RESUMO
Objetivo: avaliar a influência de forças laterais aplicadas sobre os pilares em relação aos dois tipos de parafusos utilizados (com e sem DLC), de um mesmo sistema de implante. Material e métodos: neste trabalho, 20 parafusos protéticos de titânio sem tratamento de superfície (Neodent, Curitiba-PR, Brasil) e 20 parafusos com tratamento de superfície à base de carbono (Neotorque/Neodent, Curitiba-PR, Brasil), submetidos ou não a uma pré-carga inicial, foram comparados quanto à sua resistência in vitro através da aplicação de força perpendicular ao pilar do tipo reto (máquina universal de ensaios mecânicos modelo EMIC DL100), fixado ao análogo do implante hexágono externo. Resultados: os resultados foram submetidos a testes estatísticos (Kruskal-Wallis), demonstrando não haver evidências para rejeitar a hipótese de igualdade entre os valores médios da força (N) entre os grupos (p-valor=0,2879). Uma grande variabilidade (desvio-padrão) entre as amostras pôde ser observada nos grupos dos parafusos Neotorque, onde o maior desvio-padrão foi encontrado no grupo dos parafusos Neotorque com pré-carga (99,89 N). O valor máximo de resistência foi verificado no grupo dos parafusos Neotorque com pré-carga (561,74 N). Conclusão: não há grande relevância clínica para a escolha de determinado parafuso, diante das forças perpendiculares aos componentes protéticos.
Objective: to evaluate the influence of preload and lateral forces on two abutment screw types. Material and methods: Twenty titanium prosthetic screws (non-DLC, Neodent) and (DLC-coated, Neotorque) were fastened to a external hexagon implant analog and submitted or not to an initial preload. After, their in vitro resistance were verified under perpendicular loading (universal testing machine - EMIC DL100). Results: the Kruskal-Wallis test demonstrated no differences between DLC and non-DLC groups (p=0.2879). A considerable standard deviation value was observed at the Neotorque screws, mainly for groups with applied preload (561.74N). Conclusion: within the limits of this study, the choice of prosthetic screw has no clinical implications based on perpendicular forces.