RESUMO
Resumen Considerando que las prácticas de terapia ocupacional actúan en espacios de la vida cotidiana donde existe una pluralidad de existencias es un imperativo construir prácticas heterogéneas a partir de los contextos históricos y sociales que las producen. En América del Sur, han emergido debates que ponen en controversia el discurso noreurocéntrico y anglocéntrico predominante debido a su pretensión de universalidad, objetividad y neutralidad, lo que trae consigo un razonamiento científico positivista y una lógica dualista. El objetivo de este artículo es presentar siete debates identificados en algunas de las producciones escritas de Brasil, Argentina, Colombia y Chile entre los años 2010-2018, tanto en revistas de terapia ocupacional de mayor antigüedad en la región como en libros de autorías colectivas que discuten sobre terapia ocupacional. Se realiza un mapeo de controversias a través de una revisión y análisis documental de 133 artículos de revistas y 53 capítulos de libros. Los asuntos que discuten se relacionan con las prácticas de terapia ocupacional en torno a lo social; las comunidades y territorios; los derechos humanos; los saberes y la producción de conocimientos; lo crítico; género y feminismos y; América Latina y el sur global. Es posible concluir que cada debate condensa diferentes momentos históricos, desde los cuales se producen formas plurales e inacabadas de hacer terapia ocupacional, que visibilizan asuntos controversiales que le han dado riqueza y heterogeneidad. Esto ha permitido tensionar las asimetrías de poder y dar relevancia política a las prácticas que se producen desde América del Sur para el contexto local-global.
Resumo Considerando que as práticas de terapia ocupacional atuam em espaços da vida cotidiana onde há uma pluralidade de existências, é imperativo construir práticas heterogêneas a partir dos contextos sociohistóricos que as produzem. Na América do Sul, surgiram debates que desafiam o discurso predominante norte-eurocêntrico e anglocêntrico em sua pretensão de universalidade, objetividade e neutralidade, trazendo consigo o raciocínio científico positivista e a lógica dualista. O objetivo deste artigo é apresentar sete debates identificados em algumas das produções escritas do Brasil, Argentina, Colômbia e Chile, entre os anos 2010-2018, tanto em periódicos de terapia ocupacional mais antigos da região quanto em livros de autoria coletiva, sobre terapia ocupacional. Foi realizado um mapeamento das controvérsias por meio de revisão documental e análises de 133 artigos de periódicos e 53 capítulos de livros. As questões que discutem estão relacionadas às práticas da terapia ocupacional em torno do social; comunidades e territórios; os direitos humanos; conhecimento e produção de conhecimento; o crítico; gênero e feminismos; e América Latina e o sul global. É possível concluir que cada debate condensa diferentes momentos históricos, a partir dos quais se produzem formas plurais e inacabadas de fazer terapia ocupacional, que visibilizam questões controvérsias que lhes deram riqueza e heterogeneidade, permitindo tensionar as assimetrias de poder e dar relevância política às práticas que são produzidas desde a América do Sul para o contexto local-global.
Abstract Considering that occupational therapy practices act in spaces of daily life where there is a plurality of existences, it is imperative to build heterogeneous practices from the historical-social contexts that produce them. In South America, debates have emerged that challenge the prevailing north-Eurocentric and Anglocentric discourse due to its claim to universality, objectivity, and neutrality, bringing with its positivist scientific reasoning and dualistic logic. This article aims to present seven debates identified in some of the written productions of Brazil, Argentina, Colombia, and Chile between 2010-2018, both in older occupational therapy journals in the region and in books of collective authorships that discuss occupational therapy. A mapping of controversies is carried out through a documentary review and analysis of 133 journal articles and 53 book chapters. The issues they discuss are related to occupational therapy practices around the social; communities and territories; human rights; knowledge and knowledge production; the critical; gender and feminisms; and Latin America and the global south. It is possible to conclude that each debate condenses different historical moments, from which plural and unfinished forms of occupational therapy are produced that make visible controversial issues that have given them richness and heterogeneity, allowing to stress the asymmetries of power and give political relevance to the practices that are produced from South America for the local-global context.
