RESUMO

O atendimento odontológico da criança interfere diretamente na qualidade dos procedimentos desenvolvidos pelo cirurgião-dentista. Dentre as diversas alternativas de mediação de comportamento, este trabalho aborda a utilização do "brinquedo" como recurso mediador no atendimento odontológico de crianças, o qual pode ser destacado como método eficiente e bem aceito pelos pacientes. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização do "brinquedo" como recurso mediador no atendimento odontológico profilático de crianças internadas em enfermaria pediátrica durante três meses. Metodologia: A pesquisa contou com a participação de 50 crianças (4-10 anos) internadas em uma enfermaria pediátrica. Resultados: Os dados obtidos foram analisados obedecendo ao perfil do paciente atendido e a perspectiva da mãe/responsável do comportamento frente ao atendimento odontológico. Conclusão: Concluiu-se que nesta população o "brinquedo" em 84%(42) atuou efetivamente como recurso mediador durante o atendimento odontológico. Identificou-se também a necessidade de inserção de um programa de promoção de saúde no Hospital Universitário, atendimento odontológico profilático em crianças internadas na enfermaria pediátrica, com base na utilização do brinquedo como recurso mediador e de uma interação maior como todos os profissionais da área da saúde.

Dental care towards children directly interferes with the quality of the procedures performed by the dentist. Among the alternatives for behavior mediation, this work approaches the use of "toy" as a mediating resource for dental care to the children, which can be pointed out as an efficient and well accepted method by the patients. Objective: this study assessed the use of "toy" as a mediating resource for prophylactic dental care of children admitted to a pediatric infirmary. Methods: 50 children (aged 4-10 years) admitted to a pediatric infirmary participated in the study. Results: Data collected were analyzed according to patient's profile and under mother's/responsible's perspective on the behavior revealed face to dental treatment. Conclusion: in this population, the "toy" acted effectively as a mediating resource during dental treatment in 84% (n=42) of the children investigated. Also, it was identified a need for implementation of a health promotion program at the University Hospital (prophylactic dental care to children admitted to the pediatric infirmary), based on the use of toy as a mediating resource and on a greater interaction among all health professionals.