RESUMO
A presença de má oclusão afeta a mastigação, a fala, o visual o pode se tornar uma desordem social, física e emocional para os pacientes.A pesquisa objetivou avaliar a prevalência do padrão oclusal dos membros da comunidade indígena Fulni-ô do nordeste do Brasil entre 12 e 15 anos de idade. Os dados foram coletados atravpes de um exame intra-oral por dois examinadores calibrados e a oclusão classifcada em oclusão normal e má oclusão: Classe I, II e III (classificão de Angle). Oitenta e um por cento da amostra apresentou má-oclusão e a maioria (43,6 por cento) má oclusão de Classe I. A prevalência de má oclusão de Classe II E Classe III foi mais alta no gênero masculino que no feminino. Uma alta prevalência de oclusão normal foi encontrada no gênero feminino (20.6por cento), (p<0.05). Os resultados presentes sugeriram que a má oclusão está relacionada ao gênero e idade. Fatores culturais e sócio-econômicos podem influenciar na prevalência da má oclusão, desde que este grupo alvo possui suas próprias crenças e hábitos alimentares, os quais podem interferir no desenvolvimento da oclusão e da face. Outras pesquisas precisam ser realizadas para um melhor entendimento dos fatores que devem afetar no padrão oclusal dos Fulni-ô.
Assuntos
Oclusão Dentária , Epidemiologia/estatística & dados numéricos , Indígenas Sul-Americanos , Má Oclusão/complicações , Má Oclusão/epidemiologiaRESUMO
A partir da década de 80, as neoplasias ocuparam o segundo lugar entre as causas de óbitos por doenças. Esta mudança está relacionada a uma série de fatores, entre elas as mudanças sócio econômicas e uma maior exposição a fatores de risco, principalmente, o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas. Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar a distribuição de óbitos por cancer bucal no estado de Pernambuco, no período de 1979 a 1995, em relação ao sexo, faixa etária, grau de escolaridade, bem como alertar o cirurgião-dentista para os fatores de risco do câncer bucal. Foi realizado um estudo retrospectivo com a utilização de dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O número de óbitos por câncer bucal foi de 973 casos, sendo o sexo masculino (70,3 por cento) e a faixa etária entre os 45 e 75 anos os mais acometidos. Aproximadamente 40 por cento da população afetada apresentou o 1º grau incompleto ou nenhuma instrução. Observa-se que há a necessidade da incorporação do cirurgião-dentista em programas de prevenção com diagnóstico precoce e inclusão, nos prontuários, da abordagem sobre os malefícios, principalmente, do consumo de fumo e álcool como principais fatores de risco do câncer bucal