RESUMO
Objetivou-se descrever as ações de saúde realizadas para os presidiários e compreender a organização, planejamento e execução desses serviços pelas equipes de saúde da família. Realizou-se estudo qualitativo a partir de entrevista realizadas com profissionais dessas equipes, em nove municípios sede das gerências regionais de saúde da Paraíba que tem em seu território de abrangência unidades prisionais. Da análise dos dados, emergiram as categorias: ações de atenção à saúde; planejamento, programação e avaliação; necessidades percebidas; habilidades e competências; e desarticulação dos serviços na atenção à saúde. As ações desenvolvidas, embora desarticuladas, diziam respeito a atividades educativas e assistenciais, mediante necessidades clínicas e campanhas de vacina. Perceberam-se e dificuldades metodológicas e operacionais para implantação efetiva de atividades das unidades de saúde nas instituições prisionais. A garantia do direito à saúde, além de ser uma responsabilidade do Estado, representa uma missão e um desafio para todos que acreditam numa sociedade sem excluídos.
It is a known fact that the problems arising from confinement conditions have not been the object of full and effective health action in many a Brazilian's reality. Accordingly, the aim was to describe the health actions taken for prisoners and understand the organization, planning, and execution of these services, whether in the family health unit or in prisons in the Paraíba state. Thus, this was a qualitative study, using observations and interviews with professionals in family health groups of nine host cities of regional health management in the state of Paraíba, which have prison units in their coverage areas. The categories identified from the analysis carried out were: health care actions; planning, programming, and assessment; perceived needs; abilities and skills; and lack of health care services. It was possible to understand that the actions undertaken, although disjoint, were educational and care activities, via clinical needs and vaccination campaigns. However, regarding organization, planning, and execution of services, whether in family health units or in the prison units, we find methodological and operational difficulties for effective deployment, in the schedule of activities of the health units. The guarantee of the right to health, besides being a state responsibility, is a mission and a challenge for all who believe in a society without exclusion.