RESUMO
Foram acompanhadas 139 gestantes de alto-risco através da cardiotocografia (CTG) basal e do perfil biofísico fetal (PBF). Simultaneamente foram realizados exames de Dopplerfluxometria da artéria umbilical, que näo foram levados em conta para a interrpçäo da gravidez, perfazendo total de 336 exames fluxométricos, com média de 2,4 exames por paciente (variaçäo: 1 a 13). Foi utilizado o Doppler-contínuo com trasdutor de 4MHz e o índice escolhido foi a relaçäo A/B. Os resultados da velocidade umbilical foram relacionados com os resultados da CTG basal e do PBF e também com critérios de avaliaçä do recém-nascido, a saber, os índices de Apgar de 1 e de 5 minutos, a presença de crescimento intra-uterino retardado (CIR), a mortalidade perinatal (MPN) e a duraçäo da hospitalizaçä. Observou-se relaçäo significativa entre todos os parâmetros estudados e a relaçäo A/B da artéria umbilical. Relevante é o comprometimento do concepto quando presente a diástole-zero na artéria umbilical: 100 por cento das CTG basais alteradas (68 por cento dos traçados grave/terminal), 95 por cento dos PBF anormais anormais (64 por cento das notas ó 4), 94 por cento dos índices de Apgar de 1 minuto < 7 (72 por cento dos índices ó 4), 72 por cento dos índices de Apgar de 5 minutos < 7 (56 por cento dos índices ó 4), 66 por cento de CIR e 66 por cento de MPN. Os resultados sugerem que o procedimento Dopplerfluxométrico avalia corretamente o bem-estar fetal, podendo ser incluído em protocolos mais adequados para acompanhar o cencepto na gestaçäo de alto-risco
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Humanos , Feminino , Gravidez , Artérias Umbilicais , Sangue Fetal , Retardo do Crescimento Fetal , Ultrassonografia DopplerRESUMO
O coeficiente de mortalidade perinatal (MPN) para os 7.456 nascimentos ocorridos na Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro de janeiro de 1985 a dezembro de 1989 foi de 24,4 por mil. Os coeficientes de mortalidade fetal (MF) e o de neonatal (MNN) precoce foram de 14,2 por mil e 10,3 por mil, respectivamente; houve 185 perdas perinatais nesse período. Excluíndo-se as gestantes internadas com óbito intra-uterino que näo realizaram pré-natal na instituiçäo e as malformaçöes congênitas incompatíveis com a vida, os coeficientes corrigidos de MPN, MF, MNN foram 20,8, 11,5 e 9,3 por mil, respectivamente. As doenças maternas associadas säo discutidas
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Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Mortalidade Infantil , Gravidez de Alto RiscoRESUMO
Faz-se breve comentário sobre a terpêutica fetal invasiva. Discute-se as indicaçöes e os pré-requisitos necessárias para a prática da cirurgia fetal. Especial atençåo é dada aos objetivos e seguimento na colocaçåo de shunts vésico-amnióticos nos casos de anomalias obstrutivas do sistema urinário fetal, à amnioinfusåo na oligoidramnia e às demais derivaçöes e drenagens fetais, indicadad em casos como o hidrotórax
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Humanos , Feminino , Gravidez , Doenças Fetais/terapia , Feto/cirurgia , Hidrotórax , Poli-Hidrâmnios , Obstrução Ureteral , Derivação UrináriaRESUMO
Este trabalho teve o objetivo de avaliar a validade do Doppler colorido acoplado ao ultra-som vaginal no rastreamento do carcinoma do endométrio. Estudamos prospectivamente 40 pacientes portadoras de hemorragia uterina pós-menopausa. Para a suspeiçåo de câncer foram adotados os seguintes critérios: 1 - espessura endometrial maior ou igual a 5mm; 2 - índice de resistência (IR) e índice pulsátil (IP) das artérias uterinas menor que 0,7 e 1,0 respectivamente, 3 - IR e IP dos vasos intratumorais menores que 0,45 e 0,7 respectivamente. Calculamos a sensiblidade, a especificidade, o valor preditivo positivo e negativo para cada um dos itens acima.O