RESUMO
No campo da Pediatria geral e do atendimento de primeira linha, as novas formas de pensar o processo saúde-doença e os avanços no conhecimento sobre fatores envolvidos na gênese dos distúrbios e das doenças não se dão mais de forma isolada. O cotidiano hospitalar pode aproveitar-se do potencial do brincar como recurso terapêutico que permite à criança expressar suas emoções, ajuda a compreender os procedimentos que são realizados e pode torná-la mais próxima e cooperativa com a equipe de saúde. O presente estudo analisou artigos científicos a partir da base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde) com as palavras-chave brinquedo/criança/hospitalização e brinquedo/hospital, publicados no período de 1998 a 2006, escritos na língua portuguesa e que estivessem disponíveis na íntegra. Os resultados demonstram que o brinquedo terapêutico tem sido aplicado no Brasil sob diferentes formas, compreendendo desde a sala de espera de um ambulatório infantil até a assistência a crianças com câncer. A criança tira proveito de situações inesperadas para brincar. Em todos os casos houve melhora na conduta do paciente em relação aos procedimentos, maior compreensão dos familiares em relação à doença e ao tratamento. As principais dificuldades apontadas dizem respeito ao pouco tempo disponível para aplicação da técnica do brinquedo terapêutico na rotina profissional diária.