RESUMO
Este trabalho parte da experiência obtida durante estágio no CAPSad, que se apresenta como espaço de resistência à lógica proibicionista e crenças hegemônicas que impossibilitam o olhar para a humanidade do usuário problemático de substâncias psicoativas. A estada do psicólogo, seja como profissional ou estudante, na Saúde Pública, convida à desnaturalização e rompimento com o olhar proibicionista lançado sobre o uso de substâncias psicoativas, solicitando ainda compreensão ampliada das implicações sociais que emergem na forma da adicção e outros transtornos do comportamento humano, evidenciando as implicações sociais e políticas que aumentam a vulnerabilidade dos sujeitos. Reflete sobre a Reforma Psiquiátrica e suas contribuições para o Sistema Único de Saúde (SUS)assim como sobre os serviços oferecidos pelo CAPS em geral e particularmente pelo CAPSad, que tem como estratégia de cuidado fomentar a autonomia do sujeito e promover sua reinserção social, utilizando para isso, o desenvolvimento de projetos terapêuticos singulares em conjunto com a lógica da redução de danos .