diagnóstico de certeza de cåncer foi feito pela análise histopatológica do material obtido pela curetagem uterina, à qual todas as pacientes foram submetidas de maneira independente e cega. No estudo histopatológico foram detectados 10 casos dfe câncer (25//). Os resultados mostraram maior sensibilidade para o ultra-som vaginal. Entretanto, maior especificidade para o Doppler colorido. A detecçåo da neovascularizaçåo atípica intratumoral pelo Dopler colorido foi mais precoce e mais sensível que as alteraçöes velocimétricas das artérias uterinas. Os dados do nosso estudo sugeriram, portanto, que ambos os métodos såo válidos no rastreamento do carcinoma endometrial
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Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Administração Intravaginal , Carcinoma Endometrioide/diagnóstico , Menopausa , Ultrassom , Hemorragia UterinaRESUMO
Faz-se breve comentário sobre a etiologia, a classificaçåo, o diagnóstico, o acompanhamento e a conduta no crescimento intra-uterino retardado. Especial atençåo é dada ao crescimento intra-uterino retardado grave e precoce, em geral decorrente de infecçöes ou anomalias cromossomiais do concepto, enquanto os de aparecimento tardio såo conseqüentes, na maioria das vezes, å insuficiência plancentária. Apresenta-se, por fim, protocolo de diagnóstico etiológico e conduta no crescimento intra-uterino retardado
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Humanos , Feminino , Gravidez , Retardo do Crescimento Fetal/classificação , Retardo do Crescimento Fetal/diagnóstico , Retardo do Crescimento Fetal/etiologia , Feto , Gravidez de Alto RiscoRESUMO
Foi feita uma revisåo das complicaçöes imediatas no pós-operatório da Mastectomia, analisando-se a incidência de necrose, infecçåo e linfocistos, sendo estas relacionadas com a idade da paciente, estadiamento clínico e técnica cirúrgica realizada. Evidenciou-se um maior número de complicaçöes proporcionalmente å maior radicalidade da cirurgia e ao maior compromentimento da paciente pela patologia
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Humanos , Feminino , Mastectomia , Complicações Pós-OperatóriasRESUMO
Faz-se breve comentário sobre provas biológicas específicas e inespecíficas e os sinais sonográficos inespecíficos no diagnóstico das infecçöes fetais intra-uterinas. Comentários especiais såo feitos sobre a rubéola, a toxoplasmose, o citomegalovírus e o hherpes simples, tipo I e II. Aborda-se ainda a técnica, as indicaçöes propedêuticas e terapêuticas e as complicaçöes da cordocentese empregada no acompanhamento do feto de risco
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Humanos , Feminino , Gravidez , Cordocentese , Citomegalovirus , Feto , Herpes Simples/diagnóstico , Complicações Infecciosas na Gravidez , Fatores de Risco , Rubéola (Sarampo Alemão)/diagnóstico , Toxoplasmose/diagnósticoRESUMO
Faz-se breve comentário sobre a propedêutica e a terapêutica da doença hemolítica perinatal. Aborda-se as indicaçöes para a prática de exmes invasivos, através da análise do sangue fetal obtido por cordoncentese, o acompanhamento dos conceptos agredidos pela doença bem como a gravidade da agressåo avaliada pela ultrasonografia e pela bioquímica do sangue fetal, propondo-se conduta para cada situaçåo específica. Por fim é proposto protocolo de conduta nas gestantes RH-negativo, aloimunizadas ou nåo
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Humanos , Feminino , Gravidez , Cordocentese , Eritroblastose Fetal/diagnóstico , Eritroblastose Fetal/terapia , Sangue Fetal/citologiaRESUMO
