RESUMO
Resumo Objetivou-se avaliar a qualidade de vida no trabalho e os principais fatores correlacionados em pessoas com deficiências físicas. Tratou-se de estudo transversal, realizado em 2012, em serviço de referência em reabilitação de pessoas com deficiência, localizado em João Pessoa, na Paraíba. A amostra foi composta por 110 indivíduos que responderam a um questionário sociodemográfico; utilizou-se uma escala validada para avaliar a qualidade de vida no trabalho. Para análise dos dados, efetuaram-se os testes Alfa de Cronbach, Kaiser-Meyer-Olkin e esfericidade de Bartlett. O índice de consistência interna da escala se mostrou satisfatório (α=0,85), atestando a confiabilidade do instrumento utilizado. A matriz de correlações entre os itens da escala revelou a possibilidade de sua fatorialização (KMO = 0,60) e Bartlett (p<0,001). Quanto à percepção da qualidade de vida no trabalho, 67,9% indicaram insatisfação; 21,4%, avaliação intermediária; e 10,7%, satisfação. Os fatores mais correlacionados foram: salário (0,74), capacidade de ascensão profissional (0,73), oportunidade de expressar suas opiniões (0,71), carga horária e quantidade de trabalho (0,66). Concluiu-se que a qualidade de vida no trabalho das pessoas com deficiência física não é satisfatória, principalmente em razão de aspectos como salário, carga horária e quantidade de trabalho inadequados, bem como dificuldade para ascensão profissional.
Abstract This study aimed to evaluate the quality of life at work and the main correlated factors for people with disabilities. This was a cross-sectional study carried out in 2012 at a reference center for the rehabilitation of people with disabilities located in the city of João Pessoa, the state capital of Paraíba, Brazil. The sample consisted of 110 individuals who answered a sociodemographic questionnaire; a validated scale was used to assess the quality of life at work. Cronbach's Alfa test, the Kaiser-Meyer-Olkin test, and Bartlett's sphericity test were done for data analysis. The level of internal consistency of the scale was satisfactory (α = 0.85), attesting to the reliability of the instrument that was used. The correlation matrix between scale items showed the possibility for factor analysis (KMO = 0.60) and Bartlett (p<0.001). Insofar as views on the quality of life at work is concerned, 67.9% pointed to dissatisfaction; 21.4%, had an intermediate evaluation, and 10.7% claimed to be satisfied. The most correlated factors were salary (0.74), possibility for professional growth (0.73), opportunity to express opinions (0.71), hour load and amount of work (0.66). It was concluded that the quality of life at work of people with disabilities is not satisfactory, mainly due to issues such as salary, working hours, inadequate amounts of work, and hurdles in career advancement.
Resumen Se apuntó a evaluar la calidad de vida en el trabajo y los principales factores correlacionados, en personas con deficiencias físicas. Se trató de un estudio transversal, realizado en 2012, en un servicio de referencia en rehabilitación de personas con deficiencia, ubicado en João Pessoa, capital del estado de Paraíba, Brasil. La muestra se componía de 110 individuos que respondieron a un cuestionario sociodemográfico; se utilizó una escala validad para evaluar la calidad de vida en el trabajo. Para el análisis de los datos, se realizaron las pruebas Alfa de Cronbach, Kaiser-Meyer-Olkin y esfericidad de Bartlett. El índice de consistencia interna de la escala se mostró satisfactorio (α=0,85), acreditando la confiabilidad del instrumento utilizado. La matriz de correlaciones entre los elementos de la escala reveló la posibilidad de su factoración (KMO=0,60) y Bartlett (p<0,001). En cuanto a la percepción de la calidad de vida en el trabajo, el 67,9% señaló insatisfacción; el 21,4%, evaluación intermedia; y el 10,7%, satisfacción. Los factores más correlacionados fueron: salario (0,74), capacidad de ascenso profesional (0,73), oportunidad de expresar sus opiniones (0,71), carga horaria y cantidad de trabajo (0,66). Se concluyó que la calidad de vida en el trabajo de las personas con deficiencia física no es satisfactoria, principalmente en razón de aspectos como salario, carga horaria y cantidad de trabajo inadecuados, así como dificultad de ascenso profesional.