Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Embolia Pulmonar , Terapia Trombolítica , Ativador de Plasminogênio Tecidual , SARS-CoV-2 , COVID-19RESUMO
A insônia é o distúrbio do sono mais prevalente na população idosa e não deve ser considerado elemento normal do envelhecimento. A insônia possui uma relação bidirecional com a depressão, uma vez que, muitos pacientes deprimidos apresentam algum tipo de alteração do sono e a insônia por si só pode ser fator de risco para desenvolver depressão e suicídio. Porém ambos os distúrbios podem ocorrer de forma independente. Objetivos: Rastrear a prevalência de insônia na população de idosos do ambulatório de Geriatria do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo e avaliar a sua associação com a depressão e outras variáveis. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, do tipo prospectivo que através de questionários Índice de gravidade de insônia (IGI) e Escala de depressão geriátrica (GDS) avaliou pacientes com idade maior ou igual a 65 anos, acompanhados no ambulatório de Geriatria do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, no período de março a agosto de 2022. Resultados: Foram incluídos 44 pacientes no estudo. A maior parte (70,5%) era do sexo feminino, média de idade de 77,2 anos, sendo que 65,9% tinham idade de 71 a 80 anos, 21 indivíduos (47,7%) eram viúvos e 19 (43,2%) casados. Apresentavam insônia 50% dos pacientes avaliados. Os pacientes que relatavam não ter insônia, a maioria eram casados e não possuíam relato de depressão. Porém, não houve associação estatística quando associado IGI ao gênero, idade, uso de antidepressivos e participar de atividades sociais. Quando avaliados quanto a depressão (GDS), houve valor estatístico significativo associado a auto-relato de depressão, uso de antidepressivo e não participação de atividades sociais. A maioria dos pacientes que relatavam não ter depressão, apresentaram GDS < 5 (não sugestivo de depressão) e também relataram não fazer uso de antidepressivo e não participar de atividades sociais. Já quanto ao sexo, idade e estado civil, estatisticamente não houve significância. Conclusão: Neste estudo foi possível evidenciar que a insônia é um distúrbio muito prevalente nos idosos a nível ambulatorial, dos pacientes que possuíam insônia, a maioria auto relatava depressão, não ter insônia foi um fator importante para não ter depressão. É sabido que a insônia é um grande problema de saúde pública e fator de risco para depressão, assim como a insônia pode ser um sintoma de depressão. Sendo assim, os profissionais de saúde devem investigar ativamente sobre insônia e depressão na população idosa. Palavras - chave: Insônia. Depressão. Idoso. Sono.