RESUMO
INTRODUÇÃO: As infecções respiratórias agudas (IRAs) constituem importante causa de morbidade e mortalidade em crianças nos países em desenvolvimento. A etiologia viral dessas infecções nem sempre é conhecida no Brasil, e estudos sobre as IRAs virais em crianças com doenças de base (DBs) são escassos. OBJETIVO: Determinar a etiologia viral dessas infecções em menores de 5 anos assistidos no Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ), Rio de Janeiro. MÉTODOS: Foram analisadas 285 amostras de aspirado de nasofaringe, obtidas de 204 crianças com IRA, de maio de 2005 a junho de 2006. RESULTADOS: Por meio da imunofluorescência indireta (IFI), 90 amostras (31,6 por cento) foram positivas: 21,4 por cento vírus sincicial respiratório (VSR); 3,5 por cento adenovírus (Ad); 3,1 por cento parainfluenza (PF) 3; 2,5 por cento influenza (Flu) A; 0,7 por cento PF 1; 0,4 por cento Flu B. Das 195 negativas, 156 foram testadas para metapneumovírus humano (MPVh), com 15 positivas (9,6 por cento das amostras testadas). CONCLUSÃO: A prevalência viral nos serviços de ambulatórios foi de 42,8 por cento e nos hospitalizados foi de 30 por cento. Das crianças, 83,3 por cento possuíam uma ou mais DBs associadas às IRAs, resultando em longos períodos de internação. Algumas delas tiveram múltiplas internações e múltiplos diagnósticos clínicos de IRA no período estudado.
INTRODUCTION: Acute respiratory infections (ARIs) are an important cause of morbidity and mortality among children in developing countries. The viral etiology of such infections is not always known in Brazil. Furthermore, studies on viral ARIs in children with underlying diseases (UD) are scanty. OBJECTIVE: The objective of this study was to determine the viral etiology of these infections among children under 5 years of age treated at Instituto Fernandes Figueira/Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ), Rio de Janeiro. METHOD: Two hundred and eighty-five samples of nasopharyngeal aspirate, which had been obtained from 204 children with ARI from May/2005 to June/2006, were analyzed. RESULTS: Samples were tested through indirect immunofluorescence assay and 90 of them (31.6 percent) were positive for the following viral agents: respiratory syncytial virus (21.4 percent), adenovirus (3.5 percent), parainfluenza 3 (3.1 percent), influenza A (2.5 percent), parainfluenza 1 (0.7 percent), and influenza B (0.4 percent). One hundred and ninety-five samples were negative, from which 156 were tested for human metapneumovirus, and 15 of them (9.6 percent) were positive. CONCLUSION: The viral prevalence among outpatients was 42.8 percent and among inpatients it was 30 percent; 83.3 percent of the children were carriers of one or more UD associated with ARI, resulting in long-term admission to hospital. Some children had multiple admissions and multiple clinical diagnoses of ARI during the studied period.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Imunofluorescência , Infecções Respiratórias/etiologia , VirosesRESUMO
This systematic literature review evaluated the methodological quality of studies measuring noise in neonatal intensive care units. A manual and also electronic search in the Medline, Scielo, Lilacs, BDENF, WHOLIS, BDTD, Science Direct, NCBI and Scirus databases resulted in 40 studies that met the criterion "measuring noise in neonatal units and/or incubators". Experts in neonatology and acoustics validated the critical analysis instrument, which obtained a mean = 7.9 (SD=1.3). The inter-observer reliability in 18 articles resulted in an Intra-class correlation coefficient (ICC) of 0.89 (CI 0.75-0.95). The quality indicators were 50% better in those studies that measured noise only in the unit's environment and associated measuring strategies to the physical area. The results showed great methodological variability, which hindered comparability and raised the probability of bias. The conditions required to ensure internal and external validity were observed in few studies.
Assuntos
Incubadoras para Lactentes , Unidades de Terapia Intensiva Neonatal/normas , Ruído , Humanos , Recém-NascidoRESUMO
This systematic literature review evaluated the methodological quality of studies measuring noise in neonatal intensive care units. A manual and also electronic search in the Medline, Scielo, Lilacs, BDENF, WHOLIS, BDTD, Science Direct, NCBI and Scirus databases resulted in 40 studies that met the criterion "measuring noise in neonatal units and/or incubators". Experts in neonatology and acoustics validated the critical analysis instrument, which obtained a mean = 7.9 (SD=1.3). The inter-observer reliability in 18 articles resulted in an Intra-class correlation coefficient (ICC) of 0.89 (CI 0.75-0.95). The quality indicators were 50 percent better in those studies that measured noise only in the unit's environment and associated measuring strategies to the physical area. The results showed great methodological variability, which hindered comparability and raised the probability of bias. The conditions required to ensure internal and external validity were observed in few studies.
Trata-se de revisão sistemática de literatura para avaliar a qualidade metodológica dos estudos que mediram ruído nas unidades neonatais. Após busca nas bases eletrônicas MEDLINE, SciELO, LILACS, BDENF, WHOLIS, BDTD, ScienceDirect, NCBI e Scirus, e busca manual, foram incluídos 40 estudos que atenderam o critério "mensurar ruído em unidades neonatais e/ou incubadoras". O instrumento de análise crítica foi validado por especialistas em neonatologia e acústica - nota média 7,9 (dp=1,3) - e a confiabilidade interobservador, em 18 artigos, resultou num coeficiente de correlação intraclasse (ICC) de 0,89 (IC95 por cento 0,75-0,95). Os indicadores de qualidade foram 50 por cento melhores para os estudos que mediram somente no ambiente da unidade ao associar as estratégias de mensuração à área física. Os resultados revelaram grande variabilidade metodológica, o que dificulta a comparabilidade e, algumas vezes, representa alta probabilidade de viés. O rigor necessário para garantir a validade interna e externa foi observado em poucos estudos.
