RESUMO
Este estudo foi delineado para desenvolver um modelo animal de hiperlipemia crônica, independente de manipulaçäo dietética, visando análise da interaçäo metabólica glicose/ácidos glaxos livres(AGL) no exercício. Ratos com 60 dias foram separados em 4 grupos e tratados por 6 semanas: Sedentário/Heparina - receberam diariamente uma aplicaçäo de heparina (250 U/kg), para elevar os AGL circulantes; Sedentário/Salina - receberam diariamente uma aplicaçäo de salina(NaCI 0,9 porcento); Treinado/Heparina - receberam heparina e foram submetidos à nataçäo, 1h/dia, 5 dias/semana, com sobrecarga de 5 porcento p.c. e Treinamento-Salina - receberam salina e foram submetidos à nataçäo. Os animais "heparina" apresentaram AGL séricos elevados durante parte do dia. Glicose e insulina basais no soro e insulina no pâncreas foram semelhantes para todos os grupos. Glicogênio do músculo sóleo foi maior nos treinados que nos sedentários. Durante teste de tolerância à glicose os animais "heparina" apresentaram área sob a curva de insulina superior e área sob a curva de glicose semelhantes às dos "salina". A presenta de AGL näo afetou a depleçäo do glicogênio do músculo sóleo isolado em nenhum grupo. Em resumo, os efeitos crônicos da elevaçäo da disponibilidade de AGL alteraram a utilizaçäo periférica de glicose enquanto que o aumento agudo näo o fez. O modelo parece viável para estudos da interaçäo metabólica glicose/AGL no exercício.(au)