RESUMO
RESUMO Os motivos que levam graduados a iniciarem novo curso superior em Medicina têm sido pouco estudados, principalmente no Brasil. O objetivo deste trabalho foi conhecer os motivos que levam um profissional já graduado a iniciar um novo curso, especificamente Medicina, as dificuldades para cursá-lo e as expectativas profissionais. Estudo transversal com estudantes de Medicina já graduados em outros cursos superiores. Utilizou-se questionário com questões abertas e fechadas. Análise descritiva dos dados quantitativos e análise de conteúdo dos dados qualitativos foram realizadas. Dos 110 estudantes já graduados em outro curso matriculados na faculdade no período estudado, 49% (54) participaram da pesquisa. A faixa etária predominante foi de 29 a 33 anos. Os graduados ingressam no curso médico em busca de maior valorização pessoal e profissional, não alcançada no primeiro curso, principalmente melhores remuneração e empregabilidade. Embora ter completado um curso superior traga benefícios ao ingressar num segundo, há também dificuldades, uma vez que muitos já constituíram família ou precisam trabalhar. Em relação às expectativas, o desejo de obter independência financeira coexiste com a intenção de realizar a especialização em residência médica.
ABSTRACT There is, especially in Brazil, a lack of papers about people’s reasons for opting to study medicine after graduating in other areas. The aim of this study was to understand the reasons that lead a professional to embark on a new course, specifically medicine, the difficulties involved and professional expectations. A cross-sectional study with medical students already graduated in other areas, using a structured self-administered form with open-ended and closed-ended questions. Descriptive analysis of quantitative data and content analysis of qualitative data were performed. Of the 110 graduates enrolled during the studied period, 49% took part in the research. The predominant age was 29 to 33 years. Graduates enter the medical course in pursuit of greater personal and professional valuation not achieved with their first qualification, including, especially, better remuneration and employability. Although completing a higher education course brings benefits when starting a second one, there are also difficulties since many of the graduates have already established a family or need to work. In relation to expectations, despite the desire to achieve financial independence, specialization in medicine is usually the goal.
RESUMO
Introdução: a vacinação na adolescência desperta crescente interesse científico, devido à vulnerabilidade dessa faixa etária a inúmeras doenças preveníveis, como algumas doenças sexualmente transmissíveis, com impacto significativo na morbimortalidade, por isto incluída no Programa Nacional de Imunização. Objetivo: verificar a influência dessa açãoem uma Unidade Básica de Saúde (UBS), a partir da análise do cartão de vacina, de acordo com o Ministério da Saúde, e do nível de conhecimento dos adolescentes e responsáveis para com essas doenças preveníveis. Métodos: foi feito inquérito domiciliar selecionando-se população de adolescentes e/ou seus responsáveis, da área de abrangência de uma UBS na região nordeste de Belo Horizonte-MG. Usou amostra aleatória simples e a investigação foi realizada com 210 adolescentes. Resultados: a faixa etária predominante foi de 15 a 19 anos (55,23%), correspondendo aos jovens que responderam o questionário. Os responsáveis participantes totalizaram 149 entrevistados. A cobertura vacinal definida pelo cartão do adolescente mostrou que 39 estavam em dia, 111 em atraso e 60 não responderam. A vacina contra febre amarela foi a que apresentou a menor cobertura entre os jovens. O desconhecimento sobre a imunização é grande entre adolescentes e seusresponsáveis. Conclusão: a cobertura vacinal dos adolescentes e o escasso conhecimento sobre as vacinas e doenças contra as quais protegem poderiam ser melhorados, seja pelo fornecimento de vacinas, como pela educação em saúde articulada com a escola.
