RESUMO
Foram analisados retrospectivamente os índices de infecçäo cirúrgica em 917 operaçöes realizadas no Serviço de Cirurgia em Ribeiräo Preto, nos anos de 1982 e 1983. As cirurgías foram classificadas, segundo seu potencial de contaminaçäo, em: limpas (496), potencialmente contaminadas (180), contaminadas (144) e infectadas (97). A taxa global de infecçäo foi de 10,6%, sendo 7,25% para as cirurgias limpas, 8,33% para as potencialmente contaminadas, 15,9% para as contaminadas e 24,7% para as infectadas. Esses índices analisados individualmente para cada cirurgia mostraram-se maiores nas operaçöes sobre o intestino delgado terminal e cólon, nas de maior porte com maior tempo operatório e nas realizadas em pacientes debilitados. Näo foram observadas correlaçöes mensais ou sazonais nas taxas de infecçäo durante os dois anos estudados. Os autores concluem sobre a necessidade de avaliaçäo periódica da incidência de infecçäo para que se possa controlar a qualidade dos métodos de assepsia, antisepsia e esterilizaçäo, assim como da técnica operatória