RESUMO
Thalia cicar van Soest 1973 (Urochordata, Thaliacea) is considered a tropical-subtropical species, registered in the Atlantic Ocean at latitudes between 7-34º S and 6-32º N. This work enlarges the occurrence of this species for Equatorial Atlantic waters. The specimens were found in a shelf break area of the Brazilian northeastern (07º 50'-07º 70' S and 34º 23' W) during the expedition JOPS-II (Joint Oceanographic Projects II) in March 1995; and, in São Pedro e São Paulo arquipelago (0º 55' N and 29º 20' W) in May and June, 2005. These two areas are characterized by the presence of local upwelling that induces the ascent of bottom waters rich in nutrients, generating areas of larger productivity than the typically oligotrophic Equatorial Atlantic waters. The new occurrence of Thalia cicar reported in this work can be related to these more productive waters of Equatorial Atlantic. The species that is most commonly found in the Atlantic Ocean is T. democratica, and the lack of past records of T. cicar might have been caused by the taxonomic difficulties determining of the solitary and aggregate zooids of these two species. This work suggests the potential use of the ratios among tunic lengths as an additional character to differentiate T. cicar and T. democratica oozooids.
Thalia cicar van Soest 1973 (Urochordata, Thaliacea) é considerada uma espécie tropical-subtropical, registrada no oceano Atlântico desde 7 a 34º S e 6 a 32ºN. Este trabalho amplia a ocorrência desta espécie para águas do Atlântico equatorial. Os espécimes foram encontrados na plataforma continental do Nordeste brasileiro (07º 50'-07º 70' S e 34º 23' W) durante a expedição JOPS-II (Joint Oceanographic Projects II) em março de 1995 e no arquipélago de São Pedro e São Paulo (0º 55' N e 29º 20' W) em maio e junho de 2005. Essas duas áreas se caracterizam pela presença de ressurgências locais que induzem a ascensão de nutrientes, gerando locais de alta produtividade, nas águas tipicamente oligotróficas do Atlântico equatorial. O registro de Thalia cicar nesses dois locais pode estar relacionado com essas águas de maior produtividade no Nordeste brasileiro. A espécie de Thalia comumente encontrada no oceano Atlântico é T. democratica e a ausência de registros passados de T. cicar pode decorrer das dificuldades taxonômicas em diferenciar os zoóides solitários e agregados dessas duas espécies. Este trabalho sugere a utilização da proporção entre os comprimentos das projeções da túnica como um caráter adicional para diferenciar os oozoóides destas duas espécies.
Assuntos
Classificação , Fauna Marinha/análise , Fauna Marinha/classificação , Ecossistema/análise , Ecossistema/classificação , Urocordados/classificação , Urocordados/crescimento & desenvolvimentoRESUMO
A abundância e a distribuição do mesozooplâncton na baía de Suape, Pernambuco, foram estudadas objetivando-se levantar os impactos causados pela construção de um porto interno para aumentar a capacidade do Complexo Portuário de Suape. Amostragens do zooplâncton foram feitas em três estações fixas, nos períodos seco (novembro-dezembro/1997) e chuvoso (abril-maio/1998). Uma rede de plâncton com 300 µm de abertura de malha foi usada. A biomassa do plâncton em termos de peso úmido variou de 44 mg.m-3 a 3.638 mg.m-3. Foram registrados 45 taxa zooplanctônicos, sendo Copepoda o mais abundante. Dentre os copépodes destacaram-se em termos de freqüência Acartia lilljeborgi, Parvocalanus crassirostris, Oithona hebes, Corycaeus (C.) speciosus e Temora turbinata. A abundância mínima foi de 9 ind.m-3 e a máxima 2.532 ind.m-3. A média da diversidade de espécies foi 2,55 bits.ind-1. De forma geral, a baía de Suape mostrou-se sob estresse ambiental grave e parece razoável concluir que as recentes modificações resultaram em mudanças na composição de espécies com aumento da influência marinha.