Se trata de una revisión sistemática de la literatura para evaluar la calidad metodológica de los estudios que midieron el ruido en las unidades neonatales. Después de buscar en las bases electrónicas Medline, Scielo, Lilacs, BDENF, WHOLIS, BDTD, Science Direct, NCBI y Scirus, y de busca manual, fueron incluidos 40 estudios que atendieron el criterio "mensurar ruido en unidades neonatales y/o incubadoras". El instrumento de análisis crítico fue validezo por especialistas en neonatología y acústica - nota media 7,9 (DE=1,3) - y la confiabilidad inter-observador en 18 artículos resultó en un ICC de 0,89 (IC95 por ciento 0,75-0,95). Los indicadores de calidad fueron 50 por ciento mejores para los estudios que midieron solamente en el ambiente de la unidad, asociando las estrategias de mensuración al área física. Los resultados revelaron gran variabilidad metodológica, lo que dificulta la comparación y algunas veces representa alta probabilidad de sesgo. El rigor necesario para garantizar la validez interna y externa fue observado en pocos estudios.
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Incubadoras para Lactentes , Medição de Ruído , Unidades de Terapia Intensiva NeonatalRESUMO
CONTEXT AND OBJECTIVE: High-resolution computed tomography (HRCT) is considered to be the best method for detailed pulmonary evaluation. The aim here was to describe a scoring system based on abnormalities identified on HRCT among premature infants, and measure the predictive validity of the score in relation to respiratory morbidity during the first year of life. DESIGN AND SETTING: Prospective cohort study in Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. METHODS: Scoring system based on HRCT abnormalities among premature newborns. The affected lung area was quantified according to the number of compromised lobes, in addition to bilateral pulmonary involvement. Two radiologists applied the score to 86 HRCT scans. Intraobserver and interobserver agreement were analyzed. The score properties were calculated in relation to predictions of respiratory morbidity during the first year of life. RESULTS: Most of the patients (85 percent) presented abnormalities on HRCT, and among these, 56.2 percent presented respiratory morbidity during the first year of life. Scores ranged from zero to 12. There was good agreement between observers (intraclass correlation coefficient, ICC = 0.86, confidence interval, CI: 0.64-0.83). The predictive scores were as follows: positive predictive value 81.8 percent, negative predictive value 56.3 percent, sensitivity 39.1 percent, and specificity 90.0 percent. CONCLUSION: The scoring system is reproducible, easy to apply and allows HRCT comparisons among premature infants, by identifying patients with greater likelihood of respiratory morbidity during the first year of life. Its use will enable HRCT comparisons among premature infants with different risk factors for respiratory morbidity.
CONTEXTO E OBJETIVO: Tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) é considerada o melhor método para avaliação pulmonar detalhada. O objetivo foi descrever um sistema de escore baseado em alterações identificadas nas TCAR de lactentes prematuros e medir a validade preditiva do escore em relação à morbidade respiratória no primeiro ano de vida. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo de coorte prospectiva no Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. MÉTODOS: Sistema de escore baseado em alterações nas TCAR de lactentes prematuros. A área pulmonar alterada foi quantificada conforme o número de lobos alterados, acrescido do comprometimento pulmonar bilateral. Dois radiologistas aplicaram o escore em 86 TCAR. Foram analisadas as confiabilidades intraobservador e interobservador e calculadas as propriedades do escore em relação à predição da morbidade respiratória no primeiro ano de vida. RESULTADOS: A maioria (85 por cento) dos pacientes apresentou TCAR anormal, e dentre estes, 56,2 por cento apresentaram morbidade respiratória no primeiro ano de vida. Valores do escore variaram de zero a 12. Houve boa concordância entre os observadores (coeficiente de correlação intraclasse, CCI = 0,86, intervalo de confiança, IC: 0,64-0,83). Os valores preditivos do escore foram: valor preditivo positivo 81,8 por cento, valor preditivo negativo 56,3 por cento, sensibilidade 39,1 por cento e especificidade 90,0 por cento. CONCLUSÃO: O sistema de escore é reprodutível, de fácil aplicação e permite a comparação de TCAR de pacientes prematuros, identificando pacientes com maior probabilidade de morbidade respiratória no primeiro de vida. Seu uso permitirá a comparação de TC de lactentes prematuros com diferentes fatores de risco para morbidade respiratória.
Assuntos
Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Doenças do Prematuro , Pneumopatias , Tomografia Computadorizada por Raios X/métodos , Métodos Epidemiológicos , Recém-Nascido Prematuro , Doenças do Prematuro/mortalidade , Doenças do Prematuro/patologia , Pneumopatias/mortalidade , Pneumopatias/patologia , Tomografia Computadorizada por Raios X/normasRESUMO
CONTEXT AND OBJECTIVE: High-resolution computed tomography (HRCT) of the lungs is more sensitive than radiographs for evaluating pulmonary disease, but little has been described about HRCT interpretation during the neonatal period or shortly afterwards. The aim here was to evaluate the reliability of the interpretation of HRCT among very low birth weight premature infants (VLBWPI; < 1500 g). DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study on intra and interobserver reliability of HRCT on VLBWPI. METHODS: 86 VLBWPI underwent HRCT. Two pediatric radiologists analyzed the HRCT images. The reliability was measured by the proportion of agreement, kappa coefficient (KC) and positive and negative agreement indices. RESULTS: For radiologist A, the intraobserver reliability KC was 0.79 (confidence interval, CI: 0.54-1.00) for normal/abnormal examinations; for each abnormality on CT, KC ranged from 0.05 to 1.00. For radiologist B, the intraobserver reliability KC was 0.79 (CI: 0.54-1.00) for normal/abnormal examinations; for each abnormality on CT, KC ranged from 0.37 to 0.83. The interobserver agreement was 88% for normal/abnormal examinations and KC was 0.71 (CI: 0.5- 0.93); for most abnormal findings, KC ranged from 0.51-0.67. CONCLUSION: For normal/abnormal examinations, the intra and interobserver agreements were substantial. For most of the imaging findings, the intraobserver agreement ranged from moderate to substantial. Our data demonstrate that in clinical practice, there is no reason for more than one tomographic image evaluator, provided that this person is well trained in VLBWPI HRCT interpretation. Analysis by different observers should be reserved for research and for difficult cases in clinical contexts.
