RESUMO
Introdução: Em fevereiro de 2012, iniciou-se, na Casa de Saúde Santa Marcelina, a prática de visitas dos gestores de território e assessoria técnica às unidades básicas de saúde, com discussão dos processos de trabalho, que se embasava em três eixos: a gestão do acesso, a gestão do cuidado e a gestão da vulnerabilidade. Desenvolvimento: Utilizaram-se para a discussão, entre outros, dados do SIAB, dados de produção contemplando os eixos principais da Estratégia Saúde da Família e dados dos prontuários, levantados pelas próprias equipes, com ênfase na qualidade, a partir do alinhamento da conduta dos profissionais aos protocolos municipais e de especialidades. As discussões se baseavam nos dados produzidos pelas equipes e nos perfis epidemiológicos dos territórios assistidos. Conclusão: O modelo de discussão foi prontamente aceito pelos gestores, assessores técnicos e equipes de saúde e seus resultados foram observados tanto nos âmbitos locais quanto em indicadores abrangendo territórios mais amplos. Em uma unidade estudada, houve aumento de mais de 28% do número de consultas ofertadas pelos profissionais. Nas regiões acompanhadas, houve aumento do nú- mero de pacientes diabéticos que tiveram seu pé avaliado em 50% (12% antes vs 18% após). Esses e outros dados corroboram a importância da discussão dos processos de trabalho entre gestores e profissionais da rede.
Introduction: In February of 2012 Santa Marcelina Hospital managers and technical advisors began making visits to their primary care units, discussing work processes based on three topics: access management, quality of care management, and vulnerability management. Development: For the discussion, the groups used data from, among various sources, the ?Primary Care Information System? (SIAB), the amount of appointments offered, and from medical records gathered and evaluated by the teams themselves, with a focus on quality of care and using the government and specialties protocols as a model. Discussions were based on the data produced by the teams and on the epidemiologic profiles of the coverage areas. Conclusion: The managers and the teams readily accepted the model, and the results have been observed both in local and in wider contexts. At one primary care unit studied, the amount of appointments offered increased by more than 28%. Considering the whole territory, the number of diabetic patients who had their feet evaluated increased by 50%.(12% before vs. 18% after). The corroborating data confirmed the importance of discussions on health care processes between managers and teams.