RESUMO
Resumen Se presenta una reflexión sobre las narrativas que se han elaborado en torno a América Latina y desde las cuales han emergido una serie de categorías que posibilitan determinadas y diferentes lecturas sobre nuestro continente. El objetivo es analizar estas narrativas e identificar lo que nos ofrecen para contribuir al debate sobre las Terapias Ocupacionales del Sur considerando que su despliegue tiene directa relación con las discusiones que, desde hace varias décadas, se vienen produciendo en nuestra región. Para ello se realiza un ensayo reflexivo en torno a teorías sociales que incluyen narrativas anticoloniales, poscoloniales, estudios subalternos, decoloniales, entre otras, seleccionando cuatro asuntos que contribuyen a la reflexión de las Terapias Ocupacionales del Sur: la heterogeneidad contradictoria de América Latina, la colonialidad como legado trans-generacional de la colonización, la política de representación que ha asumido el mundo letrado o intelectual para observar, estudiar y representar la "alteridad" y la colonialidad interna como punto de arranque de procesos de descolonización. Se concluye que las terapias ocupacionales del sur se han configurado como un lugar de habla y reconocimiento de las narrativas y prácticas locales-regionales, teniendo una gran potencialidad para movilizar las relaciones y asimetrías de poder tanto a nivel local como global. La idea de América Latina nos permite identificar las maneras en que se ha transformado el curso de la profesión y se siguen produciendo nuevos sentidos y prácticas en respuesta a los contextos históricos y temporalidades en este continente.
Resumo Apresenta-se uma reflexão sobre as narrativas que foram elaboradas em torno do que é a América Latina e das quais emergiram uma série de categorias que permitem determinadas e diferentes leituras sobre o nosso continente. Objetiva-se analisar tais narrativas e identificar o que oferecemos para contribuir com o debate sobre as terapias ocupacionais do sul, considerando que a sua implantação atual está diretamente relacionada com as discussões que, por décadas, vem ocorrendo em nossa região. Para tanto, foi realizado um ensaio reflexivo em torno de teorias sociais, incluindo narrativas anticoloniais, pós-coloniais, estudos subalternos, descoloniais, entre outros, selecionando quatro questões que contribuem para a reflexão das terapias ocupacionais do sul: a heterogeneidade contraditória da América Latina, a colonialidade como legado transgeracional da colonização, as políticas de representação que tem assumido o mundo intelectual para observar, estudar e representar a "alteridade" e a colonialidade interna como ponto de partida dos processos de descolonização. Conclui-se que as terapias ocupacionais do sul são reconhecidas pelas narrativas e práticas locais e regionais, tendo grande potencial para mobilizar relações e assimetrias de poder local e globalmente. A ideia da América Latina nos permite identificar as formas pelas quais se tem transformado o curso da profissão e como seguem produzindo novos significados e práticas em resposta aos contextos históricos e temporalidades neste continente.
Abstract It is presented a reflection about the narratives around Latin American concepts and the categories that emerged from these concepts, making the possibility of different readings about our continent. The objective of this article is analyzing these narratives and identifying what they offer to contribute to Southern Occupational Therapies debate. It is considered that their current deployment is directly related to the discussions about them, which have been taking place for several decades in our region. To this end, a reflexive essay is presented based on social theories, including anticolonial, postcolonial, subaltern, and decolonial studies, among others. We have chosen for debates to contribute to the reflection of Southern Occupational Therapies: the contradictory heterogeneity of Latin America, the coloniality as a transgenerational legacy of colonization, politics of representation in the intellectual world and how they have observed, studied, and represented "otherness" and the internal coloniality, as a starting point for processes of decolonization. It is concluded that the Southern Occupational Therapies have been recognized local-regional narratives and practices, having a great potential to mobilize power relations and asymmetries both locally and globally. The idea of Latin America allows us to identify how the course of the profession has been transformed and new meanings and practices have produced in response to historical contexts and temporalities in this continent.