Faz-se breve comentário sobre os métodos biofísicos empregadosna avaliaçäo da vitlidade fetal na gestaçäo de alto-risco. Säo considerados os parâmetros de normalidade da cardiotocografia basal bem como a classificaçäo do exame atualmente utilizada. Considera-se também o perfil biofísico fetal e discute-se as variáveis nele contidas.Aborda-se a dopplerfluxometria e seu uso na avaliaçäo da hemodinâmica do concepto, associando-se as alteraçöes do fluxo sanguíneo fetal à sua vitalidade. Indicaçöes e interpretaçöes dos três procedimentos propedêuticos säo também comentadas
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Humanos , Feminino , Gravidez , Líquido Amniótico , Cardiotocografia , Movimento Fetal , Feto/irrigação sanguínea , Respiração , Ultrassom , Placenta/irrigação sanguínea , Útero/irrigação sanguíneaRESUMO
Faz-se breve comentário sobre a rotina da utilizaçäo dodoppler-colorido em medicina fetal. Sâo considerads suas principais indicaçöes e interpretaçäo de seus resultados no acompanhmento da gestaçäo de primeiro trimestre, no diagnóstico da prenhez ectópica, no estudo de cordäo umbilical, no rastreamento e seguimento da neoplasia trofoblástica gesrtacional e na avliaçäo do perfil hemodinâmico fetal. Breves consideraçöes adicionais sobre a fisiopatologia do sofrimento fetal crônico säo desenvolvidas
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Humanos , Feminino , Gravidez , Cordão Umbilical , Feto/irrigação sanguínea , Gravidez Ectópica , Fatores de Risco , UltrassomRESUMO
Faz-se breve comentário sobre a rotina da utilizaçåo da ultra-sonografia no acompanhamento da gestaçåo de alto-risco quando empregada no primeiro, segundo e terceiro trimestres da gravidez. Atençåo especial é dispensada ao emprego da ultra-sonografia transvaginal na avaliaçåo da pelve. Aborda-se também, de modo sintético, a ecocardiografia fetal e suas principais indicaçöes no seguimento do feto de risco
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Humanos , Feminino , Gravidez , Ecocardiografia , Feto , Complicações na Gravidez , Fatores de Risco , Ultrassonografia Pré-NatalRESUMO
Faz-se breve comentário sobre marcadores nåo-invasivos de alteraçöes cromossomiais do feto. Såo considerados os métodos bioquímicos e os métodos biofísicos para o rastreamento de anomalias citogenéticas, reservadas às pacientes de baixo-risco. Aborda-se também os métodos diagnósticos da doença, por procedimento invasivos, v.g., a biópsia de vilo corial, a amniocentese e a cordoncentese, métodos indicados nas pacientes de alto-risco caracterizada por sua história ou por alteraçöes verificadas nos procedimentos nåo-invasivos
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Humanos , Feminino , Gravidez , Feto/anormalidades , Complicações na Gravidez , Amniocentese , Amostra da Vilosidade Coriônica , Anormalidades Congênitas , Cordocentese , Doenças Fetais/diagnósticoRESUMO
Neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) é um termo que designa as alteraçöes celulares ocorridas no epitélio de revestimento do colo uterino, outrora classificadas com displasias e carcinoma in situ. Os autores apontam os prováveis fatores etiológicos, bem como as opçöes disponíveis para o tratamento dessas lesöes pré-malignas da cérvice uterina
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Humanos , Feminino , Adulto , Displasia do Colo do Útero/etiologia , Displasia do Colo do Útero/terapia , Displasia do Colo do Útero/etiologia , Displasia do Colo do Útero/terapia , Fatores de RiscoRESUMO