Assuntos
Displasia Broncopulmonar/diagnóstico por imagem , Doenças do Prematuro/diagnóstico por imagem , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Pulmão/diagnóstico por imagem , Tomografia Computadorizada por Raios X/métodos , Humanos , Recém-Nascido , Recém-Nascido Prematuro , Variações Dependentes do Observador , Reprodutibilidade dos Testes , Tomografia Computadorizada por Raios X/estatística & dados numéricosRESUMO
CONTEXT AND OBJECTIVE: High-resolution computed tomography (HRCT) of the lungs is more sensitive than radiographs for evaluating pulmonary disease, but little has been described about HRCT interpretation during the neonatal period or shortly afterwards. The aim here was to evaluate the reliability of the interpretation of HRCT among very low birth weight premature infants (VLBWPI; < 1500 g). DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study on intra and interobserver reliability of HRCT on VLBWPI. METHODS: 86 VLBWPI underwent HRCT. Two pediatric radiologists analyzed the HRCT images. The reliability was measured by the proportion of agreement, kappa coefficient (KC) and positive and negative agreement indices. RESULTS: For radiologist A, the intraobserver reliability KC was 0.79 (confidence interval, CI: 0.54-1.00) for normal/abnormal examinations; for each abnormality on CT, KC ranged from 0.05 to 1.00. For radiologist B, the intraobserver reliability KC was 0.79 (CI: 0.54-1.00) for normal/abnormal examinations; for each abnormality on CT, KC ranged from 0.37 to 0.83. The interobserver agreement was 88 percent for normal/abnormal examinations and KC was 0.71 (CI: 0.5- 0.93); for most abnormal findings, KC ranged from 0.51-0.67. CONCLUSION: For normal/abnormal examinations, the intra and interobserver agreements were substantial. For most of the imaging findings, the intraobserver agreement ranged from moderate to substantial. Our data demonstrate that in clinical practice, there is no reason for more than one tomographic image evaluator, provided that this person is well trained in VLBWPI HRCT interpretation. Analysis by different observers should be reserved for research and for difficult cases in clinical contexts.
CONTEXTO E OBJETIVO: Tomografia computadorizada de alta resolução dos pulmões (TCAR) é mais sensível que radiografias para avaliar doença pulmonar, entretanto, pouco tem sido descrito sobre a interpretação da TCAR no período neonatal ou imediatamente após. O objetivo foi avaliar a confiabilidade na interpretação da TCAR em lactentes prematuros de muito baixo peso (LPMBP, < 1500 g). TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal sobre confiabilidade intra e interobservador da TCAR em LPMBP. MÉTODOS: 86 LPMBP foram submetidos a TCAR. Dois radiologistas pediátricos analisaram as tomografias. A confiabilidade foi medida pela proporção de concordância, coeficiente kappa (KC) e índices de concordância positiva e negativa. RESULTADOS: Para o radiologista A, na confiabilidade intraobservador o KC foi 0,79 (intervalo de confiança, IC: 0,54-1.0) para exames normais/anormais; para cada alteração tomográfica o KC variou de 0,05 a 1. Para o radiologista B, na confiabilidade intraobservador o KC foi 0,79 (IC: 0,54-1.0) para exames normais/anormais e variou de 0,37 a 0,83 para cada alteração tomográfica. Concordância interobservador foi de 88 por cento para exames normais/anormais e o KC foi 0,71 (IC: 0,5-0,93) e variou de 0,51-0,67 em muitos achados anormais. CONCLUSÃO: Para exames normais/anormais, as concordâncias intra e interobservador foram substanciais. Para muitos achados tomográficos, a concordância intraobservador variou de moderada a substancial. Nossos dados demonstram que, na prática clínica, não há razão para mais de um avaliador das imagens tomográficas, desde que este seja bem treinado na interpretação de TCAR de LPMBP. A análise por diferentes observadores estará reservada para pesquisa e casos difíceis no contexto clínico.
Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Displasia Broncopulmonar , Doenças do Prematuro , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Pulmão , Tomografia Computadorizada por Raios X/métodos , Recém-Nascido Prematuro , Variações Dependentes do Observador , Reprodutibilidade dos Testes , Tomografia Computadorizada por Raios X/estatística & dados numéricosRESUMO
CONTEXT AND OBJECTIVE: High-resolution computed tomography (HRCT) is considered to be the best method for detailed pulmonary evaluation. The aim here was to describe a scoring system based on abnormalities identified on HRCT among premature infants, and measure the predictive validity of the score in relation to respiratory morbidity during the first year of life. DESIGN AND SETTING: Prospective cohort study in Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz. METHODS: Scoring system based on HRCT abnormalities among premature newborns. The affected lung area was quantified according to the number of compromised lobes, in addition to bilateral pulmonary involvement. Two radiologists applied the score to 86 HRCT scans. Intraobserver and interobserver agreement were analyzed. The score properties were calculated in relation to predictions of respiratory morbidity during the first year of life. RESULTS: Most of the patients (85%) presented abnormalities on HRCT, and among these, 56.2% presented respiratory morbidity during the first year of life. Scores ranged from zero to 12. There was good agreement between observers (intraclass correlation coefficient, ICC = 0.86, confidence interval, CI: 0.64-0.83). The predictive scores were as follows: positive predictive value 81.8%, negative predictive value 56.3%, sensitivity 39.1%, and specificity 90.0%. CONCLUSION: The scoring system is reproducible, easy to apply and allows HRCT comparisons among premature infants, by identifying patients with greater likelihood of respiratory morbidity during the first year of life. Its use will enable HRCT comparisons among premature infants with different risk factors for respiratory morbidity.
