RESUMO
Intracerebral haemorrhage (ICH) is a worldwide public health problem. Experimental studies have shown that oxidative stress plays an important role in the pathogenesis of ICH and could represent a target for its treatment. However, the blood-brain barrier is an obstacle to be overcome, as it hampers the administration of compounds to the central nervous system. In this study, we compared the effects of a quercetin-loaded nanoemulsion (QU-N) with the free form of the drug (QU-SP) in a collagenase-induced ICH rat model. Quercetin (QU) is a polyphenol that has an antioxidant effect in vitro, but due to its high lipophilicity, it has low bioavailability in vivo. In this study, animals submitted or not to ICH were treated with a single intraperitoneal QU dose (free or nanoemulsion) of 30 mg kg(-1). Motor assessment was evaluated by the open field, foot fault and beam walking behavioural tests. 72 h after surgery the haematoma size was evaluated and biochemical measurements were performed. Animals treated with QU-N had a significant improvement in the beam walking and open field tests. Also, QU-N was able to reduce the size of the haematoma, preserving the activity of glutathione S-transferase (GST), increasing GSH content, and the total antioxidant capacity. QU-SP recovered locomotor activity and increased the GSH content and the total antioxidant capacity. Thus, it can be observed that QU presented antioxidant activity in both formulations, but the incorporation into nanoemulsions increased its antioxidant effect, which was reflected in the improvement of the motor skills and in the haematoma size decrement. These results suggest that the nanoemulsion containing QU developed in this study could be promising for future studies on treatments for ICH.
Assuntos
Antioxidantes/administração & dosagem , Hemorragia Cerebral/tratamento farmacológico , Portadores de Fármacos/química , Nanoestruturas/química , Quercetina/química , Animais , Antioxidantes/química , Antioxidantes/farmacologia , Peso Corporal/efeitos dos fármacos , Hemorragia Cerebral/etiologia , Cromatografia Líquida de Alta Pressão , Colagenases/metabolismo , Modelos Animais de Doenças , Emulsões/química , Glutationa/metabolismo , Glutationa Transferase/metabolismo , Locomoção/efeitos dos fármacos , Tamanho da Partícula , Quercetina/administração & dosagem , Quercetina/farmacologia , Ratos , Ratos WistarRESUMO
As plantas têm sido utilizadas para a obtenção de um grande número de substâncias biologicamente ativas. Entretanto, muitos compostos naturais quando empregados sem qualquer modificação química não resultaram em medicamentos eficazes, por não apresentarem as características desejáveis para administração. Neste sentido, a melhoria das propriedades terapêuticas de compostos isolados de plantas por meio da sua incorporação em sistemas de liberação de fármacos consiste em uma importante estratégia na obtenção de novos medicamentos, na qual ainda existe muito a ser explorado. Tais sistemas são caracterizados por apresentar a capacidade de prolongar e controlar a liberação de substâncias ativas, proteger as moléculas frente à degradação no meio biológico, veicular fármacos hidrofóbicos e reduzir os efeitos colaterais indesejáveis. A camptotecina, um alcalóide proveniente do arbusto Camptotheca acuminata (Descaisne, Nyssaceae), é um fármaco que apresenta elevada atividade antitumoral, cujo mecanismo envolve a inibição da topoisomerase I, uma enzima altamente expressa nos tumores. Entretanto, a utilização deste fármaco na terapêutica foi limitada, durante anos, em virtude de suas características de baixa solubilidade aquosa, elevada instabilidade em meio fisiológico e elevada toxicidade. Neste artigo é realizada uma revisão sobre o potencial terapêutico da camptotecinae seus análogos no tratamento do câncer, dando ênfase aos estudos conduzidos com o intuito de contornar as limitações da administração destes fármacos e que resultaram na melhoria das propriedades terapêuticas. Estratégias como a microencapsulação, nanoencapsulação e solubilização em micelas poliméricas, entre outras, são discutidas e os principais resultados de atividade antitumoral in vitro e in vivo são apresentados.