RESUMO
Objetivo: Verificar a frequência de infecções do trato urinário, seus principais agentes etiológicos esuscetibilidade aos antimicrobianos em gestantes. Além disso, verificar a ITU como fator de risco para complicações materno-fetais. Metodologia: Coletamos dados de prontuários de gestantes do grupo de estudo com infecção urinária e grupo de comparação sem infecção do trato urinário, do Serviço de Gravidez de Alto Risco do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul durante o período Abril de 2005 a Abril de 2010. Resultados: Das 864 gestantes estudadas, 15,6por cento(135/864) apresentaram infecção do trato urinário. Escherichia coli foi a bactéria mais frequente em 34,8por cento (47/135) dos casos. Cepas de E. coli foram mais sensíveis à norfloxacina (91,4por cento), nitrofurantoína(80,8por cento) e ceftriaxona (74,4por cento) e mais resistentes à ampicilina (42,5por cento), sulfametoxazol-trimetoprima (31,1por cento) e cefalosporinas de primeira geração (14,8por cento). Houve associação significativa entre parto pré-termo, baixo peso ao nascer e infecção do trato urinário. Não houve associação significativa com ruptura prematura de membranas, admissão em UTIneo e Apgar menor que 7 em 5 min. Conclusão:O uso de urocultura como triagem pré-natal de rotina permite diagnóstico precoce e tratamento da infecção urinária em mulheres grávidas, permitindo melhores condições perinatais.