Assuntos
Doenças do Prematuro/diagnóstico por imagem , Pneumopatias/diagnóstico por imagem , Tomografia Computadorizada por Raios X/métodos , Métodos Epidemiológicos , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Recém-Nascido Prematuro , Doenças do Prematuro/mortalidade , Doenças do Prematuro/patologia , Pneumopatias/mortalidade , Pneumopatias/patologia , Tomografia Computadorizada por Raios X/normasRESUMO
The aim of this paper was to estimate respiratory morbidity and its determinants for premature infants aged 12 to 36 months. The population comprised 84 infants from a cohort of very low birth weight premature infants. The outcome was the respiratory morbidity incidence rate. The relationship between the independent variables and respiratory morbidity was estimated using a Poisson regression model. From 12 to 24 months of age, 56.3% of children had experienced at least one episode of respiratory disease. >From 24 to 36 months, 38.1% of children were affected. Variables significantly associated with respiratory morbidity were bronchopulmonary dysplasia (RR = 1.9; 95%CI: 1.2-2.9), abnormal lung compliance (RR = 1.6; 95%CI: 1.1-2.3), neonatal pneumonia (RR = 2.8; 95%CI: 1.9-4.0), patent ductus arteriosus (RR = 1.6; 95%CI: 1.1-2.5), and respiratory morbidity in the first year of life (RR = 1.7; 95%CI: 1.2-2.5). The incidence of respiratory morbidity remains high in this group of high-risk infants, which calls for regular follow-up and effective interventions to prevent respiratory disease and to improve the quality of life of these children and their families.
Assuntos
Doenças do Prematuro/epidemiologia , Doenças Respiratórias/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Displasia Broncopulmonar/epidemiologia , Pré-Escolar , Permeabilidade do Canal Arterial/epidemiologia , Feminino , Seguimentos , Idade Gestacional , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Recém-Nascido Prematuro , Doenças do Prematuro/prevenção & controle , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Masculino , Morbidade , Pneumonia/epidemiologia , Sons Respiratórios , Doenças Respiratórias/prevenção & controle , Fatores de Risco , Fatores Sexuais , Fatores SocioeconômicosRESUMO
O objetivo do estudo foi estimar a morbidade respiratória entre 12 e 36 meses em crianças prematuras e identificar os fatores associados. A população compreendeu 84 crianças de uma coorte de prematuros de muito baixo peso. O desfecho foi a taxa de incidência de morbidade respiratória. A associação entre as variáveis independentes e morbidade respiratória foi verificada por modelo linear generalizado. Entre 12 e 24 meses, 56,3 por cento das crianças apresentaram morbidade respiratória. Entre 24 e 36 meses, 38,1 por cento das crianças foram acometidas. As variáveis associadas à morbidade respiratória foram: displasia broncopulmonar (RT = 1,9; IC95 por cento: 1,2-2,9), complacência pulmonar alterada (RT = 1,6; IC95 por cento: 1,1-2,2), pneumonia neonatal (RT = 2,8; IC95 por cento: 2,0-4,0), persistência do canal arterial (RT = 1,6; IC95 por cento: 1,1-2,4) e morbidade respiratória no primeiro ano de vida (RT = 1,8; IC95 por cento: 1,3-2,6). A incidência de morbidade respiratória entre 12 e 36 meses se manteve elevada neste grupo de crianças de alto risco, o que reforça a necessidade de acompanhamento e de intervenções efetivas na prevenção do adoecimento e na melhora da qualidade de vida destas crianças e suas famílias.
The aim of this paper was to estimate respiratory morbidity and its determinants for premature infants aged 12 to 36 months. The population comprised 84 infants from a cohort of very low birth weight premature infants. The outcome was the respiratory morbidity incidence rate. The relationship between the independent variables and respiratory morbidity was estimated using a Poisson regression model. From 12 to 24 months of age, 56.3 percent of children had experienced at least one episode of respiratory disease. >From 24 to 36 months, 38.1 percent of children were affected. Variables significantly associated with respiratory morbidity were bronchopulmonary dysplasia (RR = 1.9; 95 percentCI: 1.2-2.9), abnormal lung compliance (RR = 1.6; 95 percentCI: 1.1-2.3), neonatal pneumonia (RR = 2.8; 95 percentCI: 1.9-4.0), patent ductus arteriosus (RR = 1.6; 95 percentCI: 1.1-2.5), and respiratory morbidity in the first year of life (RR = 1.7; 95 percentCI: 1.2-2.5). The incidence of respiratory morbidity remains high in this group of high-risk infants, which calls for regular follow-up and effective interventions to prevent respiratory disease and to improve the quality of life of these children and their families.
Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Doenças do Prematuro/epidemiologia , Doenças Respiratórias/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Displasia Broncopulmonar/epidemiologia , Permeabilidade do Canal Arterial/epidemiologia , Seguimentos , Idade Gestacional , Recém-Nascido Prematuro , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Doenças do Prematuro/prevenção & controle , Morbidade , Pneumonia/epidemiologia , Sons Respiratórios , Fatores de Risco , Doenças Respiratórias/prevenção & controle , Fatores Sexuais , Fatores SocioeconômicosRESUMO
OBJECTIVE: To verify the concurrent validity and interobserver reliability of the Alberta Infant Motor Scale (AIMS) in premature infants followed-up at the outpatient clinic of Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), in Rio de Janeiro, Brazil. METHODS: A total of 88 premature infants were enrolled at the follow-up clinic at IFF/Fiocruz, between February and December of 2006. For the concurrent validity study, 46 infants were assessed at either 6 (n = 26) or 12 (n = 20) months' corrected age using the AIMS and the second edition of the Bayley Scales of Infant Development, by two different observers, and applying Pearson's correlation coefficient to analyze the results. For the reliability study, 42 infants between 0 and 18 months were assessed using the Alberta Infant Motor Scale, by two different observers and the results analyzed using the intraclass correlation coefficient. RESULTS: The concurrent validity study found a high level of correlation between the two scales (r = 0.95) and one that was statistically significant (p < 0.01) for the entire population of infants, with higher values at 12 months (r = 0.89) than at 6 months (r = 0.74). The interobserver reliability study found satisfactory intraclass correlation coefficients at all ages tested, varying from 0.76 to 0.99. CONCLUSIONS: The AIMS is a valid and reliable instrument for the evaluation of motor development in high-risk infants within the Brazilian public health system.
Assuntos
Desenvolvimento Infantil/fisiologia , Recém-Nascido Prematuro/fisiologia , Destreza Motora/fisiologia , Testes Neuropsicológicos , Assistência Ambulatorial , Estudos Transversais , Interpretação Estatística de Dados , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Variações Dependentes do Observador , Reprodutibilidade dos TestesRESUMO
OBJETIVO: Verificar a validade concorrente e a confiabilidade interobservador da Alberta Infant Motor Scale (AIMS) em lactentes prematuros acompanhados no ambulatório de seguimento do Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz). MÉTODOS: Foram avaliados 88 lactentes nascidos prematuros no ambulatório de seguimento do IFF/Fiocruz entre fevereiro e dezembro de 2006. No estudo de validade concorrente, 46 lactentes com 6 (n = 26) ou 12 (n = 20) meses de idade corrigida foram avaliados pela AIMS e pela escala motora da Bayley Scales of Infant Development, 2ª edição, por dois observadores diferentes, utilizando-se o coeficiente de correlação de Pearson para análise dos resultados. No estudo de confiabilidade, 42 lactentes entre 0 e 18 meses foram avaliados pela AIMS por dois observadores diferentes, utilizando-se o intraclass correlation coefficient (ICC) para análise dos resultados. RESULTADOS: No estudo de validade concorrente, a correlação encontrada entre as duas escalas foi alta (r = 0,95) e estatisticamente significativa (p < 0,01) na população total de lactentes, alcançando valores mais altos aos 12 meses (r = 0,89) do que aos 6 meses (r = 0,74). A confiabilidade interobservador apresentou valores satisfatórios de ICC em todas as idades avaliadas, variando de 0,76 a 0,99. CONCLUSÃO: A AIMS é uma escala válida e confiável para ser utilizada na avaliação do desenvolvimento motor de lactentes de risco na população da rede pública de saúde brasileira.
OBJECTIVE: To verify the concurrent validity and interobserver reliability of the Alberta Infant Motor Scale (AIMS) in premature infants followed-up at the outpatient clinic of Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), in Rio de Janeiro, Brazil. METHODS: A total of 88 premature infants were enrolled at the follow-up clinic at IFF/Fiocruz, between February and December of 2006. For the concurrent validity study, 46 infants were assessed at either 6 (n = 26) or 12 (n = 20) months' corrected age using the AIMS and the second edition of the Bayley Scales of Infant Development, by two different observers, and applying Pearson's correlation coefficient to analyze the results. For the reliability study, 42 infants between 0 and 18 months were assessed using the Alberta Infant Motor Scale, by two different observers and the results analyzed using the intraclass correlation coefficient. RESULTS: The concurrent validity study found a high level of correlation between the two scales (r = 0.95) and one that was statistically significant (p < 0.01) for the entire population of infants, with higher values at 12 months (r = 0.89) than at 6 months (r = 0.74). The interobserver reliability study found satisfactory intraclass correlation coefficients at all ages tested, varying from 0.76 to 0.99. CONCLUSIONS: The AIMS is a valid and reliable instrument for the evaluation of motor development in high-risk infants within the Brazilian public health system.
Assuntos
Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Desenvolvimento Infantil/fisiologia , Recém-Nascido Prematuro/fisiologia , Destreza Motora/fisiologia , Testes Neuropsicológicos , Assistência Ambulatorial , Estudos Transversais , Interpretação Estatística de Dados , Variações Dependentes do Observador , Reprodutibilidade dos TestesRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Ângulo de fase (AF) é a diferença entre a voltagem e a corrente e pode ser usado como indicador de massa celular corporal. Estudos clínicos mostram que baixos AF estão associados com morbidade e mortalidade em pacientes críticos. O objetivo deste estudo foi conhecer a relação entre AF e o escore pediátrico de risco de mortalidade (PRISM I) em pacientes pediátricos sépticos críticos, associando esse indicador c om a gravidade da sepse. MÉTODO: Estudo transversal realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Instituto Fernandes Figueira. Os pacientes foram caracterizados de acordo com faixa etária, sexo, gravidade da sepse, etiologia da insuficiência respiratória, escore de PRISM I, grau de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas (DMOS). A análise de bioimpedância elétrica (BIA) foi realizada em todos os pacientes e, através da razão dos valores de reactância (Xc) e resistência (R), foi calculado o AF (AF = arco-tangente da reactância/resistência x 180º /Pi). RESULTADOS: Foram avaliados 75 pacientes, sendo 68 (90,7 por cento) com sepse. A incidência de choque séptico foi 39,7 por cento, sepse grave 42,6 por cento e sepse 17,6 por cento. Não houve diferença estatística significativa entre as médias de ângulo de fase e as categorias de PRISM I, porém observou-se uma relação inversa entre os valores de AF e as categorias de PRISM I, DMOS e tempo de internação. Os valores mais baixos de AF (1,5º-2,2º) foram observados no maior escore de PRISM I (> 30 por cento). CONCLUSÕES: Os pacientes pediátricos críticos apresentaram baixos valores de angulo de fase, portanto deve ter a sua importância prognóstica estudada.