Introduction: vaccination in adolescence has received growing scientific attention in recent years. This age group's vulnerability to a number of preventable diseases, including some STDs, has a relevant impact in morbimortality, and caused it to be included in the National Immunization Program (Programa Nacional de Imunização). Objective: to check the influence of vaccination in a Basic Health Unit (BHU), analyzing vaccinationrecords, data from the Ministry of Health, and the degree of knowledge demonstrated by adolescents and their guardians regarding these preventable diseases. Method: a household survey was carried out with a selected population of adolescents and/or their guardians, within the area covered by a BHU in northeastern region of Belo Horizonte - MG. Simple random sampling was the method used and the research was performed with 210 adolescents. Results: the main age group was 15-19 years (55.23%), corresponding to teenagers who answered the questionnaire. Guardians who participated totaled 149 respondents. Vaccine coverage established by the adolescents' personal vaccination cards showed that 39 were up to date with their schedules shots, 111 were behind and 60 did not respond. Yellow fever vaccine had the lowest coverage among youths. Lack of knowledge about immunization is highamong adolescents and their guardians. Conclusion: Among adolescents, vaccination coverage and knowledge about diseases and their corresponding vaccines should be improved, not only increasing vaccination but also through health education in schools.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Cobertura Vacinal , Vacinação , Brasil , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
Introdução: estudo proposto por alunos do Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-SAÚDE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), linha de cuidados em saúde do adolescente. A adolescência caracteriza-se por profundas modificações que marcam a passagem da infância para a vida adulta. A gravidez nesse período os expõe a situações de vulnerabilidade, capaz de limitar projetos futuros. Objetivo: avaliar aspectos biopsicossociais associados à gravidez na adolescência. Métodos: pesquisa qualitativa com 23 adolescentes da área de abrangência de um Centro de Saúde de Belo Horizonte que tiveram seus partos entre janeiro/2009 e junho/2011. Convidadas a responder um questionário estruturado abordando escolaridade, trabalho, vida social, saúde e renda familiar, 14 aceitaram participar e assinaram o TCLE. Resultados: a idade média do parto foi de 17 anos. Nove tiveram menarca precoce e quatro tiveram início de atividade sexual precoce; sete usavam método contraceptivo quando engravidaram; 13 realizaram pré-natal; sete tiveram parto operatório; e dois tiveram neonato de baixo peso. Houve ampla adesão à amamentação. Três abandonaram os estudos para cuidar do filho e apenas uma estava trabalhando. Todas se consideravam responsáveis pelo cuidado com o filho, porém 11 necessitavam de apoio financeiro. Contudo, a maternidade foi percebida de forma positiva pela maioria, pois oito relataram mais satisfação com a vida após o parto. Conclusão: há contradição entre os dados e a percepção positiva da jovem em relação à sua vida. Isso alerta para a importância de expor situações reais a essas jovens, para que a gravidez seja uma escolha consciente...
Introduction: This is a study proposed by students within the Education Program for Health Work Force at the Federal University of Minas Gerais (UFMG), particularly within the domain of health care for adolescents. Adolescence is a period of deep changes that characterize the transition from childhood to adulthood. Pregnancy in this period exposes adolescents to a myriad of vulnerability situations that may frustrate their projects for the future. Objective: To assess the bio-psychosocial features associated with adolescent pregnancy. Methods: This is a qualitative study of 23 adolescents living within the reaches of a Public Health Center in the City of Belo Horizonte that had their babies from January 2009 through June 2011. They were invited to fill out a structured questionnaire approaching their education level, jobs, social life, health and family income, but only 14 of them accepted to participate and provide their informed consent. Results: The participants were in average 17 years old. Nine of them had early menarche, and four of them initiated their sexual activity very early; seven adolescents were using a contraceptive method when they got pregnant; 13 had prenatal care; seven had operative delivery; and two delivered underweight newborns. Most of them breastfed their infants. Only one was working, and three of them left school to take care of their children. All of them deemed themselves as responsible for taking care of the child, but eleven claimed to need financial support. Most of them had a positive conception of maternity, i.e. eight adolescents reported to feel more satisfied with their lives after than before having a baby. Conclusion: The data of the adolescents seems to be inconsistent with their positive perception of their lives. This is a warning of the importance of exposing the adolescents to real life situations that allow them to get pregnant as a result of a reflected choice...