RESUMO
A preocupação quanto ao possível efeito sobre o embrião ou feto em desenvolvimento de substâncias ou organismos a que uma mulher grávida pudesse estar exposta surgiu, principalmente, a partir da segunda metade do século 20. Fatores como informações limitadas e complexidade dos dados acerca dos teratógenos criaram a necessidade de serviços que avaliam e interpretam a literatura médica, que tenham familiaridade com as várias disciplinas médicas e mantenham-se atualizados sobre medicações e outros produtos disponíveis no mercado. Assim surgiram os serviços de informação teratogênica. O objetivo geral desse estudo é atualizar conhecimentos a respeito dos principais Sistemas de Informação sobre Agentes Teratogênicos (SIATs) que existem no Brasil e no mundo, contando suas origens, características, objetivos e funções, além de divulgar o mais recente SIAT que foi implantado no Brasil, em Fortaleza (CE)
Assuntos
Humanos , Feminino , Anormalidades Induzidas por Medicamentos , Serviços de Informação sobre Medicamentos , Exposição Materna , Resultado da Gravidez , TeratogênicosRESUMO
A separação precoce entre a mãe e o bebê prematuro provoca sentimentos que irão influir no desenvolvimento da relação materno-filial, sendo, uma preocupação permanente dos profissionais da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Algumas mães de bebês prematuros se entregam ao bebê, mantendo um envolvimento intenso; outras mostram confiança no cuidado dos especialistas, mas expressam medo, ansiedade e até rejeição antes de aceitar o bebê sobrevivente. O Método Canguru garante ao recém-nascido e sua mãe um tempo importantíssimo para vivenciarem a passagem da vida intra-uterina para a extra-uterina, que possibilita tanto a formação do vínculo através do contato íntimo com o bebê como o resgate de sentimentos maternos esquecidos com o distanciamento da internação. É importante que a equipe esteja atenta para as dificuldades que a mãe pode apresentar na vivência do método, amparando-a nos momentos mais frágeis e compartilhando seus temores, dúvidas e anseios ao longo da internação do bebê
Assuntos
Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Humanos , Cuidado do Lactente , Recém-Nascido de Baixo Peso , Recém-Nascido Prematuro , Comportamento Materno , Relações Mãe-FilhoRESUMO
Nas últimas três décadas, vários testes clínicos, biofísicos e bioquímicos foram propostos para detecção precoce de distúrbios gestacionais, principalmente a pré-eclâmpsia. Esta revisão mostra que há discordância entre a sensibilidade e o valor preditivo de vários testes e que ainda não há um teste ideal para rastreamento das principais patologias gestacionais e perinatais. A pré-eclâmpsia é uma complicação em cerca de 5 porcento das gestações e a causa isolada mais comum de restrição de crescimento fetal, permanecendo como um dos principais fatores associados ao aumento na morbidade e mortalidade materna e perinatal. Seu manejo requer conhecimento sobre os mecanismos fisiopatológicos da doença, detecção precoce do grupo com maior risco e meios adequados para prevenção ou tratamento do processo patológico. A pré-eclâmpsia é uma doença multisistêmica, com anormalidade na placentação e várias alterações humorais e cardiovasculares; algumas destas estão relacionadas com disfunção endotelial generalizada. A abordagem mais lógica para um teste preditivo ideal deve levar simultaneamente a vários preditores potenciais, refletindo aspectos diferentes da doença. Esta revisão aborda a importância de quatro marcadores séricos para a pré-eclâmpsia
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , alfa-Fetoproteínas , Fator Natriurético Atrial , Gonadotropina Coriônica , Complicações na Gravidez/etiologia , Óxido Nítrico , Pré-Eclâmpsia/diagnóstico , Pré-Eclâmpsia/fisiopatologia , Pré-Eclâmpsia/prevenção & controle , Valor Preditivo dos TestesRESUMO
O objetivo deste artigo é revisar a etiologia, epidemiologia, diagnóstico, evolução clínica, tratamento e prognóstico da cardiomiopatia periparto. A incidência da cardiomiopatia periparto varia entre 1/1.300 e 1/15.000 gestações. A doença surge no final da gravidez ou no puerpério inicial e sua etiologia permanece indeterminada. Muitas causas têm sido propostas, incluindo miocardite, resposta imune anormal à gravidez, má resposta adaptativa ao estresse hemodinâmico da gravidez e tocólise. Fatores de risco para a cardiomiopatia periparto incluem idade materna avançada, multiparidade, raça negra, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, gravidez gemelar e tocólise prolongada. Os critérios diagnósticos são insuficiência cardíaca iniciada no último mês de gravidez ou nos primeiros cinco meses de pós-parto, ausência de causa determinável de insuficiência cardíaca e ausência de doença cardíaca demonstrável antes do último mês de gravidez. O tratamento de suporte consiste em administrar digoxina, diurético de alça, restrição de sódio e agentes redutores da pós-carga (hidralazina e nitratos). A anticoagulação com heparina deve ser instituída, devido ao alto risco de trombose venosa e embolia pulmonar. Inibidores da enzima conversora da angiotensina I e bloqueadores do receptor da angiotensina devem ser evitados durante a gravidez devido aos graves efeitos neonatais. A utilidade da terapia imunosupressora permanece incerta. Os avanços no tratamento medicamentoso e o transplante cardíaco têm melhorado significativamente a qualidade de vida e a sobrevida das pacientes