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Phase angle (PA) is the difference between voltage and current and can be used as an indicator of body cell mass. Clinical studies show that low phase angle is associated with morbidity and mortality of critical patients. The purpose of this study was to know the relation between phase angle and the Pediatric Risk of Mortality I (PRISM I) score, associating this score with the severity of sepsis. METHODS: A transversal study was performed at the Pediatric Intensive Care Unit (PICU) in Instituto Fernandes Figueira. The patients were classified according to age, gender, sepsis severity, cause of respiratory failure, PRISM I score, multiple organ dysfunction syndromes (MODS). Electrical bioimpedance analysis (BIA) was performed in all patients. Phase angle was calculated directly from reactance (Xc) and resistance (R). AF = arc-tangent reactance/resistance x 180º/Pi. RESULTS: 75 patients (68 septic) were evaluated. The incidence of septic shock was 39.7 percent, severe sepsis 42.6 percent and sepsis 17.6 percent. There was no significative statistical difference between the mean values of BIA and the categories of PRISM I, MODS, or the length of stay the PICU. The PA's lowest values (1.5º-2.2º) were associated to the greatest PRISM's scores (> 30 percent). CONCLUSIONS: Pediatric critical patients show low phase angle values, which might have prognostic implication.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Choque Séptico/mortalidade , Sepse/mortalidadeRESUMO
OBJETIVO: O câncer de mama é uma das causas mais importantes de mortalidade feminina. Na busca do diagnóstico cada vez mais precoce, a associação de métodos diagnósticos tem sido utilizada com êxito, tendo grande participação a ultra-sonografia mamária diagnóstica e intervencionista. Este trabalho tem como objetivos: identificar os critérios ecográficos mais relacionados com benignidade e malignidade e avaliar as propriedades das características ecográficas, verificando o seu poder de predição de malignidade. MATERIAIS E MÉTODOS: Os critérios morfológicos ecográficos utilizados nas descrições das imagens foram: forma, limites, contorno, ecogenicidade, ecotextura, ecotransmissão, orientação e sinais secundários. A validação foi buscada em 450 imagens ecográficas, comparadas aos resultados de seguimento ou de histopatologia de peça cirúrgica. RESULTADOS: Os principais critérios de benignidade foram: forma definida, contorno regular, limites precisos, lesões isoecóicas ao tecido adiposo, ecotextura homogênea e orientação horizontal. Os critérios mais característicos de malignidade foram: forma indefinida, contorno irregular, limites parcialmente precisos e lesões hipoecóicas. O contorno irregular apresentou a maior sensibilidade (92,7 por cento) e o maior valor preditivo negativo (98,2 por cento) para malignidade, a orientação vertical apresentou a maior especificidade (99,3 por cento), e a forma indefinida, o maior valor preditivo positivo (91,0 por cento). CONCLUSÃO: O método padronizado para a caracterização e descrição das imagens ultra-sonográficas mamárias apresentado resultou em uniformidade e otimização dos laudos, viabilizando as condutas mais adequadas.
OBJECTIVE: Breast cancer is one of the most important causes of death in women. The association of different diagnostic methods has been successfully employed as a means to enhance early diagnosis. In this scenario, the interventional and diagnostic breast ultrasound has played a significant role. This study has two main objectives: to identify echographic criteria related to benignancy and malignancy and to analyze echographic characteristics, evaluating their role as malignancy predictors. MATERIALS AND METHODS: Echographic morphological criteria adopted in the images description were: shape, limits, contour, echogenicity, echotexture, echotransmission, lesion orientation, and secondary signs. Validation was sought on 450 echographic images compared with follow-up and histopathological results. RESULTS: Main benignancy criteria were: well defined shape, regular contour, precise limits, lesions isoechoic to fatty tissue, homogeneous echotexture, and horizontal orientation. The criteria more typically related to malignancy were: ill-defined shape, irregular contour, partially precise limits, and hypoechogenicity. Contour irregularity has presented the greatest sensitivity (92.7 percent) as well as the highest negative predictive value (98.2 percent), while vertical orientation of the lesion has presented the greatest specificity (99.3 percent), and ill-defined shape, the highest positive predictive value (91.0 percent). CONCLUSION: The standardization of the method for characterization and description of breast ultrasound images has resulted in reports uniformization and optimization, allowing more appropriate therapeutic decisions.
Assuntos
Humanos , Feminino , Ultrassonografia Mamária , Diagnóstico por Imagem , Neoplasias da Mama/patologia , Neoplasias da Mama/fisiopatologia , Sensibilidade e EspecificidadeRESUMO
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Phase angle (PA) is the difference between voltage and current and can be used as an indicator of body cell mass. Clinical studies show that low phase angle is associated with morbidity and mortality of critical patients. The purpose of this study was to know the relation between phase angle and the Pediatric Risk of Mortality I (PRISM I) score, associating this score with the severity of sepsis. METHODS: A transversal study was performed at the Pediatric Intensive Care Unit (PICU) in Instituto Fernandes Figueira. The patients were classified according to age, gender, sepsis severity, cause of respiratory failure, PRISM I score, multiple organ dysfunction syndromes (MODS). Electrical bioimpedance analysis (BIA) was performed in all patients. Phase angle was calculated directly from reactance (Xc) and resistance (R). AF = arc-tangent reactance/resistance x 180º/Pi. RESULTS: 75 patients (68 septic) were evaluated. The incidence of septic shock was 39.7%, severe sepsis 42.6% and sepsis 17.6%. There was no significative statistical difference between the mean values of BIA and the categories of PRISM I, MODS, or the length of stay the PICU. The PA's lowest values (1.5º-2.2º) were associated to the greatest PRISM's scores (> 30%). CONCLUSIONS: Pediatric critical patients show low phase angle values, which might have prognostic implication.
