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1.
São Paulo; s.n; 2020. 67 p. graf, tab. (BR).
Tese em Português | Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1102504

RESUMO

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela espiroqueta Treponema pallidum e reemergente em nosso país. Pessoas com neurossífilis e que vivem com HIV (Human Immunodeficiency Virus) apresentam maior chance de falência terapêutica e maior tempo para normalização dos exames laboratoriais da sífilis. A neurossífilis pode ser sintomática ou assintomática e o tratamento de escolha é a penicilina G cristalina. Ceftriaxona constitui terapia alternativa, porém existem poucos dados que avaliem essa opção terapêutica. O objetivo do presente estudo foi descrever pessoas vivendo com HIV (PVHIV), diagnosticados com neurossífilis assintomática, que receberam tratamento com ceftriaxona. Metodologia: Estudo observacional, retrospectivo, realizado no Hospital Dia do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2018. Foram incluídas pessoas que vivem com HIV (PVHIV) com diagnóstico sorológico de sífilis e teste de VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) reagente no líquido cefalorraquidiano (LCR), assintomáticas do ponto de vista neurológico e que receberam tratamento com ceftriaxona. Foram avaliadas as características dos pacientes incluídos e a evolução laboratorial após tratamento (títulos de VDRL sérico e liquórico). Assim, os pacientes foram classificados em "respondedores" sorológicos ou liquóricos e "não respondedores" sorológicos ou liquóricos. Resultados: Foram incluídos 61 casos. A mediana de idade foi de 39 anos e 59 (96,7%) pacientes eram do gênero masculino. Trinta (57,7%) de 52 pacientes tinham sífilis precoce no momento do diagnóstico de neurossífilis. As medianas de VDRL sérico e contagem de células T CD4 foram de 1:64 e 629 células/ml, respectivamente. Cinquenta e quatro (88,6%) pacientes apresentaram títulos iniciais de VDRL sérico ≥1/16. Trinta e oito (77,5%) pacientes foram considerados "respondedores" sorológicos; trinta e quatro (79,4%) pacientes foram considerados "respondedores" liquóricos. Nenhum paciente apresentou sintomas neurológicos até à data do último exame de controle da sífilis. Conclusão: No presente estudo, a maioria dos pacientes foram jovens, de gênero masculino, com altos níveis de células T CD4 e VDRL sérico basal ≥1/16. Dentre os pacientes com exame de controle, 86,2% foram considerados "respondedores" sorológicos e/ou liquóricos. Ceftriaxona permite tratamento em regime de Hospital Dia e pode ser considerada como alternativa terapêutica em PVHIV com neurossífilis assintomática.


Assuntos
Humanos , Ceftriaxona , Infecções Sexualmente Transmissíveis , Líquido Cefalorraquidiano , HIV , Neurossífilis
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