RESUMO
O presente artigo aborda como as políticas identitárias têm agido nos modos de pesquisar a dor alheia, tendo em vista que dão indícios de presumir que os sujeitos devem falar apenas sobre aquilo que os atinge. Se por um lado existe potência em uma escrita vivida, é mister mostrar, em paralelo, os benefícios de uma aliança com os que são identificados como "de fora" daquela realidade. Para tanto, devem-se repensar algumas estratégias metodológicas oriundas do feminismo para enquadrá-las, havendo a necessidade de não apenas declarar o lugar de onde se fala, mas sua repercussão em uma lógica de determinada pesquisa, situando como e quando "ser quem se é" produziu algum efeito no campo.
This article discusses how identity politics have acted in the ways of researching the pain of others, given that they give evidence to assume that subjects should talk only about what affects them. If, on the one hand, there is power in a lived writing, it intends to show, in parallel, the benefits of an alliance with those who are identified as "outside" that reality. To this end, it rethinks some methodological strategies derived from feminism to fit them in the face of the need not only to declare where they speak, but their repercussion within the logic of a given research, situating how and when "to be who one is" produced some effect in the field.
Este artículo analiza cómo las políticas de identidad han actuado en las formas de investigar el dolor de los demás, dado que dan evidencia para suponer que los sujetos deberían hablar solo sobre lo que les afecta. Si, por un lado, hay poder en una escritura vivida, tiene la intención de mostrar, en paralelo, los beneficios de una alianza con aquellos que están identificados como "externos" a esa realidad. Con este fin, reconsidera algunas estrategias metodológicas derivadas del feminismo para encararlas frente a la necesidad no solo de declarar dónde hablan, sino de su repercusión dentro de la lógica de una investigación dada, situando cómo y cuándo "ser quién es" ha tenido algún efecto en el campo.