RESUMO
CONTEXT AND OBJECTIVE: There have been dramatic increases in very low birth weight infant survival. However, respiratory morbidity remains problematic. The aim here was to verify associations between pulmonary mechanics, pulmonary structural abnormalities and respiratory morbidity during the first year of life. DESIGN AND SETTING: Prospective cohort study at Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. METHODS: Premature infants with birth weight < 1500 g were studied. Lung function tests and high-resolution chest tomography were performed before discharge. During the first year, infants were assessed for respiratory morbidity (obstructive airways, pneumonia or hospitalization). Neonatal lung tests and chest tomography and covariables potentially associated with respiratory morbidity were independently assessed using relative risk (RR). RR was subsequently adjusted via logistic regression. RESULTS: Ninety-seven newborn infants (mean birth weight: 1113 g; mean gestational age: 28 weeks) were assessed. Lung compliance and lung resistance were abnormal in 40% and 59%. Tomography abnormalities were found in 72%; respiratory morbidity in 53%. Bivariate analysis showed respiratory morbidity associated with: mechanical ventilation, prolonged oxygen use (beyond 28 days), oxygen use at 36 weeks, respiratory distress syndrome, neonatal pneumonia and patent ductus arteriosus. Multivariate analysis gave RR 2.7 (confidence interval: 0.7-10.0) for simultaneous lung compliance and chest tomography abnormalities. Adjusted RR for neonatal pneumonia and mechanical ventilation were greater. CONCLUSIONS: Upon discharge, there were high rates of lung mechanism and tomography abnormalities. More than 50% presented respiratory morbidity during the first year. Neonatal pneumonia and mechanical ventilation use were statistically significant risk factors.
Assuntos
Hospitalização/estatística & dados numéricos , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Pneumopatias Obstrutivas/epidemiologia , Pneumonia/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Recém-Nascido Prematuro , Masculino , Testes de Função Respiratória , Tomografia Computadorizada por Raios XRESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: Na última década ocorreu aumento dramático na sobrevida dos prematuros de muito baixo peso ao nascer. Contudo, a morbidade respiratória é ainda um problema. O objetivo deste estudo é verificar a associação entre mecânica pulmonar, avaliação estrutural pulmonar e a morbidade respiratória no primeiro ano de vida. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Coorte prospectivo realizado no Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. MÉTODOS: Participantes: prematuros com peso de nascimento inferior a 1.500 g. Antes da alta hospitalar foram realizadas prova de função pulmonar e tomografia computadorizada de tórax de alta resolução. As crianças foram acompanhadas durante o primeiro ano de vida e avaliadas quanto à presença de morbidade respiratória (síndrome obstrutiva de vias aéreas, pneumonia, internação). Resultados da prova de função pulmonar, tomografia de tórax e co-variáveis potencialmente associadas com morbidade respiratória foram avaliadas independentemente, usando-se risco relativo (RR). Os riscos relativos foram posteriomente ajustados através de regressão logística.RESULTADO: Estudamos 97 prematuros com peso de nascimento médio de 1.113 g e idade gestacional 28 semanas. A complacência pulmonar estava alterada em 40% dos casos e a resistência, em 59%. Alterações tomográficas ocorreram em crianças, morbidade respiratória em 53%. Na análise bivariada, as co-variáveis associadas com a morbidade respiratória foram: ventilação mecânica, uso prolongado de oxigênio (além de 28 dias), oxigênio às 36 semanas, doença de membrana hialina, pneumonia neonatal, persistência do canal arterial. Na análise multivariada o risco para alteração simultânea da complacência pulmonar e tomografia de tórax foi 2,7 (intervalo de confiança, IC: 0,7-10,0). No cálculo do risco ajustado as co-variáveis pneumonia neonatal e ventilação mecânica obtiveram uma magnitude maior. CONCLUSÃO: Encontramos altas taxas de alterações na mecânica pulmonar e na tomografia de tórax. Mais de 50% das crianças apresentaram morbidade respiratória no primeiro ano de vida. Os fatores de risco estatisticamente significativos foram pneumonia neonatal e assistência ventilatória.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Pneumopatias Obstrutivas/epidemiologia , Pneumonia/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Recém-Nascido Prematuro , Testes de Função Respiratória , Tomografia Computadorizada por Raios XRESUMO
OBJETIVOS: as melhorias tecnológicas na qualidade da imagem têm aumentado a importância da ultra-sonografia no estudo das patologias mamárias. A necessidade de padronização para caracterizar, descrever e emitir laudos na análise das imagens motivaram o desenvolvimento de um sistema de classificação de laudos ecográficos mamários.MÉTODOS: o sistema de classificação proposto agrupou as imagens ecográficas mamárias em cinco classes: I - normal, II - benigna, III -indeterminada, IV - suspeita, V - altamente suspeita. As características morfológicas ecográficas utilizadas para a descrição das imagens foram: forma, limites, contorno, ecogenicidade, ecotextura, ecotransmissão, orientação e sinais secundários. O teste padrão, numa casuística de 450 lesões, foi considerado o seguimento ecográfico das lesões por período de 6 a 24 meses e a histopatologia da peça cirúrgica nos casos operados. RESULTADOS: a classificação ecográfica mamária para o diagnóstico de câncer de mama apresentou sensibilidade de 90,2 por cento (IC: 82,8-94,9 por cento) e especificidade de 96,2 por cento (IC: 94,0-97,6 por cento) O valor preditivo positivo foi de 84,1 por cento por cento(IC: 76,0-89,9 por cento) e o valor preditivo negativo foi de 97,8 por cento (IC: 95,9-98,9 por cento), alcançando acurácia de 95,1 por cento. CONCLUSÕES: a adoção do sistema de classificação ecográfica resulta na uniformidade e otimização dos laudos. Facilita ainda a comparação com a clínica, com os exames histopatológicos e de imagem mamária, evitando procedimentos desnecessários, conduzindo a condutas terapêuticas mais adequadas
Assuntos
Feminino , Humanos , Ultrassonografia Mamária , Doenças Mamárias/diagnóstico , UltrassonografiaRESUMO
OBJECTIVE: The objective of this study was to verify the incidence of respiratory morbidity in the first year of life in very low birth weight preterm infants and also to compare the presence of respiratory morbidity in the first year of life according to neonatal risk factors. METHODS: This is a prospective cohort study. We studied preterm newborn infants weighing less than 1,500 g and with gestational age less than 34 weeks who were born between 1998 and 2000. During the first year of life, the infants received monthly medical follow-up and during each visit we evaluated the patients considering the presence of obstructive airway syndrome and/or pneumonia and/or hospital admission due to respiratory conditions. The incidence rate of respiratory morbidity in the first year of life was measured. Chi-squared test was used to compare proportions. RESULTS: The cohort was constituted of 97 preterm infants with mean birthweight of 1,113 g and mean gestational age of 28 weeks. The incidence rates of obstructive airway syndrome, pneumonia and hospital admission were 28, 36 and 26%, respectively. The incidence rate of respiratory morbidity was 53%. There was a significant difference between the incidence rates of respiratory morbidity among infants who had a prolonged use of oxygen (83%) and those who did not (43%). CONCLUSION: More than 50% of the infants presented respiratory morbidity in the first year of life and there was a high percentage of pneumonia and hospitalization due to respiratory conditions. Infants who had a prolonged use of oxygen presenting with higher respiratory morbidity incidence rate than infants who did not use oxygen for a long period.