Em 73 pacientes, 71 primíparas (97 por cento), foram realizados exames ultra-sonográficos, entre 24 e 32 semanas de gestaçåo, com o intuito de localizar a implantaçåo placentária. As pacientes em estudo eram clínica e laboratorialmente normais, na época da feitura do exame. Toda a cavidade uterina foi examinada e a placenta considerada central quando estava distribuída entre os lados direito e esquerdo, independente de sua posiçåo ântero-posterior ou fúndica, e classificada como lateral quando mais de 75 por cento da massa placentária se encontrava em um dos lados da linha média uterina, independente de sua posiçåo ântero-posterior ou fúndica. Quando a localizaçåo era limítrofe entre estes parâmetros, os vasos uterinos, paramétrios direito e esquerdo eram identificados para avaliar um possível erro de classificaçåo causado por uma rotaçåo uterina. O critério de toxemia por nós utilizado foi o proposto por National High Blood Pressure Education Program Working Goup Report on High Blood Pressure in Pregnancy. Concluímos existir uma associaçåo significante entre a localizaçåo placentária e o aparecimento clínico de toxemia, quatro vezes maior no grupo de gestantes com placenta lateral do que nas com placenta central
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Humanos , Feminino , Gravidez , Placentação , Pré-Eclâmpsia/prevenção & controle , Pré-Eclâmpsia , Ultrassonografia Pré-Natal , Segundo Trimestre da Gravidez , Terceiro Trimestre da GravidezRESUMO
Em 57 pacientes de alto-risco foram realizados 60 exames de doppler de artéria umbilical e determinado o equilíbrio ácido-básico do sangue da veia umbilical, obtido por condorcentese. Os resultados do doppler foram relacionados com os resultados do ph, pO2 e asfixia fetal. Observou-se relaçåo significante entre os parâmetros bioquímicos estudados no sangue da veia umbilical e os exames de doppler. Relevante é o comprometimento do conceito (asfixia) quando presente a diástole-zero no doppler da artéria umbilical
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Humanos , Feminino , Gravidez , Artérias Umbilicais/fisiopatologia , Velocidade do Fluxo Sanguíneo , Gasometria , Ultrassom , Coleta de Amostras Sanguíneas , Equilíbrio Ácido-Base/fisiologia , Sangue Fetal , Hipóxia Fetal/diagnóstico , Troca Materno-Fetal , Complicações na Gravidez , Grupos de Risco , Veias Umbilicais/fisiopatologiaRESUMO
Em 57 pacientes de alto-risco foram realizados 60 exames de cardiotocografia (CTG) basal e determinado o equilíbrio cido-b sico do sangue da veia umbilical, obtido por cordocentese. Os resultados da CTG foram realcionados com os resultados do pH, pO2 e asfixia fetal. Observou-se relaçäo significante entre os parâmetros bioquímicos estudados do sangue da veia umbilical e os exames de CTG basal. Relevante é o comprometimento do concepto (asfixia) quando presente a CTG basal grave terminal (85 por cento).
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Humanos , Feminino , Gravidez , Cardiotocografia , Cordocentese , Sangue Fetal , Gravidez de Alto Risco , Acidose/sangue , Gasometria , Hipóxia Fetal/sangue , Estudos ProspectivosRESUMO
É discutida a importância da cordocentese, da transfusäo intravascular intra-uterina e da ultra-sonografia, como recursos propedêuticos e terapêuticos na doença hemolítica perinatal. Também propomos novo protocolo de seguimento das gestantes Rh-negativo sensibilizadas, assim como dos fetos anemiados, atingidos pela eritroblastose fetal.
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Humanos , Feminino , Gravidez , Transfusão de Sangue Intrauterina , Cordocentese , Eritroblastose Fetal , Ultrassonografia Pré-Natal , Eritroblastose Fetal/diagnóstico , Eritroblastose Fetal/terapiaRESUMO
Para ajuizar o poder discriminatório da dopplerfluxometria da artéria umbilical, em diagnosticar o crescimento intra-uterino retardado (CIR), utilizamos 145 exames, realizados em grupo de gestantes de alto-risco, e relacionamos com o peso do recém-nato. Em 37 recém-natos com CIR, 33 foram identificados pela dopplerfluxometria da artéria umbilical. A especificidade do exame em diagnosticar o CIR foi 92,59 por cento para os três índices usados (relaçäo A/B, IR, IP), sendo a sensibilidade 89,18 por cento para a relaçäo A/B e IR e 91,89 por cento para o índice puls til. Nao houve diferença, estatisticamente significante, entre os três índices para o diagnóstico do CIR.