RESUMO
O estudo teve como objetivo analisar a concordância de diagnósticos clínicos e atestados de óbitos comparados aos relatórios finais de autópsia. A pesquisa foi elaborada utilizando-se casos autopsiados maiores de 1 ano, apresentando diagnóstico da causa básica de morte, ocorridos em hospital universitário entre 1993 e 1995. Na análise de concordância foram aplicados os métodos estatísticos de qui-quadrado (c2), regressão logística multivariada e coeficiente kappa. A percentagem de autópsias em óbitos foi de 5,6. O principal motivo de solicitação para autópsias foi confirmação diagnóstica. A concordância dos diagnósticos clínicos e relatórios finais foi igual a 0,537 (IC 95 0,451 a 0,622), tendo sido influenciado pela alta concordância entre autópsias solicitadas para pesquisa. Entre atestados do óbito e relatórios finais obteve-se concordância igual a 0,651 (IC 95 0,510 a 0,792). Constatou-se baixa percentagem de autópsias no período de estudo para um hospital-escola. Os níveis de concordância entre diagnósticos obtidos mostram que a autópsia continua sendo importante para o diagnóstico correto da causa de óbito.