RESUMO
Estudos têm demonstrado que o exercício aeróbio promove elevação na sensibilidade tecidual à insulina (SI) e na tolerância à glicose (TG), porém a análise de tais variáveis após treinamento de força (TF) tem sido pouco explorada. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do TF sobre a TG e SI em ratos. Foram estudados 20 ratos Wistar, pareados por peso e aleatoriamente distribuídos em 2 grupos: G1 ? Sham e G2 ? TF. Todos os animais foram submetidos a 3 dias de adaptação e, subsequentemente, treinados com cargas progressivas por 3 vezes por semana, durante 8 semanas numa escada de madeira. Para avaliar SI e TG foram realizadas coletas de sangue e avaliada a cinética da glicemia pelo teste de tolerância à insulina (% de decaimento da curva; B) e o teste de tolerância à glicose (área sob a curva; AC), antes da adaptação e após o 24º dia de treinamento. A análise estatística foi realizada pelo teste t de Student pareado e não-pareado, sendo o p ? 0,05. Apenas G2 mostrou significativo aumento no B após treinamento, sendo que o delta do B entre os grupos mostrou diferenças significativas (p ? 0,05), com maiores valores no G2. Em contraste, AC não apresentou alteração significativa entre os grupos nem entre os deltas (p > 0,05). O TF promoveu benefícios adaptativos na sensibilidade tecidual à insulina, sugerindo que o TF pode ser um recurso interessante durante programas de fisioterapia cardiovascular em doenças crônicas.
Experimental studies have demonstrated that aerobic exercise promotes an increase of tissue insulin sensitivity (IS) and glucose tolerance (GT), however the analysis of such variables after strength training (ST) have been little explored. So the objective of this issue was to investigate the effects of ST on GT and IS in rats submitted to strength training (ST). We studied 20 male Wistar rats, paired by weight and randomly assigned to one of two groups: G1? training without load (Sham) and G2 ? strength training (ST). All animals were submitted to 3 days of adaptation and subsequently were trained with progressive loads 3 times a week for 8 weeks, in a wooden stair of height-1,1m and inclination-80º with a rest area on the top. To measure the IS and GT were collected blood samples and evaluated glycemic kinetic by insulin tolerance tests (% of decay-B) and glucose tolerance tests (area under the curve-AC), before the adaptation and after the 24th day of training. Statistical Analysis was performed by Kolmogorov-Smirnov test and paired and unpaired Student t-tests, with p?0.05. Only G2 showed significant increase in B after training and the delta of B showed significant differences (p?0.05) with higher values in G2. In contrast, the AC did not change between groups or deltas (p>0.05). The ST promoted beneficial adaptations in the tissue sensitivity to insulin, suggest that ST can be an interesting resource during cardiovascular physiotherapy programs in chronic diseases.