Assuntos
Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Pneumopatias Obstrutivas/epidemiologia , Pneumonia/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Feminino , Idade Gestacional , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Unidades de Terapia Intensiva Neonatal , Tempo de Internação , Masculino , MorbidadeRESUMO
OBJETIVO: Verificar a incidência de morbidade respiratória no primeiro ano de vida de prematuros de muito baixo peso e verificar se existe diferença na incidência de morbidade respiratória no primeiro ano de vida segundo os fatores de risco neonatais. MÉTODOS: O desenho foi de coorte prospectivo. Foram estudados neonatos com peso de nascimento inferior a 1.500 g e idade gestacional inferior a 34 semanas nascidos entre 1998 e 2000. As crianças foram acompanhadas mensalmente no Ambulatório de Seguimento até os 12 meses de idade corrigida para a prematuridade. A cada consulta, foi verificada a presença de síndrome obstrutiva de vias aéreas e/ou pneumonia e/ou internação por problemas respiratórios. Foi calculada a taxa de incidência de morbidade respiratória ocorrida no primeiro ano de vida. Utilizou-se teste estatístico para a diferença de proporções (qui-quadrado). RESULTADOS: A amostra compreendeu 97 prematuros. As médias do peso de nascimento e da idade gestacional foram 1.113 g e 28 semanas. Durante o acompanhamento, 28 por cento deles apresentaram síndrome obstrutiva de vias aéreas, 36 por cento apresentaram pneumonia e 26 por cento necessitaram de internação. Morbidade respiratória ocorreu em 53 por cento das crianças. Houve diferença significativa entre as taxas de morbidade respiratória nas crianças que fizeram uso prolongado de oxigênio (83 por cento) e nas que não fizeram (43 por cento). CONCLUSÃO: Mais de 50 por cento das crianças acompanhadas apresentaram intercorrência respiratória no curso do primeiro ano de vida. A incidência de pneumonia e de internação foi elevada. As crianças que fizeram uso prolongado de oxigênio apresentaram significativamente maior taxa de incidência de morbidade respiratória do que as crianças que não usaram oxigênio prolongadamente.
Assuntos
Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Recém-Nascido de muito Baixo Peso , Pneumopatias Obstrutivas/epidemiologia , Pneumonia/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Métodos Epidemiológicos , Idade Gestacional , Unidades de Terapia Intensiva Neonatal , Tempo de Internação , MorbidadeRESUMO
Os avanços tecnológicos devido à melhoria na qualidade da imagem têm aumentado a importância da ultra-sonografia no estudo das patologias mamárias. A necessidade de um método padronizado para caracterização, descrição e emissão de laudos na análise das imagens motivou o desenvolvimento de um sistema de classificação de laudos ecográficos mamários. Para revisar e validar a classificação, seus resultados foram comparados aos resultados de seguimento ou de histopatologia obtidos por core biópsias guiadas por ultra-sonografia. Os critérios morfológicos utilizados foram forma, limites, contorno, ecogenicidade, ecotextura, ecotransmissão, orientação e compressibilidade. A classificação agrupou as imagens ecográficas em quatro classes: I-normal; II-benigna; III-indeterminada; e IV-suspeita. Três especialistas em imaginologia mamária com treinamento na classificação avaliaram a ultra-sonografia e três patologistas forneceram os laudos histológicos de 163 lesões que foram agrupados em negativos e positivos. Cento e doze pacientes não foram submetidas à cirurgia, mantendo-se em seguimento por períodos de seis a 24 meses. Um total de 226 pacientes foi submetido a core biópsia e 275 imagens nodulares foram classificadas: 64 por cento classe II, 15 por cento classe III e 26 por cento classe IV. Obtiveram-se sensibilidade de 97,3 por cento; especificidade de 86,1 por cento; VPP de 71,7 por cento; VPN de 98,9 por cento e acurácia de 89,1 por cento. A adoção do sistema de classificação ecográfica resultou em uniformidade e otimização dos laudos, facilitou a comparação com a clínica, com resultados de exames cito/histopatológicos ou de imagem mamária, conduzindo a condutas terapêuticas mais adequadas