RESUMO
Este artigo aborda os conceitos envolvidos na osseointegração de implantes dentários, avalia a influência da morfologia da superfície dos implantes de titânio na formação óssea cortical e trabecular, analisa a superfície de um implante osseointegrado fraturado quatro anos após a instalação e determina as possíveis causas da fratura. Com base no relato clínico e na análise no microscópio eletrônico de varredura (MEV), os possíveis fatores de risco que desencadearam a fratura do implante foram as concentrações de tensões na região do pescoço do implante e o desajuste oclusal, os quais geraram sobrecarga mastigatória excessiva. A presença de extensa rede de fibrinas e de canais de Harvers na superfície do implante comprova a existência de adequada microirrigação sanguínea e tendência à corticalização da interface OI. A superfície do implante jateada e com ataque ácido foi adequada ao processo de osseointegração e; a presença de pontes fibrosas mineralizadas (PFM) sugere que a mineralização não-celular ocorreu via difusão de fosfato de cálcio da matriz extracelular (MEC), alcançando elevada resistência mecânica com o tempo.