RESUMO
A frequência à creche associa-se com maior número de episódios de infecçäo respitarória e hospitalizaçäo. Além da creche, a idade, a presença de irmäos e a aglomeraçäo do ambiente säo outras características identificadas como fatores de risco. Este estudo investiga a associaçäo entre infecçäo aguda do trato respiratório (IRA) e o número de horas que a criança permanece na creche. Investiga a prevalência de IRA entre crianças frequentadoras da creche e entre aquelas cuidadas em casa através de um estudo transversal. Seleciona a amostra entre funcionários de um hospital com disponibilidade de creche. Infecçäo respiratória foi definida pela presença de pelos menos dois sinais ou sintomas ocorridos nas duas últimas semanas. Crianças expostas à creche por 12 a 50 horas semanis apresentaram um risco aproximadamente três a cinco vezes maior de ter uma infecçäo respiratória aguda. Este efeito mostra independente do nível sócio-econômico dos pais, da presença de irmäaos e da idade da criança. Outros estudos caracterizaram o risco decorrente da exposiçäo à creche, contudo neste detecta o efeito relacionado a permanência prolongada. Alternativas como as creches familiare americanas säo pouco difundidas em nosso meio, portanto, dve-se buscar meios de minimizar o risco de IRA nas instituiçoes tradicionais.