RESUMO
A number of recent studies have catalogued global gene expression patterns in a panel of normal, tumoral cervical tissues so that potential biomarkers can be identified. The qPCR has been one of the most widely used technologies for detecting these potential biomarkers. However, few studies have investigated a correct strategy for the normalization of data in qPCR assays for cervical tissues. The aim of this study was to validate reference genes in cervical tissues to ensure accurate quantification of mRNA and miRNA levels in cervical carcinogenesis. For this purpose, some issues for obtaining reliable qPCR data were evaluated such as the following: geNorm analysis with a set of samples which meet all of the cervical tissue conditions (Normal + CIN1 + CIN2 + CIN3 + Cancer); the use of individual Ct values versus pooled Ct values; and the use of a single (or multiple) reference genes to quantify mRNA and miRNA expression levels. Two different data sets were put on the geNorm to assess the expression stability of the candidate reference genes: the first dataset comprised the quantities of the individual Ct values; and the second dataset comprised the quantities of the pooled Ct values. Moreover, in this study, all the candidate reference genes were analyzed as a single "normalizer". The normalization strategies were assessed by measuring p16INK4a and miR-203 transcripts in qPCR assays. We found that the use of pooled Ct values, can lead to a misinterpretation of the results, which suggests that the maintenance of inter-individual variability is a key factor in ensuring the reliability of the qPCR data. In addition, it should be stressed that a proper validation of the suitability of the reference genes is required for each experimental setting, since the indiscriminate use of a reference gene can also lead to discrepant results.
Assuntos
Transformação Celular Neoplásica/genética , Perfilação da Expressão Gênica , MicroRNAs/genética , RNA Mensageiro/genética , Neoplasias do Colo do Útero/genética , Colo do Útero/metabolismo , Feminino , Regulação Neoplásica da Expressão Gênica , Humanos , Estabilidade de RNA , Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real , Reprodutibilidade dos TestesRESUMO
OBJETIVO: identificar os fatores de risco para neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) e os tipos de papilomavírus humano (HPV) em mulheres com NIC, e comparar com os tipos de HPV entre as que apresentam colo normal. MÉTODOS: foram estudadas 228 pacientes, sendo 132 portadoras de NIC (casos) e 96 mulheres com colo normal (controles). Nos dois grupos, formados por pacientes selecionadas entre aquelas que procuraram atendimento no mesmo hospital e residiam em área próxima ao local da pesquisa, a média etária foi semelhante (34,0±8,3 anos), com predomínio de casadas. Os possíveis fatores de risco para NIC foram investigados com aplicação de questionário, pesquisando: idade, estado civil, grau de escolaridade, idade do primeiro coito, número de gestações, número de parceiros sexuais, método contraceptivo utilizado, referência de doenças sexualmente transmissíveis (DST) anteriores e tabagismo, comparados entre os grupos estudados. Foram coletadas amostras para colpocitologia oncótica e, a seguir, para pesquisa de HPV por reação em cadeia de polimerase (PCR), utilizando iniciadores (primers) MY09 e MY11, procedendo-se então ao exame colposcópico e exame histopatológico. Para análise estatística de associação de NIC com fatores de risco, utilizaram-se odds ratio com intervalo de confiança e os testes chi2 e Fisher, ao nível de significância de 0,05. Empregou-se ainda o método de regressão logística testado com significância expressa pelo valor de p com grau de máxima verossimilhança. RESULTADOS: no modelo de regressão logística permaneceram as variáveis: infecção por HPV de alto risco oncogênico (OR=12,32; IC 95 por cento: 3,79-40,08), referência à DST anterior (OR=8,23; IC 95 por cento: 2,82-24,04), idade precoce do primeiro coito (OR=4,00; IC 95 por cento: 1,70-9,39) e tabagismo (OR=3,94; IC 95 por cento: 1,73-8,98). A PCR foi positiva em 48,5 por cento e 14,6 por cento nos grupos caso e controle, respectivamente. CONCLUSÕES: o fator de risco principal para NIC foi infecção por HPV oncogênico, com os tipos 16, 18, 33, 35, 51, 52, 58 e 83. Dentre as portadoras de lesões de alto grau, houve predomínio de HPV-16 ou variante 16. Nas pacientes com colo morfologicamente normal, também foram identificados os tipos oncogênicos 51, 58 e variante 51.