RESUMO
Objetivos: crescente evidências vêm indicando que o ferro tem um papel importante na patogênese dos mecanismos da neurodegeneração. Esta revisão tem por objetivo abordar aspectos de sua absorção, transporte e estoque no corpo humano. Adicionalmente, é abordada a participação do ferro no estresse oxidativo do sistema nervoso central e suas implicações nas doenças neurodegenerativas, com especial destaque para Demência de Alzheimer e Doença de Parkinson. Fonte de dados: foi realizada uma revisão sistemática de de toda a literatura publicada em inglês através das bases de dados Medline, Ovid e Scopus, de janeiro de 2000 setembro de 2007, assim como livros-texto. Foram excluídos os artigos em que os principais enfoques eram de uso de drogas e mutações genéticas relacionadas com metais. Síntese dos dados: este artigo revisa aspectos do metabolismo do ferro como absorção, transporte e estoque; e sua influência no estresse oxidativo e nas principais doenças neurodegenerativas, como Demência de Alzheimer e Doença de Parkinson. Conclusões: a revisão da literatura sugere que estresse oxidativo, associado ao desiquilíbrio na homeostase do ferro, seja uma via importante em relação à patogênese da neurodegeneração. Esse dados requerem novas investigações para esclarecer se este desiquilíbrio é causa ou consequência do processo degenerativo.