulação (asa dinâmica) (Grupo 2). O calo ósseo foi avaliado através de radiografias pós-cirúrgicas, às 3, 6 e 9 semanas. Os animais do Grupo 2 foram avaliados quanto à capacidade de vôo entre 11 e 15 semanas após a cirurgia. Todos os animais foram avaliados quanto à amplitude da asa e quanto ao comprimento do úmero, após a eutanásia. Às 6 semanas, todos os animais do Grupo 2 e quatro animais do Grupo 1, apresentavam fraturas consolidadas radiografica e clinicamente. Dois animais do Grupo 1 somente apresentaram consolidação das asas dinâmicas às 9 semanas e das estáticas às 12 semanas. Todos os animais do Grupo 2 apresentaram capacidade de vôo adequada, até 13 semanas após a cirurgia. Devido a poucos trabalhos na literatura mundial, o presente trabalho visou o estudo da utilização inédita de fixador externo articulado para a estabilização de fraturas distais de úmero, evitando a anquilose da articulação do cotovelo, e portanto mantendo viável a função de vôo; usando como modelo experimental, pombas (Columba lívia). O método proposto de técnica para fixação de fraturas umerais distais, sem a anquilose da articulação úmero-rádio-ulnar, demonstrou ser efetivo em manter o comprimento ósseo, a amplitude da asa bem como a viabilidade de músculos e tendões, e assim, garantindo a capacidade...
The treatment of distal humeral fractures in birds is very difficult, technically and for consolidation and maintenance of normal function of the wing, because theses bones are pneumatic, and its cortices very thin. The ankylosis of the humerus-radius-ulnar joint with external fixator is unviable for birds intended for rehabilitation and release. In all animals, the experimental fixator was placed over the humerus, with its articulation over the humerus-radial-ulnar joint e the extension of the fixator was placed over the ulna. The animals were divided in two groups: bilateral surgeries with ankylosis in one wing (static wing) and maintenance of the joint function in the other (dynamic wing) (Group 1), and unilateral surgery, with maintenance of the joint function (dynamic wing) (Group 2). The bonny callus was evaluated with radiographs: post-surgical, at 3, 6 and 9 weeks. The birds in Group 2 were evaluated as of their flight abilities between 11 and 15 weeks after surgery. The wing amplitude and humeral length was evaluated in all animals, after euthanasia. At 6 weeks, all the animals in Group 2, that underwent unilateral surgery, without ankylosis, and four animals in Group 1, that underwent bilateral surgeries: ankylosis of one elbow (static wing) and not of the other (dynamic wing), presented radiographic and clinical consolidation of the fractures. Two animals in Group 1 only presented consolidation of the dynamic wing at 9 weeks and of the static wing at 12 weeks. All the animals in Group 2 presented adequate flight capacity, in at least 13 weeks after surgery. There are few published papers on bird osteosynthesis, and therefore we studied the use of articulated external fixator for the stabilization of distal humeral fractures, avoiding ankylosis of the elbow joint, and, therefore keeping flight function viable, using as a model, rock pigeons (Columba lívia). The proposed method of maintenance of wing function in the dynamic...
Assuntos
Animais , Columbidae , Fixadores Externos , Fixação de Fratura , Fraturas do Úmero , Osteotomia/veterinária , Radiografia/métodosRESUMO
O tratamento de fraturas umerais distais em aves impõe grande dificuldade para tratamento e cura, pois estes ossos são pneumáticos, sendo suas córtices muito finas. A anquilose da articulação úmero-rádio-ulnar com fixador externo, é inviável para aves que se pretende a reintrodução ao meio ambiente. Em todas as aves, o fixador experimental foi colocado sobre o úmero, com sua articulação sobre a articulação úmero-rádio-ulnar e a extensão do fixador sobre a ulna. As aves foram divididas em dois grupos: cirurgias bilaterais com anquilose de um lado (asa estática) e manutenção da articulação do outro (asa dinâmica) (Grupo 1), e cirurgia unilateral, com manutenção da articulação (asa dinâmica) (Grupo 2). O calo ósseo foi avaliado através de radiografias pós-cirúrgicas, às 3, 6 e 9 semanas. Os animais do Grupo 2 foram avaliados quanto à capacidade de vôo entre 11 e 15 semanas após a cirurgia. Todos os animais foram avaliados quanto à amplitude da asa e quanto ao comprimento do úmero, após a eutanásia. Às 6 semanas, todos os animais do Grupo 2 e quatro animais do Grupo 1, apresentavam fraturas consolidadas radiografica e clinicamente. Dois animais do Grupo 1 somente apresentaram consolidação das asas dinâmicas às 9 semanas e das estáticas às 12 semanas. Todos os animais do Grupo 2 apresentaram capacidade de vôo adequada, até 13 semanas após a cirurgia. Devido a poucos trabalhos na literatura mundial, o presente trabalho visou o estudo da utilização inédita de fixador externo articulado para a estabilização de fraturas distais de úmero, evitando a anquilose da articulação do cotovelo, e portanto mantendo viável a função de vôo; usando como modelo experimental, pombas (Columba lívia). O método proposto de técnica para fixação de fraturas umerais distais, sem a anquilose da articulação úmero-rádio-ulnar, demonstrou ser efetivo em manter o comprimento ósseo, a amplitude da asa bem como a viabilidade de músculos e tendões, e assim, garantindo a capacidade...(AU)
The treatment of distal humeral fractures in birds is very difficult, technically and for consolidation and maintenance of normal function of the wing, because theses bones are pneumatic, and its cortices very thin. The ankylosis of the humerus-radius-ulnar joint with external fixator is unviable for birds intended for rehabilitation and release. In all animals, the experimental fixator was placed over the humerus, with its articulation over the humerus-radial-ulnar joint e the extension of the fixator was placed over the ulna. The animals were divided in two groups: bilateral surgeries with ankylosis in one wing (static wing) and maintenance of the joint function in the other (dynamic wing) (Group 1), and unilateral surgery, with maintenance of the joint function (dynamic wing) (Group 2). The bonny callus was evaluated with radiographs: post-surgical, at 3, 6 and 9 weeks. The birds in Group 2 were evaluated as of their flight abilities between 11 and 15 weeks after surgery. The wing amplitude and humeral length was evaluated in all animals, after euthanasia. At 6 weeks, all the animals in Group 2, that underwent unilateral surgery, without ankylosis, and four animals in Group 1, that underwent bilateral surgeries: ankylosis of one elbow (static wing) and not of the other (dynamic wing), presented radiographic and clinical consolidation of the fractures. Two animals in Group 1 only presented consolidation of the dynamic wing at 9 weeks and of the static wing at 12 weeks. All the animals in Group 2 presented adequate flight capacity, in at least 13 weeks after surgery. There are few published papers on bird osteosynthesis, and therefore we studied the use of articulated external fixator for the stabilization of distal humeral fractures, avoiding ankylosis of the elbow joint, and, therefore keeping flight function viable, using as a model, rock pigeons (Columba lívia). The proposed method of maintenance of wing function in the dynamic...(AU)